segunda-feira, junho 22, 2009

CEDEAO paga salários em atraso de soldados bissau-guineenses

Origem do documento: www.panapress.com, 22 Jun 2009


Abuja, Nigéria (PANA) - Em previsão das eleições de 28 de Junho corrente na Guiné-Bissau, os membros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) pagará imediatamente três meses de salários em atraso às forças armadas deste país, anunciou esta segunda-feira em Abuja o Presidente em exercício da organização sub-regional e chefe do Estado nigeriano, Umaru Yar'Adua.

Ao prometer o apoio da CEDEAO para o bom êxito destas eleições, o Presidente Yar'Adua declarou igualmente que a organização regional fornecerá veículos e equipamentos de comunicação a este país para facilitar o processo eleitoral.

Falando no quadro da 36ª cimeira da CEDEAO que se realiza em Abuja, a capital federal nigeriana, ele preconizou uma aplicação acelerada das políticas de integração do bloco sub-regional para controlar as consequências da crise económica mundial, pois, segundo ele, "é triste notar que 30 anos após a assinatura do Protocolo sobre a Livre Circulação de Bens e Serviços, ainda não levantámos obstáculos às nossas fronteiras que continuam a opor-se a uma verdadeira integração económica".

A realidade da situação económica mundial actual torna imperativo o nosso compromisso na aplicação adequada dos protocolos de acordo com a vontade política requerida.

"Sob a minha presidência, continuaremos concentrados nos imperativos da estabilidade sociopolítica e económica e duma integração verdadeira. Nestas circunstâncias, devemos avaliar a estrutura actual da Comissão da CEDEAO no quadro da nossa ambição de dispor duma Comissão compacta, eficaz e centrada na realização da visão dos pais fundadores para uma região pacífica e próspera no plano económico", declarou o Presidente Yar'Adua.

O Presidente nigeriano revelou, por outro lado, que os esforços da CEDEAO para a resolução pacífica das crises na sub-região deram resultados positivos no tocante à organização das eleições previstas para 28 de Junho deste ano na Guiné-Bissau e, posteriormente, na Côte d'Ivoire.

Por sua vez, o presidente da Comissão da CEDEAO, Mohammed Ibn Chambas, instou os chefes de Estado e de Governo a fazerem como que todos os que estão implicados no assassinato do falecido Presidente Bernardo "Nino" Vieira da Guiné-Bissau sejam julgados para desencorajar todos quantos tiverem intenção de seguir este exemplo.

"A crueldade desta morte deve levar a nossa comunidade a rejeitar a violência e a impunidade. E por isso, a CEDEAO, em colaboração com a comunidade internacional, está determinada a exigir esclarecimentos sobre as circunstâncias do seu assassinato bem como da morte do ex-chefe de Estado- Maior das Forças Armadas (do mesmo país) e ainda sobre as dum candidato presidencial e ministro do Interior e dum ex-ministro da Defesa e de dois dos seus adjuntos a fim de que estes acontecimentos trágicos nunca se repitam na nossa região e que tais actos não continuem impunes na nossa sub-região", declarou Chambas.

Chambas declarou que sem o reforço do processo de integração regional, nenhum Estado estará em condições de fazer face individualmente à crise económica mundial.

Ele explicou que para mudar as tendências negativas impostas às economias da sub-região, "os nossos Estados devem melhorar as suas capacidades de produção e tornar-se menos dependentes das receitas de exportações dos recursos agrícolas e mineiros brutos".

Na sua óptica, procedendo assim constitui o melhor meio de criar empregos, estimular o crescimento económico, integrar-se na economia mundial e lutar eficazmente contra a pobreza.

Ele condicionou todos os estes factores ao aumento considerável dos investimentos em sectores essenciais da economia para servir de base ao crescimento e ao desenvolvimento.

Ele indicou que o principal factor favorável aos investimentos na África Ocidental é a estabilidade política e que nenhum investidor virá a um país ou uma região mergulhados em crises políticas ou conflitos.

Os chefes de Estado da Nigéria, Umar Yar'Adua, do Togo, Faure Gnassingbé, do Mali, Amadou Toumani Touré, da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, do Burkina Faso, Blaise Compaoré, do Senegal, Abdoulaye Wade, da Côte d'Ivoire, Laurent Gbagbo, da República do Benin, Yayi Boni, participam nesta cimeira onde outros estadistas foram representados pelos seus Vice-Presidentes.



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