sexta-feira, agosto 28, 2009

Banco da China em Cabo Verde e Guiné-Bissau até ao final do ano

Origem do documento: Jornal Tribuna de Macau


O Banco da China espera entrar em Cabo Verde e na Guiné-Bissau até ao final do ano. A aposta numa expansão para os países de língua portuguesa é justificada com o facto de, em Macau, existirem poucos bancos com estas ligações e poucos empresários chineses a recorrerem às instituições bancárias locais para negócios com a lusofonia. Contudo, aponta o director, esta situação vai ser gradualmente invertida

O Banco da China prevê chegar a Cabo Verde e à Guiné-Bissau até ao final do ano, através de acordos de cooperação com instituições homólogas, depois de ter entrado em Moçambique e no Brasil, com uma sucursal em São Paulo.

O director do Banco da China, Lao Chak Kuong, referiu ontem num encontro com jornalistas que “estão a decorrer negociações com bancos de Cabo Verde e Guiné-Bissau para a assinatura de protocolos de cooperação até ao final do ano, para entrarem em vigor em 2010”, sem querer adiantar quais as instituições envolvidas.

Em Julho, o Banco da China abriu a primeira sucursal no Brasil, em São Paulo, que conta com 22 funcionários, e planeia alargar a presença ao Rio de Janeiro, adiantou o responsável, ao acrescentar que não há datas previstas para o efeito, uma vez que a documentação terá ainda de ser apresentada às autoridades brasileiras.

“A economia do Brasil é muito forte e há muitos empresários interessados em investir na China. Por isso, a nossa presença naquela economia irá facilitar os investimentos entre a China e os países de língua portuguesa”, sustentou Lao Chak Kuong.

Em Março, o Banco da China estabeleceu um acordo de cooperação com o Banco Internacional de Moçambique (Millenium-BIM) para a transferência de fundos particulares e investimentos entre a China e Moçambique. Até ao final do ano, a presença do Banco da China no mundo lusófono vai abranger um total de cinco mercados, incluindo Angola, onde a instituição opera através do Banco de Fomento de Angola (BFA) desde 2007, tendo já gerado um volume de negócios entre os dois países de cerca de 35 milhões de euros.

A expansão para os mercados de língua portuguesa é uma estratégia do Banco da China ao pretender explorar o potencial das economias lusófonas em expansão, através da sucursal de Macau, aproveitando o papel da RAEM como intermediário privilegiado. “Pretendemos abrir filiais nos países de língua portuguesa que o justificam e estabelecer parcerias com outras instituições bancárias que sejam nossas agências noutros mercados, sobre os quais não temos grande conhecimento”, explicou Lao Chak Kuong.

O Banco da China justifica a aposta numa expansão para os países de língua portuguesa com o facto de, em Macau, existirem poucos bancos com estas ligações, e devido aos frutos da presença em Angola que confirmou “ter facilitado os negócios entre a China e a lusofonia”.

Porém, são ainda poucos os empresários chineses a recorrerem aos bancos de Macau para os negócios com a lusofonia, reconheceu Lao Chak Kuong, ao salientar que a situação será invertida à medida que se promover o conhecimento sobre os protocolos de cooperação entre bancos.



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