domingo, dezembro 27, 2009

26 millions d'euros d'appui budgétaire de l'Union européenne

Origem do documento: www.africatime.com
(Cyberpresse 26/12/2009)


BISSAU — L'Union européenne a accordé à la Guinée-Bissau un appui budgétaire de 26 millions d'euros, pour payer notamment la dette interne et les arriérés de salaires des fonctionnaires, a-t-on appris vendredi auprès du ministère bissau-guinéen des Finances.

Le protocole d'accord de cet appui qui représente 17 milliards de FCFA a été signé jeudi par le ministre bissau-guinéen Joao Mario Vaz et le représentant de l'Union européenne (UE) à Bissau, Franco Nulli, a déclaré à l'AFP une source au ministère.

"Nous serons à partir de janvier en mesure de faire face à un certain nombre de problèmes. C'est vraiment un ballon d'oxygène. Avec cet argent, nous allons liquider les dettes internes et payer tous les arriérés de salaires" dus aux fonctionnaires au titre des années 2003 et 2008, a déclaré le ministre, sans préciser si cet appui budgétaire était un don ou un prêt.

Selon une source au sein de ce ministère, le solde de la Guinée-Bissau à la Banque centrale des Etats d'Afrique occidentale (Bceao), l'institut d'émission de la zone monétaire à laquelle appartient ce pays, est positif.

"C'est une première depuis plusieurs années. Nous allons franchir la nouvelle année avec un solde positif de 7,5 milliards FCFA (près de 11,5 millions d'euros) dans notre compte à la Bceao", a confirmé le ministre.

"Pour atteindre cet objectif, le gouvernement a lancé un certain nombre de mesures. Nous avons exercé un contrôle rigoureux sur la gestion des fonds publics et sur les recettes internes. Les résultats sont positifs. Maintenant c'est avec les recettes internes que nous payons les salaires", a-t-il déclaré.

La Guinée-Bissau est classée parmi les pays les plus pauvres du monde.

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quinta-feira, dezembro 24, 2009

China vai recuperar Palácio da República danificado na guerra civil

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 23 Dez 2009


A China vai enviar a Bissau técnicos com a missão de estudar as necessidades para a recuperação do Palácio da República, danificado na guerra civil de 1998/99, informou hoje, quarta-feira, o embaixador chinês na Guiné-Bissau, Yan Bangua.

O diplomata chinês fez este anúncio na assinatura de um acordo de financiamento de Pequim à Guiné-Bissau no valor de oito milhões de dólares (um dólar equivale a 89,099 kwanzas) que serão utilizados para a construção de residências para médicos chineses e guineenses do futuro hospital militar em construção, em Bissau.

A data do arranque das obras da recuperação do imponente palácio presidencial, situado no coração de Bissau, ainda não está determinada. Pequim aguarda apenas o pedido para a vinda dos técnicos chineses que virão fazer o levantamento das necessidades, informou à Lusa fonte do ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

"Depende apenas das nossas autoridades, da parte da China as verbas já estão mobilizadas", para a recuperação do Palácio, antiga residência do governador colonial português, afirmou ainda a fonte do MNE guineense.

O Palácio da República deixou de ser utilizado desde o dia 7 de Maio de 1999 quando foi danificado ao ser atingido pelos bombardeamentos de uma Junta Militar que se revoltou contra o então Presidente guineense, João Bernardo 'Nino' Vieira, entretanto, assassinado no dia 2 de Março de 2009.

Desde o dia 7 de Maio de 1999, os chefes de Estado da Guiné-Bissau usaram as próprias residências para viver, uma vez que o Palácio Presidencial ficou em ruínas, transformando-se em poiso de morcegos e objecto de curiosidade de turistas.

Além de promessa de recuperação do Palácio, a China disponibilizou a favor da Guiné-Bissau um apoio para a construção de residências para 18 médicos guineenses e chineses que irão trabalhar no futuro hospital militar, em construção pela cooperação chinesa, nos arredores de Bissau.

Em meados de 2010 está prevista a inauguração do hospital militar.

"É mais um gesto de amizade e de solidariedade da China para com a Guiné-Bissau. Nós já estamos habituados a esses gestos da China para com a Guiné-Bissau.

São tantas as realizações, tantos os apoios que a China tem dado à Guiné-Bissau, mas nunca é demais dizer que a China é uma das primeiras parceiras de desenvolvimento do nosso país", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Adelino Mano Quetá sublinhou que "saberá manter sempre presente" as ajudas da China apoiando as propostas daquele país nos fóruns internacionais.

"A Guiné-Bissau não é um país ingrato, porque tem sempre presente os apoios dos amigos. A China ocupa um lugar principal na nossa politica externa, o que se tem baseado no apoio constante que a Guiné-Bissau tem dado e continuará a dar nas instâncias internacionais, Nações Unidas, UNESCO, e onde seja necessário patenteá-lo, a causa chinesa", defendeu o chefe da diplomacia guineense.

terça-feira, novembro 24, 2009

Petroguin diz que prospecção está a «bom ritmo» em 9 blocos offshore

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 24 Nov 2009


A prospecção de petróleo decorre "a bom ritmo" em nove dos 14 blocos petrolíferos que compõem o offshore da Guiné-Bissau para determinar se existe petróleo com valor comercial, segundo fonte da Petroguin (empresa estatal dos petróleos).

Segundo a fonte o Governo da Guiné-Bissau concedeu nove licenças de prospecção, e desde 2007 têm decorrido estudos e análises aos dados recolhidos pelos peritos das quatro empresas que adquiriram as licenças.

Actualmente operam no offshore guineense em actividades de prospecção petrolífera as empresas Svenska (detida pelo milionário saudita e xeque Mohamed Al Amudi), a Super Nova Petroleum (Holanda), a Larsen Oil & Gas (consórcio internacional) e a SHA (Sociedade de Hidrocarbonetos de Angola).

A norte-americana General Petroleum Africa já obteve a licença do Governo para iniciar a prospecção em dois blocos, mas continua a aguardar que o presidente guineense, Malam Bacai Sanhá, promulgue o decreto que valide o contrato.

A Dexoil S.A. também é dona de uma licença que aguarda pela decisão do presidente guineense para iniciar a prospecção.

Dois blocos petrolíferos estão neste momento sem qualquer operador em virtude da desistência da empresa Terraliance que tinha adquirido as licenças de prospecção. A empresa decretou falência e desistiu das suas actividades na Guiné-Bissau.

Segundo a fonte da Petroguin as prospecções efectuadas vêm confirmar os dados já conhecidos "desde a época colonial", que apontam para a existência de petróleo na Guiné-Bissau, restando agora determinar se tem ou não valor comercial.

"Petróleo existe, não é segredo para ninguém, mas temos, nós e as empresas que fazem a prospecção, de saber se tem ou não valor comercial. É isso que está em curso", diz a fonte da Petroguin.

O presidente da Svenska, Frederik Ohrn, que se encontra de visita a Bissau, transmitiu aos jornalistas essa mesma possibilidade, ao frisar que a sua empresa está apostada em "trazer para a superfície o petróleo".

A Svenska "está interessada em trazer o petróleo para a superfície. A Guiné-Bissau tem esse interesse e nós também temos esse interesse. É dentro desse quadro que visitámos o primeiro-ministro para lhe fazer o ponto de situação sobre o momento em que estamos em termos de pesquisa".

Em Outubro de 2008 o Governo da Guiné-Bissau rubricou um contrato de prospecção de petróleo e gás no onshore do país, designadamente na região de Boé (leste) com a Roxwel Oil & Gás Limited, mas até ao momento a empresa não iniciou qualquer prospecção.

segunda-feira, novembro 16, 2009

Instabilidade e falta de infra-estruturas impedem desenvolvimento

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 14 Nov 2009


A instabilidade, a falta de infra-estruturas e de transportes são os principais factores para a falta de investimento na área do turismo na Guiné-Bissau, defendeu Conduto de Pina, antigo ministro do Turismo do país e empresário do sector.

"Instabilidade era o quotidiano, trago as pessoas e há falta de meios de transporte e de hospitais", lamentou à agência Lusa o também deputado do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) pelo círculo dos Bijagós.

"Infelizmente as autoridades ainda não definiram o que querem do turismo na Guiné-Bissau (...) e ainda não encaram o papel do turismo no país como preponderante para o desenvolvimento", afirmou Conduto de Pina, sublinhando que há várias leis para apresentar no parlamento para definir as regras.

"Tudo o que o turismo pode trazer vai beneficiar a população", insistiu o deputado.

"O país tem sofrido de instabilidade, mas acredito que muito brevemente a palavra instabilidade possa passar para estabilidade turística", disse.

Natural dos Bijagós, o deputado do PAIGC defende que é naquele arquipélago que está o grande potencial turístico do país.

Parado no tempo, mas já com condições para oferecer aos turistas, as cerca de 90 ilhas do arquipélago caracterizam-se por serem sociedades matriarcas com uma forte componente mística e ricas em flora e fauna.

"É um paraíso perdido no tempo e ainda bem. É uma zona considerada património mundial pela UNESCO", afirmou.

"Num futuro bem próximo o arquipélago pode ajudar na balança de pagamentos do país", disse o deputado.

Conduto de Pina não defende, contudo, um turismo de massas para aquele arquipélago.

"Sou a favor de pequenos projectos nas ilhas", defendeu o deputado.

"Projectos megalómanos para quê?", questionou, sublinhando que é preferível poucos turistas a deixarem muito dinheiro, do que muitas pessoas sem dinheiro.

Para isso defende para o país, um turismo direccionado para a classe média alta, com responsabilidade ecológica e que se queiram isolar.

Sobre a Guiné-Bissau, o deputado lembrou que é um "país verdadeiramente africano e com um verde que nos faz sentir frescos, apesar do calor".

O Governo guineense pediu recentemente a Portugal, no âmbito de uma audiência com o embaixador em Bissau, apoio para a formação académica de recursos em administração de turismo e formação profissional em gestão hoteleira.

Empresários espanhóis de Palma de Maiorca também já manifestaram interesse em investir no país, nomeadamente nos Bijagós e no norte do país.

quarta-feira, novembro 11, 2009

Guiné-Bissau recebe apoios de 3,8 milhões de euros para relançamento da economia

Origem do documento: www.macauhub.com.mo, 11 Nov 2009


Bissau, Guiné-Bissau, 11 Nov - Duas organizações sub-regionais africanas vão disponibilizar 3,8 milhões de euros para a Guiné-Bissau relançar a sua economia, anunciou terça-feira em Bissau Abdou Sakho da União Económica Monetária da África Ocidental (UEMOA).

“As organizações africanas, UEMOA e CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental) pretendem dar um sinal político forte de solidariedade em relação à Guiné-Bissau para que a comunidade internacional possa sentir-se encorajada para vir apoiar a Guiné-Bissau nos aspectos do desenvolvimento económico e social”, declarou Sakho.

O comissário responsável pela política económica e controlo da fiscalidade a nível da UEMOA disse ainda que os apoios, cujos recursos serão mobilizados a partir das contribuições das duas organizações africanas, serão canalizados para o financiamento de sete programas “já identificados”.

Os programas em questão terão como finalidade ajudar o relançamento da actividade económica da Guiné-Bissau parada em consequência da guerra civil que o país viveu em 1998/99.

O anúncio dos apoios financeiros foi feito no âmbito de uma missão conjunta da União Africana e da CEDEAO à Guiné-Bissau para preparar a mesa-redonda de dadores para obter ajuda internacional para a reforma do sector de defesa e segurança. (macauhub)

sexta-feira, outubro 30, 2009

Presidente Bacai Sanhá remodela Governo na Guiné-Bissau

Origem do documento: www.panapress.com, 30 Out 2009


Bissau, Guiné-Bissau (PANA) - O Presidente Malam Bacai Sanhá da Guiné-Bissau decretou quarta-feira uma remodelação governamental marcada pela redução do elenco executivo de 21 para 16 ministros, apurou a PANA de fonte oficial em Bissau.

Sob proposta do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, o Presidente Sanhá nomeou assim uma nova equipa governamental caracterizada ainda pelo aumento dos postos de secretário de Estado dos anteriores 10 para 12.

Nova composição do Governo:

- Maria Adiatú Djaló Nandingna, Ministra da Presidência do Conselho de Ministros, Comunicação Social e Assuntos Parlamentares. - António Óscar Barbosa, Ministro da Energia e Recursos Naturais - Adja Satú Camará Pinto, Ministra do Interior - Luís Oliveira Sanca, Ministro da Administração Territorial - Aristides Ocante da Silva, Ministro da Defesa Nacional e Combatentes da Liberdade da Pátria - Artur Silva, Ministro da Cultura, Educação, Ciência, Juventude e Desportos - Botche Candé, Ministro do Comércio, Indústria, Turismo e Artesanato - Carlos Mussá Baldé, Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural - Adelino Mano Quetá, Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Comunidades - Mama Saliu Djaló Pires, Ministro da Justiça - José Mário Vaz, Ministro das Finanças - José António da Cruz Almeida, Ministro das Infraestruturas - Lurdes Vaz, Ministra da Mulher, Família, Coesão Social e Luta contra a Pobreza - Camilo Simões Pereira, Ministro da Saúde - Fernando Gomes, Ministro da Função Pública, Trabalho e Modernização do Estado - Maria Helena Nosoline Embaló, Ministra da Economia, Plano e Integração Regional

Secretários de Estado:

- Mário Dias Sami (Pescas) - Fernando Augusto Gomes Dias (Comunidades) - Lassana Turé (Cooperação Internacional) - Besna Na Fonta (Ensino) - Barros Bacar Banjai (Ambiente e Desenvolvimento Durável) - Octávio Alves (Segurança Nacional e Ordem Pública) - José Carlos Varela Casimiro (Tesouro) - Gabriela Fernandes (Orçamento e Assuntos Fiscais) - Fernando Saldanha (Juventude, Cultura e Desportos) - José Carlos Esteves (Transportes e Comunicações) - Augusto Paulo José da Silva (Saúde) - Wasna Papai danfa (Energia)

quarta-feira, outubro 28, 2009

Empossado chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau

origem do documento: www.panapress.com, 28 Out 2009


Bissau, Guiné-Bissau (PANA) - O Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, empossou terça-feira José Zamora Induta e António Indjai, respectivamente como chefe e vice-chefe do Estado-Maior- General das Forças Armadas, apurou a PANA em Bissau.

"Chegou ao fim a era de guerra e distúrbios na Guiné-Bissau", sentenciou Sanhá no seu discurso proferido na cerimónia que ele descreveu como um acto que "representa o esforço das instituições da República para criar um clima de estabilidade e paz na Guiné-Bissau".

Bacai Sanhá reconheceu que a missão dos recém-empossados "não é fácil, visto assentar na construção de um Exército republicano, moderno, disciplinado, obediente e subordinado ao poder político".

A questão da unidade nacional e o fim da divisão no seio da classe castrense foram, entre outras, duas preocupações levantadas pelo chefe de Estado bissau-guineense.

"A vossa tarefa não é nada fácil, isto no sentido de unir as Forças Armadas e acabar com a exclusão, porque a vossa missão é defender a integridade territorial, modernizar as nossas Forças Armadas", disse o também comandante-em-chefe das Forças Armadas.

Neste sentido, o chefe de Estado assegurou aos empossados que podem contar com o seu apoio, enquanto comandante-em-chefe, assim como com o do Governo, para que exista a verdadeira paz na Guiné-Bissau.

Segundo ele, a paz na Guiné-Bissau depende, em parte, das Forças Armadas pelo que lançou um apelo às chefias militares para "porem fim à má fama que têm".

Na sequência do seu emposse, José Zamora Induta e António Indjai foram promovidos a oficiais generais de três e duas estrelas, respectivamente, passando o primeiro de capitão de mar e guerra a Almirante e o último de coronel a tenente-general.

Arrestation d’un chef rebelle du Mfdc

Origem do documento: www.africatime.com, 28 out 2009
(Walfadjiri 27/10/2009)


Un chef de la branche armée du Mouvement des forces démocratiques de Casamance a été arrêté à Bissau. Il s’agit de François Diatta, celui-là même qui avait coordonné, en 1988, l’envoi de près de 500 combattants du Mfdc à Bissau pour soutenir les mutins du général Ansumana Mané.

L’étau se resserre autour des dirigeants du Mouvement des forces démocratiques de Casamance (Mfdc). Après le président Yahya Jammey qui détient, depuis l’année dernière, une vingtaine de responsables du mouvement irrédentiste casamançais dans ses prisons, les autorités bissau-guinéennes viennent de lui emboîter le pas. François Diatta, un des chefs rebelles du Mfdc qui avaient soutenu les mutins du général Ansumana Mané pendant la guerre civile de juin 1998, a été arrêté récemment à Bissau. Les autorités bissau-guinéennes qui se montrent plutôt discrètes sur la question, n’ont pas cependant fait des commentaires sur cette affaire.

Ce silence du gouvernement du Premier ministre Carlos Gomis Junior dit ‘Cardogo’ laisse ainsi la place à toute sorte de supputation. D’autant plus que François Diatta qui vivait jusque-là, tranquillement, à Bissau, n’avait jamais été inquiété. Les raisons de son arrestation demeurent donc un vrai mystère, du moins pour l’instant.
D’autres responsables du Mfdc avaient aussi été arrêtés, au cours de ces dernières années, par les autorités bissau-guinéennes et mis sous les verrous, notamment à la base aérienne. Leurs conditions de détention avaient souvent été dénoncées par les défenseurs des droits de l’homme.

On s’interroge, malgré tout, sur la volonté réelle de la Guinée-Bissau d’aider le Sénégal à mettre fin à ce conflit armé qui ensanglante la Casamance, depuis près de trois décennies. Les différents régimes qui se sont succédé au pouvoir, en Guinée-Bissau, au cours de ces dernières années, ont eu des attitudes souvent ambiguës, voire ambivalentes sur la question casamançaise. Tout le monde sait que la Guinée-Bissau et la Gambie constituent, depuis le début du conflit, en 1982, de véritables sanctuaires pour les rebelles du Mouvement des forces démocratiques de Casamance. Banjul et Bissau qui peuvent ainsi s’en servir comme moyen de pression, voire de chantage sur Dakar, préfèrent visiblement fermer les yeux sur la présence des rebelles sur leurs territoires respectifs.

Certes, les combattants de la branche armée du mouvement dirigés par Salif Sadio avaient été chassés en 2006, de leurs bases de Baraque Mandjoca par l’armée bissau-guinéenne. Mais, ils n’étaient pas les seuls à disposer de bases de repli en Guinée-Bissau. Le Quartier général de la faction de César Atout Badiat se trouve toujours à Kassolole, une localité située dans le secteur de Suzana-Varela. Ses troupes n’ont cependant jamais été inquiétées, les autorités bissau-guinéennes ayant toujours fermé les yeux sur leur présence dans cette zone frontalière avec le Sénégal.

Le front sud dont le Qg se trouve en territoire bissau-guinéen est certes considéré, à juste titre, comme plus favorable à des négociations de paix avec le gouvernement sénégalais. Mais, il est miné, depuis un certain temps, par des dissensions internes. Certains combattants reprochent en effet à leur chef militaire, en l’occurrence César, de se sucrer sur leur dos. Cette dispute d’ordre pécuniaire a provoqué une scission du Front sud. Le Front nord n’est pas non plus épargné par les querelles intestines sur fond de rivalité. Ce qui a conduit naturellement à un émiettement de la branche armée (Atika) du Mfdc et à une multiplication des factions aux intérêts divergents. Les dissidents qui s’estiment avoir été lésés dans le partage des fonds de la présidence de la République cherchent aujourd’hui une reconnaissance.

Ils sont à l’origine du regain de tension observé ces derniers mois dans les alentours de Ziguinchor et dans le département de Bignona. Et malgré un impressionnant déploiement de l’armée qui fait ce qu’elle peut pour sécuriser les populations, les braquages sur les principaux axes routiers se multiplient. C’est le cas notamment sur les tronçons Bignona-Séléti, Ziguinchor-Mpack et Ziguinchor-Sénoba, entre autres.

Mamadou Aliou DIALLO

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segunda-feira, outubro 26, 2009

SÉNÉGAL-GUINÉE BISSAU : un même peuple

Origem do documento: www.africatime.com, 26 out 2009
(Le Soleil 26/10/2009)


C’est devant l’instance solennelle qu’est le Conseil des ministres que le dénouement heureux du différend impliquant un promoteur touristique privé à la frontière sénégalo-bissau-guinéenne a été évoqué. Eh oui, cela confirme qu’il s’agit de deux pays frères liés par l’histoire et la géographie. Premier pays recevant la visite du nouveau ministre d’Etat, ministre des Forces armées, la Guinée-Bissau est et restera pour toujours un pays frère et voisin privilégié du Sénégal. L’envoyé spécial du chef de l’Etat, AbdouIaye Baldé, s’est félicité « de l’esprit de dialogue franc et sincère qui anime les dirigeants des deux pays ».

Les autorités sénégalaises ont bien compris l’esprit qui doit régner entre les pays voisins, d’où l’importance d’envoyer une délégation à Bissau. Mieux, il sera question de relancer, et très prochainement, la Grande commission mixte entre la Guinée-Bissau et le Sénégal mise en veilleuse depuis seize ans. Cette volonté affirmée de part et d’autre d’avoir des relations diplomatiques apaisées et tournées vers le développement harmonieux des deux peuples a été illustrée, la semaine dernière, par la solution trouvée à la question des quelque 500 pêcheurs sénégalais embarqués dans des navires coréens. Ces hommes de la mer ont regagné Dakar à la suite d’un déplacement à Bissau du ministre de la Pêche, sur instructions du président de la République.

Le Sénégal est un pays qui tient beaucoup au voisinage, que celui-ci soit immédiat (lien physique) ou imposé par la configuration de la sous-région où on retrouve le même peuple (lien culturel). Les deux critères se retrouvent dans notre voisinage avec le pays d’Amilcar Cabral. Ce sont les mêmes noms de famille à Bissau et Dakar. Et, pour souvenir, le chef de l’Etat, dès son accession à la magistrature suprême, en mars 2000, avait débuté ses tournées dans les pays frères du Sénégal pour fidéliser ces relations qui datent de plusieurs siècles et confirmer l’engagement du pays pris devant les instances internationales. Me Abdoulaye Wade avait accepté d’augmenter la part de la Guinée-Bissau dans l’exploitation commune du pétrole à la frontière entre les deux pays. La Guinée-Bissau et le Sénégal avaient donné l’exemple aux peuples du monde en se dotant, au début des années 80, d’une agence mixte de gestion du pétrole off shore. Dakar en abrite le siège. Une preuve, encore une fois, qui démontre que nous devons aller, tous ensemble, dans le sens de l’intérêt de la sous-région voire de l’Afrique. Tous sont concernés car un différend, même privé, s’il est géré dans un élan d’expression des passions, créera une situation à fâcheuses incidences diplomatiques. Par la voie de la sagesse, cette perspective est fermée.


PAR El hadji Abdoulaye THIAM

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sexta-feira, outubro 23, 2009

Entre les mailles du filet de l’assistance humanitaire ?

Origem do documento: www.irinnews.org, 23 Out 2009

GUINÉE-BISSAU: Entre les mailles du filet de l’assistance humanitaire ?


SAN DOMINGOS, 23 octobre 2009 (IRIN) - Il peut sembler étrange que le Comité international de la Croix-Rouge (CICR) s’occupe de projets de diversification agricole dans le nord de la Guinée-Bissau, alors que son mandat traditionnel est d’aider les populations affectées par la violence et les conflits. Toutefois, selon le CICR, la région semble passer entre les mailles du filet de l’assistance et les fermiers ont besoin d’aide.

Etant donné l’histoire mouvementée de la Guinée-Bissau et sa proximité, au nord, avec la Casamance, une région instable du sud du Sénégal, les habitants de la ville de San Domingos – les réfugiés de Casamance et les locaux – sont sur le fil du rasoir, ont indiqué des travailleurs humanitaires.

« Il s’agit d’une situation de ni guerre ni paix, ni développement ni humanitaire... Ce n’est pas clair », a dit à IRIN Ilda Pina, coordonnatrice des programmes pour la sécurité économique du CICR.

La majeure partie des réfugiés survivent en pratiquant l’agriculture de subsistance ou en vendant des noix de cajou, dont le prix, très fluctuant, est passé de 56 cents à 28 cents le kilo au cours des derniers mois.

Dans le nord, les réfugiés sont particulièrement vulnérables parce qu’ils dépendent de parcelles prêtées par les communautés hôtes, a indiqué Yuba Sanya, qui représente les réfugiés dans le village d’Umbaim, au sud de San Domingos. Mais la demande de parcelles risque d’augmenter avec l’accroissement de la population des villages, ce qui provoque déjà des tensions dans certaines zones.

Malgré la situation, de nombreux réfugiés ont trop peur pour retourner dans leurs villages dont plusieurs ont été pillés et brûlés dans les années 1990 et sont toujours abandonnés, a ajouté M. Sanya.

Par le passé, l’agitation provoquée par une rébellion longue de 27 ans en Casamance, dans le sud du Sénégal, a ponctuellement affecté le nord de la Guinée-Bissau.

Selon l’organisation de développement allemande GTZ, la Casamance a connu au moins 20 vols de voiture violents et pillages par des groupes armés depuis le 1er mai. « On ne sait jamais ce qu’il va se passer » en Guinée-Bissau, a dit Nicholas Olivier, chef du CICR dans le pays. Il a cependant ajouté que le pays avait connu peu de violences liées au conflit au cours des dernières années.

Selon Christophe Martin, chef de la délégation régionale du CICR pour l’Afrique de l’Ouest : « Il ne s’agit pas d’une urgence humanitaire en tant que telle, mais la population [tant les réfugiés que les habitants] souffre des violences sporadiques dans la région et des pertes de récoltes. Ils n’ont pas accès aux services de santé et nombre d’entre eux ne peuvent toujours pas accéder à leurs champs en raison [de la présence] de mines antipersonnel ».

« Les partenaires publics manquent de moyens et le soutien de la communauté internationale est trop discret, ce qui nous oblige à maintenir notre présence », a-t-il ajouté.

Question d’insécurité ou de capacité ?


D’après un responsable des Nations Unies qui a requis l’anonymat, les problèmes de logistique, l’incapacité du gouvernement et la concentration des ONG dans les zones plus peuplées de Gabu et Bafata et dans la capitale, Bissau, contribuent, plus que l’insécurité, à limiter les interventions dans les zones isolées.

M. Olivier, du CICR, a noté que les bailleurs de fonds internationaux donnaient la priorité à des projets de développement ambitieux et à long terme, comme la construction d’infrastructures ou la réforme du secteur de la sécurité. Bien que ces projets soient cruciaux, a-t-il dit, le fait de leur accorder la priorité signifie que des problèmes, comme la pauvreté aiguë ou la malnutrition chronique dans certaines régions du pays, risquent d’être oubliés.

« Il y a des lacunes partout – liées au manque de moyens du gouvernement », a indiqué M. Olivier, qui a travaillé auparavant dans la gestion de crises en Indonésie, au Soudan et au Tchad.

Les autorités locales de San Domingos disposent d’un budget de moins de 1 500 dollars par mois pour gérer les services essentiels et améliorer les infrastructures, a indiqué le préfet Gonzales Cardoso à IRIN. « Nous sommes très faibles au sein du gouvernement : nous ne pouvons donc pas faire grand-chose…. Et comme nous ne pouvons rien faire, nous attendons l’aide des autres pays ».

La Guinée-Bissau se situe au 173e rang sur 182 selon l’indice de développement humain (IDH) des Nations Unies. Dans les provinces du nord, environ une personne sur cinq souffre de malnutrition modérée, selon les statistiques du gouvernement pour 2006, confirmées par le Programme alimentaire mondial (PAM).

Présence

Le PAM fournit des vivres à 1 300 femmes et enfants qui habitent l’extrême nord de la région de Cacheu, qui englobe San Domingos, Susana et Varela. L’organisation fournit également des repas aux élèves de 50 écoles, selon Formoso Vaz, assistant de programme du PAM. Le Fonds des Nations Unies pour l’enfance (UNICEF) a contribué à la construction de puits et de latrines dans certaines régions du nord.

Sœur Ruti Araujo gère une mission catholique à Susana, près de la frontière nord, qui offre des soins gratuits à ceux qui habitent dans un rayon de 20 kilomètres. L’ONG portugaise Vida, basée à San Domingos, apporte son aide aux services publics de santé maternelle et aux campagnes de vaccination. Mais l’ONG pourrait devoir partir en raison d’un manque de financements, a indiqué Pozzi Morena, conseiller de Vida en matière de santé.

D’après Giuseppina Mazza, coordinatrice résidente des Nations Unies en Guinée-Bissau, la capacité limitée des ONG qui œuvrent dans le pays restreint leur portée. Si davantage d’ONG internationales s’intéressaient à la Guinée-Bissau, la situation pourrait être différente, a-t-elle ajouté.

Mme Mazza a estimé que la priorité devrait être accordée à la qualité des interventions plutôt qu’aux chiffres. « Nous devons renforcer la coordination des organisations qui travaillent sur le terrain et développer la capacité des partenaires du gouvernement à répondre aux besoins à travers le pays ».

Le CICR a lancé un appel de fonds de 7,9 millions de dollars afin de financer ses programmes en Guinée-Bissau, au Cap-Vert, en Gambie et au Sénégal en 2010. « Tant que la situation demeure instable, nous resterons sur place », a dit M. Martin à IRIN.

terça-feira, outubro 20, 2009

Primeiro-ministro está em Caracas para aprofundar relações bilaterais

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 19 Out 2009


O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, iniciou hoje, segunda-feira, uma visita oficial de três dias à Venezuela para aprofundar as relações políticas e económicas bilaterais.

Num comunicado emitido hoje em Caracas, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, precisa que Carlos Gomes Júnior, chegou acompanhado pela chefe da diplomacia Exteriores, da Cooperação e Comunidades, Maria Adiatu Djaló, e pelo ministro de Saúde Pública, Camilo Simões, para além do embaixador da Guiné Bissau em Cuba, Abel Coelho, e do director do Serviço de Cooperação Geral Internacional, Bruno Sá Nogueira.

Carlos Gomes Júnior chegou domingo à tarde a Caracas onde foi recebido pelo vice-ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros para a África, Reinaldo Bolívar.

O chefe de governo guineense deposita hoje uma coroa de flores junto à estátua do "Libertador Simón Bolívar", no Panteão Nacional, para depois iniciar uma série de reuniões com representantes do governo venezuelano.

Segundo o Ministério de Relações Exteriores da Venezuela, a visita faz parte de um Plano de Acção elaborado durante a II Cimeira África/América do Sul que teve lugar em finais de Setembro último na ilha venezuelana de Margarita.

"Esta visita será uma oportunidade para o chefe do Governo guineense passar em revista com as autoridades venezuelanas o acordo de cooperação bilateral assinado em Fevereiro de 2008 com Caracas nos domínios da energia, economia, educação e cultura", informou antes do início da visita o gabinete do primeiro-ministro.

Segundo a nota divulgada à imprensa, vai ainda ser "estudada a possibilidade de uma cooperação triangular entre a Guiné-Bissau, Venezuela e Cuba nos domínios da educação e saúde".

A Guiné-Bissau é o sexto exportador mundial de caju, exportando também peixe, marisco, copra, óleo de palma oleosa e madeira.

Combattre la criminalité sans police ni prisons

Origem do documento: IRIN NEWS, 19 Out 2009


BISSAU, 20 octobre 2009 (IRIN) - En Guinée-Bissau, la lutte contre le crime organisé est une priorité, affirment les plus hauts responsables du gouvernement. Mais le pays ne compte aucune prison, et l’archipel des Bijagos, plaque tournante de la drogue au large de Bissau, la capitale, n’a ni police judiciaire, ni système de communication ou de surveillance.

Les Bijagos restent le « lieu idéal » pour débarquer de grandes quantités de cocaïne, d’après Mody Ndiaye, de l'Office des Nations Unies contre la drogue et le crime (UNODC) à Bissau. Les trafiquants déchargent leurs cargaisons d’un bateau à l’autre, ou les acheminent par avion, en utilisant des pistes d’atterrissage construites clandestinement sur ces îles sous-développées, a indiqué l’UNODC.

Etant donné l’absence de forces de police sur les îles Bijagos, il est presque impossible d’appréhender les criminels, a expliqué Mario Coutinho, inspecteur de la police judiciaire portugaise impliqué dans la formation des policiers de l’ancienne colonie portugaise. « Il n’y a absolument aucune force de police et aucun système de surveillance des bateaux ».

Quand les criminels sont placés dans l’un des quelques centres de détention du pays, il est rare qu’ils comparaissent devant un tribunal, a dit à IRIN Mamadou Saliu Djalo Pires, ministre de la Justice. En raison des retards de procédure, de nombreux suspects sont libérés lorsqu’ils atteignent la durée maximale de détention préventive, qui est fixée à un an.

Le traitement des affaires concernant les trafiquants présumés se heurte à un autre obstacle : la Guinée-Bissau ne dispose d’aucun laboratoire médico-légal permettant de vérifier les tests de dépistage des drogues utilisés pour les enquêtes criminelles, a indiqué Manuel Pereira, conseiller juridique à l’UNODC.

« Les criminels savent qu’ils peuvent être arrêtés et placés dans un centre de détention, mais qu’ils n’y resteront pas, car les conditions ne le permettent pas », a dit M. Pereira. « Cela ruine la crédibilité de l’Etat, qui est incapable d’exercer une de ses missions fondamentales : assurer la sécurité de son peuple et de son territoire ».

La seule prison du pays a été détruite pendant la guerre civile de 1998-99, a dit M. Djalo Pires, le ministre. Le centre de détention de Bissau n’a ni gardiens ni personnel administratif.

Réforme

Depuis longtemps déjà, le gouvernement et les donateurs discutent de l’importance du renforcement de l'Etat de droit, de la réforme du secteur de la sécurité et du système judiciaire.


La mise en place des réformes a été longue, en partie en raison de l’instabilité politique, de l’incapacité du gouvernement à mettre en place des politiques nouvelles, et de la réticence des donateurs, a expliqué un observateur, sous couvert d’anonymat.

Miguel Sousa, porte-parole de l’Union européenne (UE) à Bissau, a dit à IRIN que l’UE avait rédigé un certain nombre de propositions de projets de lois pour donner un nouvel élan à ces réformes, mais que la plupart de ces textes n’avaient pas encore été examinés par l’Assemblée nationale.

Parallèlement, certaines agences vont de l’avant en lançant des projets. L’UNODC a mobilisé 900 000 dollars pour commencer à réhabiliter deux centres de détention, à Mansoa et Bafata, et prévoit de construire une prison à Bissau, selon les fonds disponibles. Pour que ces établissements soient utilisables d’ici juillet 2010, il faudra recruter et former des gardiens, des directeurs et des administrateurs, a dit M. Pereira, de l’UNODC.

Le gouvernement portugais forme des unités de police judiciaire selon les normes internationales en matière d’enquête et d’analyse judiciaire, a dit M. Coutinho, l’inspecteur. D’après lui, 140 agents de police judiciaire ont été formés à ce jour, et le service prévoit qu’au total, 200 agents auront suivi la formation d’ici la fin de l’année.

Le gouvernement brésilien propose une formation complémentaire à certains de ces agents. Selon M. Coutinho, le Portugal s’efforce également d’améliorer l’équipement de surveillance et les liaisons radiophoniques et téléphoniques entre le continent et Bubaque, la principale île des Bijagos.

« Cela n’est jamais suffisant, mais c’est un élément important de la mise en place d’une force de police judiciaire, qui est indispensable dans tout Etat démocratique », a déclaré M. Pereira, de l’UNODC.

D’après M. Coutinho, la formation commence à porter ses fruits, améliorant la cohésion et la communication au sein des unités de police.

Volonté

M. Djalo Pires, ministre de la Justice, a déclaré que ses priorités étaient de réformer les procédures légales en matière de poursuites judiciaires, qui datent pour la plupart de l’époque coloniale ; de construire des prisons et des tribunaux ; et de former des agents de police judiciaire, des fonctionnaires de tribunaux et des magistrats.

« Le gouvernement fait tout son possible pour mettre fin à l’impunité », a-t-il dit.

D’après M. Pereira, de l’UNODC, le ministre de la Justice est motivé et « a très à cœur de faire avancer la situation. »

Cependant, une véritable réforme du secteur judiciaire ne sera possible que si l’Etat dispose de fonds importants – principalement accordés par des bailleurs internationaux – a affirmé un observateur. Jusqu’à présent, peu de donateurs se sont officiellement engagés à financer ce secteur à long terme.

aj/dab/np/il/ail

Faire évoluer les pratiques pour lutter contre le choléra

Origem do documento: IRIN NEWWS, 19 Out 2009


BISSAU, 19 octobre 2009 (IRIN) - A Bafata, en Guinée-Bissau, des enfants font du porte à porte pour compter les moustiquaires, surveiller le lavage des mains et vérifier la distance séparant la cuisine des toilettes. Cette activité fait partie des initiatives prises par les autorités et des ONG (organisations non gouvernementales) de santé pour combler le fossé entre les messages de prévention du choléra et les pratiques des habitants, suite à une épidémie qui a fait environ 220 morts et au moins 13 000 personnes infectées.

La maison la plus propre est décorée d’un drapeau national, et la famille concernée est célébrée dans les écoles et à la radio locale, a dit à IRIN Ingrid Kuhfeldt, directrice de l’ONG Plan International à Bissau. Plan International, qui travaille à Bafata depuis 15 ans, a lancé ce programme pour éviter de nouvelles épidémies de choléra.

« Aujourd’hui, on observe beaucoup plus de compétition : c’est à qui aura le meilleur matériel d’hygiène, ou la maison la plus propre – nous n’avions jamais vu ce genre de rivalité auparavant », a raconté Mme Kuhfeldt.

Les enfants s’efforcent aussi de chasser certains mythes ancrés dans les familles – par exemple, la croyance selon laquelle le jus de citron désinfecterait l’eau – et de montrer aux habitants quelle quantité de chlore mettre dans un puits pour purifier l’eau, a dit Mme Kuhfeldt.

Loin d’en vouloir aux enfants, les adultes sont très réceptifs. D’après Mme Kuhfeldt, ce succès est en partie dû à l’évolution du statut des enfants, qui, depuis quelques années, occupent une place de plus en plus importante dans la société. « [Les gens] respectent de plus en plus leurs enfants, depuis qu’ils les voient tenir des discours en public dans les écoles, qu’ils les entendent à la radio, et qu’ils les voient mettre en place des comités », a-t-elle dit. « Ils commencent à se rendre compte qu’ils peuvent apprendre beaucoup de [leurs enfants]. »

En Guinée, une radio locale de Kindia contribue, avec le soutien d’agences humanitaires et des services de santé locaux, à la diffusion des messages d’hygiène, via des spots radiophoniques et l’organisation de concours dans les villages. Une équipe de la radio organise des jeux publics dans des communautés isolées, proposant aux habitants de répondre à des questions sur l’hygiène et la prévention du choléra, ou d’écrire des chansons sur un thème lié à l’hygiène, d’après Aboubacar Sylla, directeur de programmation de la radio. Les gagnants reçoivent des prix tels que des radios, des seaux, ou encore des outils agricoles.

« Des centaines de personnes participent à ces événements ; ces activités sont vraiment appréciées », a dit M. Sylla. « Et elles sont très interactives ; nous encourageons toutes les personnes présentes à s’exprimer sur le sujet abordé. »

Les villes de Bafata et de Kindia n’ont enregistré aucun cas de choléra en 2008, malgré des cas d’infection dans des zones voisines.

Selon Jeroen Ensink, de la London School of Hygiene and Tropical Medicine (LSHTM) – qui a récemment étudié les efforts de prévention et de préparation en Guinée et Guinée-Bissau – il ne suffit pas de transmettre des connaissances ; il faut inventer des moyens permettant d’inciter les gens à adopter de nouvelles habitudes. D’après lui, des études de la LSHTM ont montré que seulement 60 pour cent des membres du personnel de l’université se lavaient les mains après être allés à la selle, bien que tous « [sachent] qu’ils devraient le faire ».

Mme Kuhfeldt, de Plan International, a expliqué que si des programmes tels que celui de Plan à Bafata sont efficaces, c’est parce que l’ONG a construit une relation de confiance à long terme avec les habitants et les autorités locales de la petite communauté. Présente à Bafata depuis 15 ans, l’ONG s’est investie dans l’éducation, la qualité de l’eau, les droits des enfants et la santé. « A Bafata, nous connaissons tout le monde – le gouverneur, les ministres de l’Education et de la Santé, et les communautés. »

Cependant, toutes les communautés à risque ne bénéficient pas de la présence d’une ONG internationale. Le service d'aide humanitaire de la Commission européenne (ECHO), a observé, dans un rapport sur le choléra en Afrique de l’Ouest : « Les taux de létalité enregistrés dans certains pays révèlent la faiblesse des dispositifs de réponse aux épidémies [de choléra], en particulier dans les pays qui n’ont bénéficié d’aucune aide extérieure ; et si certains pays enregistrent des taux de létalité bas, c’est parce qu’ils ont reçu une aide extérieure. »

D’après les experts de la santé, il est essentiel que l’éducation à long terme et les mesures de prévention soient adoptées et perpétuées par les habitants.

aj/np/il/ail

sábado, outubro 17, 2009

Guiné-Bissau apreende navios sul-coreanos por pesca ilegal

Origem do documento: www.panapress.com, 17 Out 2009


issau, Guiné-Bissau (PANA) - Dois navios sul-coreanos foram aprisionados em Setembro último por actividade de pesca ilegal nas águas territoriais da Guiné-Bissau, soube a PANA de fonte do Ministério das Pescas sexta-feira em Bissau.

De acordo com uma nota de imprensa divulgada sexta-feira, foram interpelados cerca de mil pescadores clandestinos, maioritariamente de origem senegalesa, incluindo crianças, com cerca de 80 pirogas de pesca artesanal contratados pelos dois navios pesqueiros sul- coreanos.

Os pescadores foram interceptados pelas autoridades da Guiné-Bissau sob acusação de pesca ilegal e 40 das 80 pirogas apreendidas possuíam uma autorização para pescar apenas no rio Cacheu.

O ministro senegalês das Pescas e Economia Marítima e de Transportes Marítimas, Khouraichi Thiam, deslocou-se à Guiné-Bissau recentemente, onde se inteirou da situação dos pescadores clandestinos senegaleses.

Em declarações à imprensa, o ministro das Pescas da Guiné-Bissau, Carlos Mussa Balde, confirmou que os cidadãos senegaleses serão reencaminhados para o seu país de origem.

Segundo Mussa Balde, os responsáveis dos dois barcos sul-coreanos têm de liquidar uma multa de 400 mil dólares e os proprietários das pirogas autuados com uma multa global de 30 milhões de Francos CFA, ou seja aproximadamente 46 mil euros.

Perante a situação, os dois Governos prometeram trabalhar em conjunto no combate à pirataria marítima nos dois territórios marítimos vizinhos.

Guiné-Bissau desmente tensão com Senegal

Origem do documento: www.panapress.com, 17 Out 2009


Bissau, Guiné-Bissau (PANA) - A Presidência da Guiné-Bissau desmentiu sexta-feira a violação ou ocupação duma parte do território nacional pelo Exército do Senegal, garantindo que a situação na fronteira entre os dois países é de normalidade, soube a PANA de fonte oficial em Bissau.

O porta-voz da Presidência da Guiné-Bissau, Agnelo Augusto Regalla, precisou à imprensa que há incidentes entre rebeldes e militares senegaleses em Casamança, na província de Ziguinchor, localizada a sul do Senegal na fronteira entre os dois países.

"Neste momento não se pode afirmar que haja violações. Têm ocorrido incidentes no território senegalês, entre alas do Movimento das Forças Democráticas de Casamança (MFDC) e militares do Senegal, nada que tenha haver com o território da Guiné-Bissau", afirmou.

Agnelo Regalla, que falava no final dum encontro sexta-feira na Presidência da República entre o chefe de Estado, Malam Bacai Sanhá, ministros e chefias militares, disse que as autoridades da Guiné- Bissau e do Senegal vão reunir-se na próxima semana para abordar a questão.

"A delimitação da fronteira foi feita de acordo com normas internacionais, mas em caso de violação da fronteira essa questão será dirimida de forma pacífica entre as partes", acrescentou Regalla, respondendo a uma pergunta sobre a existência duma base militar do Exército senegalês e a construção de unidades hoteleiras no território bissau-guineense.

"Não há qualquer tensão militar entre a Guiné-Bissau e o Senegal. As coisas decorrem de forma normal (...)", indicou o porta-voz da Presidência.

De acordo com Agnelo Regalla, dois emissários do Presidente bissau- guineense foram informar o Presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, a inexistência de bases dos independentistas de Casamança em território da Guiné-Bissau.

Afirmou que Malam Bacai Sanhá aproveitou a oportunidade para informar aos presentes que propôs ao seu homólogo senegalês a realização de um encontro na próxima semana, em São Domingos, entre as autoridades fronteiriças dos dois países para que possam ser "dirimidos eventuais problemas".

"O encontro visará, naturalmente, debater e procurar sanar eventuais problemas que possam existir a nível da fronteira", precisou.

O porta-voz da Presidência sublinhou que o Presidente da Guiné-Bissau lembrou que o seu país deve manter uma postura que possa conduzir a uma solução pacífica do conflito do Casamança, onde uma rebelião armada luta há mais de 20 anos pela independência desta região do sul do Senegal.

Governo de Bissau desmente problemas na fronteira com o Senegal

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 17 Out 2009


A Presidência da Guiné-Bissau desmentiu a violação ou ocupação duma parte do território nacional pelo Exército do Senegal, garantindo que a situação na fronteira entre os dois países é de normalidade, soube a PANA de fonte oficial em Bissau.

O porta-voz da Presidência da Guiné-Bissau, Agnelo Augusto Regalla, precisou à imprensa que há incidentes entre rebeldes e militares senegaleses em Casamança, na província de Ziguinchor, localizada a sul do Senegal na fronteira entre os dois países.

"Neste momento não se pode afirmar que haja violações. Têm ocorrido incidentes no território senegalês, entre alas do Movimento das Forças Democráticas de Casamança (MFDC) e militares do Senegal, nada que tenha haver com o território da Guiné-Bissau", afirmou.

Agnelo Regalla, que falava no final dum encontro sexta-feira na Presidência da República entre o chefe de Estado, Malam Bacai Sanhá, ministros e chefias militares, disse que as autoridades da Guiné- Bissau e do Senegal vão reunir-se na próxima semana para abordar a questão.

"A delimitação da fronteira foi feita de acordo com normas internacionais, mas em caso de violação da fronteira essa questão será dirimida de forma pacífica entre as partes", acrescentou Regalla, respondendo a uma pergunta sobre a existência duma base militar do Exército senegalês e a construção de unidades hoteleiras no território bissau-guineense.

"Não há qualquer tensão militar entre a Guiné-Bissau e o Senegal. As coisas decorrem de forma normal (...)", indicou o porta-voz da Presidência.

De acordo com Agnelo Regalla, dois emissários do Presidente bissau- guineense foram informar o Presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, a inexistência de bases dos independentistas de Casamança em território da Guiné-Bissau.

Afirmou que Malam Bacai Sanhá aproveitou a oportunidade para informar aos presentes que propôs ao seu homólogo senegalês a realização de um encontro na próxima semana, em São Domingos, entre as autoridades fronteiriças dos dois países para que possam ser "dirimidos eventuais problemas".

"O encontro visará, naturalmente, debater e procurar sanar eventuais problemas que possam existir a nível da fronteira", precisou.

O porta-voz da Presidência sublinhou que o Presidente da Guiné-Bissau lembrou que o seu país deve manter uma postura que possa conduzir a uma solução pacífica do conflito do Casamança, onde uma rebelião armada luta há mais de 20 anos pela independência desta região do sul do Senegal.

La voie diplomatique "privilégiée"

Origem do documento: www.africatime.com, 17 Out 2009

LITIGE FRONTALIER SENEGAL-BISSAU : la voie diplomatique "privilégiée"
(Le Soleil 17/10/2009)


Le Sénégal et la Guinée-Bissau ont décidé de résoudre "diplomatiquement" leur différend frontalier, deux jours après la mise en alerte de troupes bissau-guinéennes à la frontière avec le Sénégal, a-t-on appris hier à Bissau de source officielle.

"Nous avons privilégié la voie diplomatique pour trouver une solution au litige entre nos deux pays", a déclaré le porte-parole de la présidence bissau-guinéenne lors d’une conférence de presse, Aguinaldo Regala.

Mercredi, la Guinée-Bissau avait mis en état d’alerte ses troupes au nord du pays, près de la frontière avec le Sénégal, à la suite d’un différend frontalier avec les autorités sénégalaises.

"Une rencontre entre les experts de nos deux pays aura lieu la semaine prochaine à San Domingos (localité bissau-guinéenne proche de la frontière, ndlr)", a annoncé M. Regala.

"Nous avons pu trouver un terrain d’entente pour que les (militaires, ndlr) sénégalais se retirent de notre territoire. Nous savons qu’il y a un problème en Casamance (sud du Sénégal), il faut en tenir compte dans cette affaire", a-t-il poursuivi.

Les autorités s’exprimaient à l’issue de la visite d’une délégation bissau-guinéenne de deux jours à Dakar.

D’après un officier de l’armée bissau-guinéenne interrogé mercredi par l’Afp, "l’origine de ce regain de tension est l’attribution par les autorités sénégalaises de terrains sur une bande de terre le long de la côte, entre la localité sénégalaise de Kabrousse (Casamance) et Tcheda, un village bissau-guinéen" près de la frontière.

Bissau revendique cette zone, qui présente un potentiel touristique important, comme étant une partie "intégrante" de son territoire.

La Guinée-Bissau et le Sénégal partagent plus de 300 km de frontière terrestre commune.


AFP

© Copyright Le Soleil

Comissão Europeia disponibiliza 8,4 milhões de euros para agricultura da Guiné-Bissau

Origem do documento: www.macauhub.com.mo, 16 Out 2009



Bissau, Guiné-Bissau, 16 Out - A Comissão Europeia disponibilizou quinta-feira 8,4 milhões de euros para apoiar o sector agrícola na Guiné-Bissau no âmbito do Projecto de Reforço da Segurança Alimentar para responder ao aumento dos preços dos produtos alimentares.

O financiamento da Comissão Europeia vai ser distribuído por projectos da FAO (Organização da ONU para a Agricultura e Alimentação), Banco Mundial e organizações não-governamentais no quadro do Plano de Urgência do Governo guineense, que prevê o apoio às populações mais vulneráveis.

Segundo o representante da Comissão Europeia na Guiné-Bissau, o embaixador Franco Nulli, o apoio foi disponibilizado depois de analisada a “subida persistente dos preços dos produtos alimentares”, caso do arroz, cujo preço duplicou desde 2008.

O apoio da Comissão Europeia vai permitir financiar a gestão de campos de exploração agrícola, 50 criadores de gado e 50 agricultores, organizar formações e permitir a estabilidade e disponibilidade de fornecimento de produtos alimentares de base.

Com esta medida, a Comissão Europeia espera “atenuar rápida e directamente os efeitos negativos da volatilidade dos preços alimentares sobre as populações locais”. (macauhub)

sexta-feira, outubro 16, 2009

Guinée-Bissau : Sanha vote Chine

Origem do documento: www.africatime.com, 16 Out 2009
(Les Afriques 16/10/2009)


Le nouveau président Malam Bacai Sanha vote pour la Chine. « Je crois qu’aujourd’hui, il est impératif pour la Guinée-Bissau d’avoir comme premier partenaire la République populaire de Chine », a-t-il déclaré dans une interview à l’agence chinoise Xinhua.

L’offensive de charme chinoise en direction de la Guinée-Bissau a porté ses fruits. Investi le 8 septembre, le nouveau président a reçu dès le 10 septembre l’ambassadeur de Chine à Bissau, Yan Banghua, puis accordé une interview exclusive à l’agence de presse gouvernementale chinoise Xinhua dès le 11 septembre, avant de recevoir le vice-ministre chinois des Affaires étrangères, arrivé le 13 septembre à Bissau pour une visite officielle de deux jours.

Dans un long entretien avec l’agence chinoise, Sanha a d’abord rappelé les liens étroits qui ont existé entre les deux pays alors que le Parti africain de l’indépendance de la Guinée et du Cap-Vert (PAIGC) préparait la guerre de libération nationale qu’il allait déclencher en 1963. « C’est une relation qui date des années 1960 et qui se poursuit jusqu’à aujourd’hui. La Chine a été le premier pays à nous aider dans notre lutte pour la libération nationale. Elle a formé nos premiers cadres, notamment lorsque Amical Cabral était là-bas... La Chine a toujours été aux côtés du peuple de la Guinée-Bissau et a toujours aidé notre pays. »

Sanha est décidé à renvoyer l’ascenseur, mais pas seulement. « Je crois qu’aujourd’hui, il est impératif pour la Guinée-Bissau d’avoir comme premier partenaire la République populaire de Chine, afin de préserver nos liens d’amitié. Pour moi, la Chine occupera la première place dans ma priorité en tant qu’Etat avec qui on va œuvrer pour fructifier et renforcer la coopération en faveur du développement de la Guinée-Bissau. »

Disponibilité

Il ne s’agit toutefois pas que de reconnaissance. La Guinée-Bissau entend tirer parti de la disponibilité de la Chine envers l’Afrique, où elle investit tous azimuts.

La visite du vice-ministre chinois des Affaires étrangères, Zhai Jun, a été l’occasion de la signature le 21 septembre de trois accords sur la coopération technique, d’un appui alimentaire et d’une aide financière pour une valeur totale d’environ 6 millions d’euros.

Le vice-ministre a également annoncé que son pays allait réhabiliter l’ancien palais présidentiel détruit en 1998 pour un coût de 10 millions de dollars.

La Chine était déjà active dans l’assistance à la Guinée-Bissau. Elle reconstruit le Palais du gouvernement et l’hôpital militaire.

Un grand projet agricole se réalise dans la région de Gabu, à 200 km de Bissau. « Nous sommes un pays agricole, nous avons besoin de l’aide et de l’expérience d’autres peuples, notamment celles du peuple chinois qui a maintenant une technologie très avancée », a expliqué le nouveau président.

Dans le domaine de la santé, l’hôpital régional de Kangngoukou a été construit par la Chine. Le Palais de la Justice est également l’œuvre de Pékin.



Contrepartie

Qu’est-ce que la Chine peut bien attendre du troisième pays le plus pauvre au monde, 0,35 à l’indicateur de développement humain ? Petit pays de 36 120 km² pour 1 503 182 habitants qui doit consacrer la moitié de son budget au règlement des salaires des fonctionnaires, dont la moitié pour les seuls militaires. Qui plus est d’une très grande instabilité politique. Depuis la première élection présidentielle pluraliste en 1994, aucun président élu n’a pu terminer son mandat.

L’appui diplomatique d’abord. Bissau avait établi des relations diplomatiques avec Taïwan en 1990 et rompu en conséquence avec la Chine avant de renouer avec Pékin en 1998. « Je défends un principe, celui d’une Chine unique et inséparable. Je souhaite que Taiwan revienne à la partie continentale de la Chine… Je pense aussi au problème du Tibet, dont certains profitent pour faire du business. Il faut que tout le monde soutienne le gouvernement chinois pour que ce problème prenne fin... Je défends la Chine et je l’accompagne dans tous ces combats », a soutenu Sanha avec force.

Le pays occupe aussi une position stratégique. Frontalier du Sénégal et de la Guinée très riches en ressources minières. Elle-même n’en a pas beaucoup. Elle tire 60 millions d’euros, soit 60% de ses recettes d’exportation, de la noix de cajou dont elle le 6e producteur mondial avec 120 000 tonnes.

Les autres ressources, bauxite, bois, pétrole, phosphates, n’ont encore intéressé aucun investisseur. A l’exception du poisson, qui fait l’objet d’un accord de pêche avec l’Union européenne. Mais la Chine sait aller où nul autre investisseur ne va et toutes les ressources sont bonnes à prendre partout dans le monde. En Guinée-Bissau, il lui faudra batailler avec les narcotrafiquants qui ont fait main basse sur le pays.

La prochaine visite de Malam Bacai Sanha en Chine, « dans quelques mois, permettra de consolider les relations entre les deux pays ».

CES

© Copyright Les Afriques

Bissau demande-t-elle des gages ?

Origem do documento: www.africatime.com, 16 Out 2009

BRUIT DE BOTTES A LA FRONTIERE SENEGALO-GUINEENNE: Bissau demande-t-elle des gages ?
(Sud Quotidien 16/10/2009)

L’armée Bissau guinéenne s’est déployée à la frontière avec le Sénégal, ont indiqué des sources relayées mercredi 14 octobre dernier par nos confrères de l’Agence de presse africaine (Apa). Une situation qui n’avait pas évolué hier, jeudi 15 octobre et qui serait due à un différend autour des terres situées à la limite entre les deux pays, au Cap Roxo, justifie-t-on à Bissau. Des observateurs pensent quant à eux, que le nouveau pouvoir Bissau guinéen demanderait plutôt des gages à son puissant voisin sénégalais.

Hier, la bande de César Atoute Badiate de Kassolole se serait aventurée jusqu’aux abords de Ziguinchor à Kantène précisément, renseignent des sources dignes de foi. Atoute Badiate qui veut entrer dans les bonnes grâces des jeunes révoltés de son camp donne ainsi des gages. Sa bande s’en est donc prise à des véhicules et des motos, dont les conducteurs se rendaient, pour certains, à Sao Domingos en Guinée-Bissau.

Le regain de tension dans la situation casamançaise avec la recrudescence des braquages et autres attaques de la part d’éléments armés inconnus supposés appartenir au Mouvement des forces démocratiques de la Casamance (Mfdc) depuis l’hivernage ajoute à la confusion à la frontière avec la Guinée-Bissau où l’on a noté, depuis mercredi dernier, un mouvement inhabituel des forces armées de ce pays.

Selon nos confrères de l’Agence de presse africaine (Apa), qui ont donné la nouvelle, les autorités bissau-guinéennes accuseraient le Sénégal d’avoir fait disparaître les bornes frontalières de la zone touristique située au Cap Roxo avec le dessein certainement de l’annexer. Hier, jeudi 15 octobre la situation n’avait pas connu évolution notoire. N’empêche, la diplomatie des deux pays s’évertuait à aplanir le différend au mieux de leurs intérêts respectifs et de la bonne entente.

Des observateurs avertis verraient plutôt à travers les rouspétances bissau guinéennes des gages que l’on exigerait au puissant voisin qui serait tenté d’user de son droit de poursuite au delà de ses frontières avec la reprise des activités des bandes armées qui ennuient et ensanglantent encore la Casamance.

Il s’y ajoute que si la question électorale est curieusement une affaire réglée en Guinée-Bissau, le pays souffre cependant des incertitudes et des troubles des périodes post-électorales. Le rôle et la place de l’armée dans l’architecture républicaine posent un problème jusqu’ici pas solutionné.

Malam Bacaï Sanha élu au deuxième tour en juillet dernier par 63,52% par l’électorat de son pays reste dans ce cadre un président d’un Etat affaibli, d’autant plus par l’instabilité, le trafic de drogue et une pauvreté chronique. Le porte-drapeau du Parti africain pour l’indépendance de la Guinée et du Cap-vert (Paigc), qui succède au président Jaoa Bernardo "Nino" Vieira, assassiné le 2 mars 2009, compte parmi les « réfugiés » au Sénégal d’irréductibles adversaires.

Certains parmi lesquels des officiers et officiers supérieurs sous « Nino » ont été même des témoins oculaires des assassinats multiples qui ont endeuillé la classe politico-militaire bissau guinéenne avec les élections. Le président Vieira et son chef « imposé » d’Etat major général des forces armées, Tagmé Na Waié tués concomitamment dans des attentats simultanés et spectaculaires, un candidat et des proches du président assassiné passés également de vie à trépas par des forces jusqu’ici non démasquées, on craint certainement à Bissau que les langues se délient depuis Dakar.

La majeure partie des « réfugiés » galonnés parmi lesquels un ancien chef d’Etat major général pendant la mutinerie de juin 1998 à Dakar était de solides piliers du régime de Jaoa Bernardo Vieira. On semble s’inquiéter dès lors de leur présence en nombre à Dakar et des informations qu’ils détiennent et de ce qu’ils comptent en faire.

Pour des observateurs de la situation sous régionale, « le Sénégal ferait les frais de son hospitalité, de la stabilité de son système et de sa démocratie qui font qu’il soit la terre d’asile par excellence dans la sous-région. Le hic est que la présence sur ses terres d’opposants civils et militaires le rend suspect aux yeux de certains de ses voisins. Yaya Jammeh de Gambie continue d’accuser le Sénégal de donner refuge à son putschiste Ndour Thiam. Bissau où le nouveau pouvoir n’ignore pas que parmi ses adversaires les plus redoutables, il compte l’armée, celle qui en activité comme celle qui est en réserve, voudrait être rassurée par le voisin sénégalais. Il en est de même du cousin gambien ».

En dépit en outre du fait que les questions frontalières sont récurrentes entre les deux pays et certains, notamment celui de 1989, ont connu même des développements relativement rugueux, la raison a toujours prévalu comme dans le partage des puits de pétrole offshore situé juste à la frontière maritime entre les deux pays librement accepté par le Sénégal, malgré l’arbitrage en sa faveur du Tribunal international de La Hayes. S’y ajoute que le roi d’Oussouye comme celui des Floups en Guinée-Bissau, distribuent les terres à leurs sujets et ne se préoccupent point du tracé légué par le colonisateur.

Sur la question par conséquent de la bande de terre au Cap Roxo en litige, il s’agira pour les mêmes observateurs, pour les promoteurs de prendre en compte les dimensions culturelles, culturelles et de droit coutumier du problème et d’y faire droit. Et pour le Sénégal de rassurer ses voisins tout en réaffirmant son hospitalité pour tous les parias s’il n’est pas trop occupé à ses remaniements-réaménagements interminables de son gouvernement.


par Madior FALL

© Copyright Sud Quotidien

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