segunda-feira, março 30, 2009

Partidos reúnem-se terça-feira para marcar eleições presidenciais

Origem do documento: www.africatime.com, 30 Mar 2009


Os partidos políticos da Guiné-Bissau com e sem assento parlamentar reúnem-se terça-feira para tentar chegar a um acordo sobre a data das eleições presidenciais antecipadas, na sequência do assassínio do chefe de Estado do país “Nino” Vieira.

Em declarações aos jornalistas no final de um encontro com o presidente da República Interino, Raimundo Pereira, a líder parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Antónia Teixeira, afirmou que “depois da reunião de terça-feira vai ser marcada a data de consenso para as eleições presidenciais”.

“Já analisamos o primeiro ponto, que era a questão técnica, já analisamos o segundo ponto, que era a questão financeira, e agora falta a vontade política”, disse Antónia Teixeira.

“E essa vontade política vai ser realizada amanhã (terça-feira). Amanhã à tarde voltamos para ver o presidente da República Interino para a marcação definitiva da data”, sublinhou a líder parlamentar do PAIGC.

“O que interessa é que amanhã cheguemos a um consenso para a marcação definitiva da data das eleições presidenciais”, disse.

O vice-presidente do Partido de Renovação Social (PRS), Sori Djaló, afirmou, por seu lado, que a proposta do PRS só será apresentada terça-feira durante o encontro de todos os partidos políticos com o líder do PAIGC e actual primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.

O Partido Republicano da Independência para o Desenvolvimento (PRID) continua a insistir no respeito pela ordem constitucional, lembrando que o presidente da República Interino tem poderes limitados.

Já a Aliança Democrática insiste no esclarecimento do que se passou a 01 e 02 deste mês.

“Essa é a nossa primeira preocupação. Sem uma clarificação, ao falarmos de eleições estamos a enganarmo-nos a nós próprios”, afirmou o deputado Vítor Mandinga.

“Essa é a nossa posição. Primeiro a clarificação da situação e depois pensamos em eleições”, acrescentou.

A Constituição da Guiné-Bissau prevê a realização de eleições presidenciais antecipadas num prazo de 60 dias em caso de morte do presidente, faltando actualmente cerca de 30 dias para o final daquele período.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) e a ministra dos Negócios Estrangeiros do país já reconheceram a impossibilidade de organizar o escrutínio dentro do prazo constitucional, nomeadamente devido à falta de dinheiro.



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