quinta-feira, março 12, 2009

Nova missão à Guiné-Bissau para recuperar militares mortos

Origem do documento: jornal "Diário de Notícias", Lisboa, 12 Mar 2009
por MANUEL CARLOS FREIRE


Uma equipa da Liga dos Combatentes (LC) desloca-se no final deste mês a Gabu, Guiné-Bissau, para "localizar, identificar e concentrar", no cemitério de Bissau, os corpos de 15 militares portugueses mortos em combate na guerra colonial.

O presidente da LC, general Chito Rodrigues, adiantou ao DN que a equipa de missão da Liga, acompanhada por técnicos do Instituto de Medicina Legal, vai visitar também "outros lugares" onde possam estar enterrados mais corpos de soldados portugueses.

Esta missão integra-se no programa "Conservação das Memórias" que a LC iniciou em 2003 e que já permitiu identificar aproximadamente meio milhar de sítios onde estão ou podem ser encontrados os restos mortais de soldados porugueses.

No caso concreto da Guiné-Bissau, esta será a terceira missão àquele país lusófono, depois das realizadas em Farim e Guidage (2008). Neste último local foram recolhidos os restos mortais dos três pára-quedistas transportados em Julho passado para Portugal, envolvendo a LC e a União Portuguesa de Pára-quedistas. Esse processo envolvia o transporte de seis corpos, mas os restantes três ficaram em Bissau porque não foi possível comprovar a sua identidade.

Moçambique

O cemitério de Lhanguene, em Maputo, foi ontem palco de uma cerimónia de homenagem aos militares portugueses ali enterrados, a que presidiu o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general Valença Pinto, em visita oficial a Moçambique.

Valença Pinto, citado pela Lusa, afastou a possibilidade de transferir os corpos dos soldados para Portugal. "É muito complexo o projecto de remoção e trasladação de corpos de portugueses sepultados em cemitérios militares portugueses nos PALOP, pois já passaram 34 anos desde a independência destes Estados africanos", disse.

"Fazer remover estes corpos todos é um projecto muito custoso de ponto de vista financeiro", adiantou o CEMGFA. Valença Pinto sublinhou ainda que o projecto passa por "preservar os locais onde estão esses corpos". |



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