sexta-feira, junho 26, 2009
Traficantes tentaram subornar chefe das Forças Armadas
Origem do documento: jornal "Diário de Notícias", Lisboa, 26 Jun 2009
Os narcotraficantes presentes na Guiné-Bissau tentaram aliciar o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) interino, o capitão-de-mar-e-guerra Zamora Induta, para um negócio com 10 milhões de euros, denunciou hoje o próprio à agência Lusa.
"Na altura quando me fizeram essa proposta apanharam-me de surpresa. Eu não esperava que os narcotraficantes tivessem coragem demasiada de vir propor-me esse negócio", afirmou Zamora Induta, explicando que isso aconteceu logo após ter sido nomeado.
Zamora Induta explicou que depois, pensando nas condições de segurança para combater o narcotráfico, decidiu adiar a audiência para outro dia.
"Eu tive de adiar a audiência para outro dia para voltar a falar sobre esse assunto. Mas acho que eles não voltaram porque ouviram as minhas declarações e acabaram por desistir", disse.
"Eu contei a história a um amigo que até me perguntou se eu tinha noção do que é que são 10 milhões euros", afirmou Zamora Induta, sublinhando que o explicou ao amigo que os seus objectivos não são esses.
Questionado sobre as afirmações do governo norte-americano de que as guerrilhas colombianas podem estar envolvidas no narcotráfico na Guiné-Bissau, Zamora Induta afirmou que não "considera a questão nesse âmbito".
"Com guerrilha, sem guerrilha, é tráfico de droga e é preciso ser combatido", sublinhou.
"Eu disse à embaixadora dos EUA que estou disponível, dentro da missão das Forças Armadas, para combater o narcotráfico", disse.
"Ela disse-me que não tem confiança nas forças armadas, porque há sinais de que há militares envolvidos no tráfico", sublinhou.
"E eu fui claro em dizer-lhe que eu recebi narcotraficantes aqui, logo após a nomeação, pensando que as coisas não tinham mudado", referiu, salientando que se está a pedir meios para combater os narcotraficantes é porque está determinado.
Sobre se continua a haver militares envolvidos no negócio da droga, o CEMGFA guineense disse que não diz se "há militares ou não há militares".
"O que eu sei é que enquanto eu for CEMGFA não haverá nenhum militares envolvidos no tráfico de droga", precisou.
MSE.
Lusa
Os narcotraficantes presentes na Guiné-Bissau tentaram aliciar o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) interino, o capitão-de-mar-e-guerra Zamora Induta, para um negócio com 10 milhões de euros, denunciou hoje o próprio à agência Lusa.
"Na altura quando me fizeram essa proposta apanharam-me de surpresa. Eu não esperava que os narcotraficantes tivessem coragem demasiada de vir propor-me esse negócio", afirmou Zamora Induta, explicando que isso aconteceu logo após ter sido nomeado.
Zamora Induta explicou que depois, pensando nas condições de segurança para combater o narcotráfico, decidiu adiar a audiência para outro dia.
"Eu tive de adiar a audiência para outro dia para voltar a falar sobre esse assunto. Mas acho que eles não voltaram porque ouviram as minhas declarações e acabaram por desistir", disse.
"Eu contei a história a um amigo que até me perguntou se eu tinha noção do que é que são 10 milhões euros", afirmou Zamora Induta, sublinhando que o explicou ao amigo que os seus objectivos não são esses.
Questionado sobre as afirmações do governo norte-americano de que as guerrilhas colombianas podem estar envolvidas no narcotráfico na Guiné-Bissau, Zamora Induta afirmou que não "considera a questão nesse âmbito".
"Com guerrilha, sem guerrilha, é tráfico de droga e é preciso ser combatido", sublinhou.
"Eu disse à embaixadora dos EUA que estou disponível, dentro da missão das Forças Armadas, para combater o narcotráfico", disse.
"Ela disse-me que não tem confiança nas forças armadas, porque há sinais de que há militares envolvidos no tráfico", sublinhou.
"E eu fui claro em dizer-lhe que eu recebi narcotraficantes aqui, logo após a nomeação, pensando que as coisas não tinham mudado", referiu, salientando que se está a pedir meios para combater os narcotraficantes é porque está determinado.
Sobre se continua a haver militares envolvidos no negócio da droga, o CEMGFA guineense disse que não diz se "há militares ou não há militares".
"O que eu sei é que enquanto eu for CEMGFA não haverá nenhum militares envolvidos no tráfico de droga", precisou.
MSE.
Lusa