terça-feira, agosto 25, 2009

Exportadas mais de 132 mil toneladas de castanha de caju

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 25 Ago 2009


A Guiné-Bissau exportou até ao momento mais de 132 mil toneladas da castanha do caju, a melhor campanha de comercialização do principal produto de exportação do país, disse à Lusa, o director-geral do Comércio.

Hélder Barros explicou que desde que a Guiné-Bissau iniciou a exportação da castanha de caju, tinha sempre como meta atingir 120 mil toneladas, mas este ano, já exportou 132, 962 toneladas da castanha para a Índia, principal mercado comprador do produto.

Em números redondos, o país devera arrecadar cerca de 80 milhões de dólares com a exportação da castanha de caju, disse o director-geral do Comércio e Concorrência, sublinhando que o governo está satisfeito com os resultados alcançados.

Para atingir as mais de 132 toneladas exportadas até o dia 23 de Agosto, foram tomadas medidas correctivas contra os vícios "há muito conhecidos", nomeadamente um controlo rigoroso às fronteiras terrestres do país, através das quais passava, de forma ilegal, grande quantidade da castanha, afirmou Hélder Barros.

"A campanha de exportação da castanha de caju deste ano foi, de longe, muito melhor em todos os sentidos em relação aos anos anteriores. Nunca tínhamos exportado 120 mil toneladas, que fará atingirmos 132 mil toneladas. Quer dizer, é extraordinário", referiu o director-geral do Comércio e Concorrência.

Hélder Barros sublinhou, contudo, que os acontecimentos políticos e militares de Março (assassínios do Presidente da Republica e do Chefe das Forças Armadas) e Junho (assassínios de dois deputados acusados de tentativa de golpe de Estado) influenciaram negativamente o desenrolar da campanha de comercialização do caju.

"Muitos operadores estrangeiros abandonaram o país quando se deram estes acontecimentos. O que influenciou negativamente o preço ao comprador", explicou Hélder Barros, tendo notado que se houver estabilidade política, a Guiné-Bissau poderá um dia chegar "facilmente" às 150 mil toneladas da castanha de caju.

No entanto, o director-geral do Comércio guineense já antevê riscos para o futuro do caju caso o país não venha a adoptar novas estratégias sobretudo no que diz respeito ao mercado comprador, uma vez que o país, actualmente, vende à Índia toda a produção.

"O país depende de um único mercado (Índia) que já está a trabalhar no sentido de se tornar auto-suficiente proximamente. Temos que apostar na transformação local, porque aí é que está o futuro da nossa economia", apontou Hélder Barros. Mas, enquanto o país aguarda pela instalação de uma verdadeira indústria de transformação, Barros entende que o Vietname podia "ser uma boa alternativa" ao mercado indiano.



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