domingo, março 08, 2009

Restos mortais do general Tagme Na Waie foram a enterrar em Bissau

Origem do documento: www.panapress.com, 08 Mar 2009


Bissau, Guiné-Bissau (PANA) – Os restos mortais do tenente- general Batista Tagme Na Waie, chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas bissau-guineenses, foram a enterrar ao fim da manhã deste domingo no cemitério municipal de Bissau, constatou a PANA no local.

O enterro decorreu na presença das mais altas autoridades civis do país, nomeadamente o Presidente da República interino, Raimundo Pereira, o presidente da Assembleia Nacional, Serifo Nhamadjo, o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, entre outros, bem como de vários populares e alguns membros do corpo diplomático acreditado em Bissau.

No elogio fúnebre lido pelo seu ministro da Defesa Nacional, Artur António, o Governo da Guiné-Bissau enalteceu as qualidades heróicas do finado que se destacou como “verdadeiro combatente” da liberdade, durante a luta de libertação contra o colonialismo português.

Reiterou a sua condenação pelo assassinato do general num acto que considerou de “hediondo” e perpetrado por “mãos invisíveis”, renovando assim a sua vontade e determinação de conduzir as competentes buscas para identificar e julgar os seus autores.

Inicialmente programadas para sábado, as exéquias de Na Waie, assassinado a 1 de Março corrente num atentado à bomba junto do seu gabinete, foram adiadas à ultima hora para este domingo “a pedido da família” que teria alegado questões tradicionais, segundo fonte oficial.

Depois da sua morte, a que se seguiu a do Presidente João Bernardo “Nino” Vieira, levando o Governo a decretar luto nacional até ao funeral deste último, na terça-feira, a gestão das Forças Armadas do país passou a ser garantida por um recém criado Comité Militar coordenado pelo porta-voz das Forças Armadas e vice-chefe do Estado- Maior da Marinha, capitão de fragata José Zamora Induta.

Este Comité Militar esteve reunido durante quase todo o dia de sexta- feira passada, em Bissau, com as chefias dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea) para tentar encontrar um consenso sobre a figura que deve substituir Tagme Na Waie.

Porém, uma fonte próxima do encontro confiou à PANA que as discussões ficaram “inconclusivas”, aparentemente por falta de consenso, devendo assim ser retomadas nos próximos dias.

A competência legal para nomear o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas é normalmente do Presidente da República, mas, segundo a mesma fonte, a delicadeza da situação militar do país aconselha a participação da elite militar na procura de uma figura consensual.



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