sábado, dezembro 20, 2008

França condiciona desenvolvimento na Guiné-Bissau à estabilidade

Origem do documento: www.panapress.com, 20 Dez 2008


Bissau, Guiné-Bissau (PANA) - "A via do desenvolvimento na Guiné- Bissau só será possível quando houver a estabilidade política", declarou sexta-feira em Bissau o embaixador de França, Jean-François Parot.

O diplomata francês fez estes pronunciamentos durante a cerimónia de assinatura sexta-feira na capital bissau-guineense duma convenção estimada em dois milhões de euros destinados a cobrir as despesas públicas na Guiné-Bissau.

Parot lançou nessa ocasião um vibrante apelo às autoridades e líderes políticos locais para que se comprometam a preservar a paz e a estabilidade, bem como promover a reconciliação nacional.

Por sua vez, o secretário de Estado para o Tesouro Público, José Djo, que assinou o acordo em nome da Guiné-Bissau, declarou que o seu país conta com o apoio técnico de França e de outros parceiros bilaterais para restruturar a sua administração e estar em condições de praticar uma gestão transparente e rigorosa das finanças públicas e dos recursos colocados à sua disposição.

"Não poderemos lançar reformas de envergadura num clima de instabilidade permanente onde os salários não são pagos regularmente e onde as administrações não dispõem do mínimo sequer para o seu próprio funcionamento", confessou o responsável bissau-guineense.

A convenção, segundo uma nota de imprensa do ministério das Finanças, inclui a concessão à Guiné-Bissau duma ajuda orçamental global destinada ao financiamento das despesas públicas de carácter social.

"A ajuda orçamental francesa permitirá melhorar a situação social, o apoio ao funcionamento do sector educativo e das acções prioritárias a favor da saúde", sublinha o documento.

Na repartição, 500 mil euros serão alocados às despesas de saúde, nomeadamente a aquisição de medicamentos antituberculosos, kits de parto, vacinas, subsídios de isolamento para agentes médicos em zonas rurais, ao passo que um milhão 500 mil euros se destinam às despesas do sector educativo, precisamente o apuramento dos salários em atraso e das pensões acumuladas em 2008.



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