terça-feira, março 10, 2009

Angola reafirma apoio à normalidade constitucional na Guiné-Bissau

Origewm dodocumento: www.panapress.com, 10 Mar 2009
Por Fred Cawanda, Enviado especial da PANA


Bissau, Guiné-Bissau (PANA) - Angola reiterou segunda-feira a sua disponibilidade para ajudar a Guiné-Bissau a restituir a sua normalidade constitucional após o duplo assassinato, no início deste mês, do Presidente João Bernardo “Nino” Vieira e do chefe do Estado- Maior-General das Forças Armadas, tenente-general Batista Tagmé Na Waié.

Esta promessa das autoridades angolanas anunciada logo após a morte de Nino Vieira e de Tagmé Na Waié foi reiterada, em Bissau, pelo primeiro vice-presidente do Parlamento angolano (Assembleia Nacional), João Lourenço, à sua chegada a esta cidade para as exéquias do Presidente bissau-guineense.

João Lourenço, que falava à imprensa após uma audiência com o Presidente interino da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, disse ser desejo do seu país ver o povo guineense reencontrar-se o mais rapidamente possível para prosseguir o seu processo de reconstrução nacional.

“Trazemos uma mensagem de encorajamento e de apelo à calma (…) no sentido de que o povo guineense consiga reencontrar-se o mais rapidamente possível”, declarou João Lourenço, representante do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, na cerimónia fúnebre do general Nino Vieira agendada para terça-feira de manhã, em Bissau.

Segundo ele, todos os países membros da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) em particular, e, de uma forma geral, do continente africano estão empenhados em ajudar a Guiné-Bissau a voltar à normalidade constitucional, sobretudo, através da eleição de um novo Presidente da República e do reforço das instituições do Estado.

Por isso, afirmou, para estas “duas tarefas imediatas” o povo da Guiné-Bissau pode contar com o apoio dos países amigos, incluindo Angola.

À semelhança de Angola, várias outras delegações estrangeiras encontram-se já na capital bissau-guineense para assistir ao enterro dos restos mortais de Nino Vieira, a decorrer no Cemitério Municipal de Bissau, pelas 11 horas (locais e TMG) de terça-feira.

Estão igualmente presentes, representantes de algumas organizações internacionais tais como a União Africana (UA), a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a União Económica e Monetária Oeste-Africana (UEMOA), o Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) e a Comunidade dos Estados Sahelo-Sarianos (CEN-SAD), entre outras.

Segundo a Comissão Nacional Organizadora da cerimónia, a última delegação aguardada em Bissau é a do Senegal, o único país que se faz representar pelo seu chefe de Estado, o Presidente Abdoulaye Wade, cuja chegada está prevista para a manhã de terça-feira, a menos de uma hora do funeral.

A maior parte dos países representados delegaram os seus embaixadores acreditados na Guiné-Bissau muitos dos quais residentes em Dakar, no vizinho Senegal, como a Argélia, os Estados Unidos, o Canadá, a Grã- Bretanha, a Índia, o Japão e Itália, entre outros.

A também vizinha Guiné-Conakry enviou o seu primeiro-ministro, Kabinet Komara, enquanto a pequena Gâmbia do Presidente Yaya Jammeh, despachou uma delegação ministerial liderada pelo seu ministro da Administração Territorial, Ismaila Sambou.

Nino Vieira foi brutalmente assassinado por militares ainda não identificados, a 2 deste mês, na sua residência oficial sita à rua de Angola, na periferia de Bissau, enquanto Tagmé Na Waié perdeu a vida num misterioso atentado à bomba no Quartel-General das Forças Armadas a 1 de Março corrente.



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