sábado, junho 13, 2009

Malam Bacai Sanhá pede que se afaste o espectro da guerra

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 13 Jun 2009


O candidato do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) no poder na Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, pediu hoje aos guineenses que o elejam como Presidente para que o país se possa afastar do espectro da guerra.

Na apresentação oficial do seu manifesto eleitoral numa unidade hoteleira de Bissau, Malam Bacai Sanhá justificou a sua candidatura à presidência guineense como uma “linha geradora de uma nova era” para a Guiné-Bissau.

“A minha candidatura inscreve-se numa linha geradora de uma nova era. Juntemo-nos todos para a criação de uma nova Republica. (….) Um país em que o poder politico é respeitado. (….). Um país em que não haverá exclusão e onde o espectro da guerra estará definitivamente afastado”, prometeu Bacai Sanhá.

O candidato do partido no poder afirmou que, se o povo guineense se juntar a sua candidatura, “será o grande vencedor” das eleições presidenciais antecipadas do próximo dia 28.

Sanhá declarou ainda que, em parte, a sua candidatura à presidência da Republica “é imposta” pelos guineenses que “anseiam um futuro melhor”, em que “os trágicos e fatídicos acontecimentos” não voltarão a ter lugar.

Numa analise à situação da Guiné-Bissau, Bacai Sanhá sublinhou que regrediu, fruto de “intermináveis crises institucionais” que culminaram com os assassínios, em Março passado, de “destacadas figuras” do país, entre as quais o Presidente João Bernardo ‘Nino’ Vieira, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Tagmé Na Waié e recentemente, Baciro Dabó e Hélder Proença, ambos ex-ministros. Baciro Dabó era candidato independente às presidenciais do dia 28.

Bacai Sanhá apelou os guineenses a trabalharem “de mãos dadas com o novo Presidente” para que seja eleito no próximo dia 28, para que a Guiné-Bissau “possa sair deste buraco negro”.

Por seu turno, o primeiro-ministro e líder do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, afirmou que o país deve dizer “basta de armas e de impunidades” e acima de tudo, eleger um Presidente “capaz de trazer uma coabitação pacífica com o seu governo”.

“O Presidente com o qual haverá uma coabitação pacifica com o governo do PAIGC é o camarada Malam Bacai Sanhá”, defendeu Carlos Gomes Júnior, frisando que este vai ser eleito com “mais de 80 por cento de votos”.

Carlos Gomes Júnior exortou, no entanto, aos militantes do seu partido no sentido de trabalharem contra a abstenção, lembrando que o poder democrático conquista-se nas urnas.

Após a apresentação do manifesto eleitoral, Bacai Sanhá efectuou uma visita a estátua de Amílcar Cabral, fundador do PAIGC e da nacionalidade guineense e cabo-verdiana.

Bacai Sanhá realiza ainda hoje o seu primeiro comício popular na cidade de Gabú, 200 quilómetros a leste de Bissau.



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