domingo, novembro 23, 2008

Residência do Presidente da Guiné-Bissau atacada

1. Origem do documento: Jornal de Notícias (Porto), 23 Nov 2008

Residência do Presidente da Guiné-Bissau atacada


A residência do Presidente da Guiné-Bissau, “Nino” Vieira, foi cercada e atacada esta madrugada por militares que se confrontaram com a segurança do Presidente.

Cerca da 01:00 (mesma hora em Lisboa) ouviu-se uma explosão de uma granada, seguindo-se um tiroteio intenso que demorou uma hora. Perto das 04:00, a situação estava mais calma, mas continuavam a ouvir-se tiros esporádicos na zona da residência do Presidente.

O ataque contra a residência de "Nino" Vieira, situada no centro de Bissau, próximo do estádio Lino Correia, terá sido levado a cabo por um grupo de militares dirigido pelo sargento N'Tcham Ialá, um fuzileiro da Marinha de Guerra Nacional, disseram à Lusa fontes militares.

Segundo as mesmas fontes, o sargento estava actualmente colocado no batalhão de Canchungo, no norte da Guiné-Bissau, e já chegou a prestar serviço de guarda presidencial na residência de "Nino" Vieira, encontrando-se, neste momento, a monte. Entretanto, o comandante da zona militar norte, António Injai, disse aos jornalistas que três militares foram detidos por suspeita de envolvimento no ataque.

João Bernardo "Nino" Vieira reuniu-se esta manhã com o chefe da missão da ONU em Bissau e o ministro da Defesa guineense, horas depois do ataque. O encontro com o nigeriano Shola Omerege e o ministro Marciano Barbeiro começou cerca das 08:45 locais (mesma hora em Lisboa). Meia hora mais tarde chegou à residência do Presidente o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Tagme N'Waie.

Efectivos das Forças Armadas guineenses montaram uma operação para tentar encontrar os atacantes e estavam esta manhã a inspeccionar as viaturas que saíam de Bissau pela estrada do aeroporto.

O ministro da Administração Interna revelou que o governo guineense sabia que ia haver este ataque e estava preparado para lhe dar resposta, considerando este episódio"uma tentativa de golpe de Estado".

O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) da Guiné-Bissau garantiu que a situação no país "está sob controlo" e que as Forças Armadas "estão subordinadas ao Presidente".

Sobre a situação em que se encontra João Bernardo "Nino" Vieira, o CEMGFA disse que "o Presidente está calmo e na sua residência".

Há uma semana, realizaram-se eleições legislativas na Guiné-Bissau, que foram ganhas com maioria absoluta pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Segundo os resultados provisórios, o PAIGC elegeu 67 deputados, o Partido Renovação Social (PRS), do ex-presidente Kumba Ialá, ficou em segundo lugar com 28 deputados e o Partido Republicano da Independência para o Desenvolvimento (PRID) em terceiro ao conseguir três deputados.O Partido da Nova Democracia e a Aliança Democrática elegeram um deputado cada.

Sexta-feira, Kumba Ialá foi impedido de sair do país e a Procuradoria-Geral da República anunciou que "Nino" Vieira tinha apresentado uma queixa-crime contra o líder do PRS, que durante a campanha eleitoral acusou o chefe de Estado de estar ligado ao tráfico de droga.


2. Origem do documento: jornal Público (Lisboa), 23 Nov 2008

Residência do Presidente da Guiné-Bissau foi alvo de disparos de madrugada


A residência do Presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo Vieira, foi hoje de madrugada alvo de disparos de soldados, o que o próprio disse ao seu homólogo senegalês ser um motim.

A situação estava aparentemente controlada ao início da manhã, tendo sido presos vários dos militares que participaram no assalto, o que acontece uma semana após as eleições legislativas.

“Houve um motim. O Presidente da Guiné-Bissau ligou ao Presidente Abdoulaye Wade para o informar de que soldados tinham aberto fogo sobre a sua residência”, disse à AFP o porta-voz do chefe do Estado senegalês.

Há também registo da morte de um dos assaltantes e vários feridos entre as forças presidenciais, segundo um responsável do Ministério do Interior da Guiné-Bissau.

“Registámos um morto do lado dos assaltantes e vários feridos nas nossas fileiras”, disse à AFP sob anonimato a fonte. “Conseguimos prender vários militares”, acrescentou.

União Africana rejeita tomada de poder pela força

Entretanto a União Africana (UA) rejeitou “antecipadamente” hoje “qualquer tentativa de tomada do poder pela força” na Guiné-Bissau.

O presidente da Comissão da UA, Jean Ping, expressou a sua “muito grande preocupação” quanto à “degradação da situação” na Guiné-Bissau e reafirmou “a rejeição total pela UA de qualquer mudança anticonstitucional de Governo”.

Lembrou também que o escrutínio de 16 de Novembro decorreu “em condições consideradas satisfatórias pelo conjunto dos observadores internacionais, incluindo os da UA”.

O ex-partido único da Guiné-Bissau PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde), dirigido pelo ex-primeiro-ministro (2004-05) Carlos Gomes Júnior, que dominou a vida política após a independência, ganhou o escrutínio sem surpresa.

Os resultados provisórios foram publicados na sexta-feira e os definitivos são esperados para quarta-feira.



3. Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 23 Nov 2008

Residência do PR com marcas de destruição depois do ataque


A residência do Presidente da Guiné-Bissau apresenta inúmeras marcas de destruição resultantes do ataque da madrugada de hoje, em que um segurança de "Nino" Vieira foi morto e outro ferido.


Situada no centro de Bissau, a vivenda de um piso ficou com dois grandes buracos no telhado e as marcas de balas estão um pouco por todo o lado, tanto no interior como no exterior, constatou a Agência Lusa durante uma visita ao local proporcionada aos jornalistas.

Todas as janelas da frente da casa têm os vidros partidos e no interior vêem-se louças, um aparelho de televisão e muitos outros objectos destruídos pelas balas disparadas pelos atacantes.

A sala do lado da frente da casa é a que apresenta mais sinais de destruição, que também são visíveis no quarto do chefe de Estado guineense, cujo tecto tem um buraco.

No exterior da vivenda, a Lusa viu três viaturas da Presidência praticamente destruídas, incluindo o Hummer usado por "Nino" Vieira, com os vidros partidos, os pneus furados e marcas de balas na carroçaria.

No ataque, aparentemente levado a cabo por um grupo de militares, terão sido usadas metralhadoras e granadas.

O ataque começou cerca da 01:00 (mesma hora em Lisboa), quando se ouviram explosões e tiroteio intenso na zona da residência do Presidente da Guiné-Bissau.

Segundo o ministro da Administração Interna guineense, Cipriano Cassamá, uma pessoa morreu e outra ficou ferida na sequência do ataque, tendo sido detidas "várias pessoas".

O corpo do segurança de "Nino" Vieira abatido pelos atacantes foi retirado da residência cerca das 06:30, e transportado para o hospital de Bissau.

Efectivos das Forças Armadas guineenses montaram uma operação para tentar encontrar os atacantes e estavam hoje de manhã a inspeccionar as viaturas que saíam de Bissau pela estrada do aeroporto.


4. Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 23 Nov 2008

Ministro Administração Interna sabia que ia haver ataque


O ministro da Administração Interna da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, disse hoje que o seu ministério descobriu que ia haver um ataque contra o presidente guineense, “Nino” Vieira, que considerou "uma tentativa de golpe de Estado".


“O Ministério da Administração Interna descobriu e se não tivéssemos tomado as medidas necessárias ninguém falaria hoje do senhor presidente”, afirmou Cipriano Cassamá aos jornalistas em frente da residência do chefe de Estado guineense, considerando "inaceitável" a "tentativa de golpede Estado".

“O que se passou esta noite foi uma ilegalidade e gostaria de apelar ao povo da Guiné-Bissau para manter a calma”, disse Cipriano Cassamá.

O ministro guineense referiu igualmente que o “Ministério da Administração Interna e o Estado-Maior das Forças Armadas têm a situação controlada”.

Um grupo de militares atacou hoje de madrugada a casa do presidente “Nino” Vieira, provocando um morto e um ferido.

Segundo o ministro guineense, “há detidos”, remetendo para mais tarde pormenores sobre as detenções.


5. Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 23 Nov 2008

Fuzileiro da Marinha terá dirigido ataque, três militares detidos


O ataque desta madrugada à residência do presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo “Nino” Vieira, terá sido dirigido pelo sargento N’Tcham Ialá, um fuzileiro da Marinha de Guerra Nacional, disseram fontes militares.


Segundo as mesmas fontes, o sargento estava actualmente colocado no batalhão de Canchungo, no norte da Guiné-Bissau.

As mesmas fontes informaram que Ialá, que chegou a prestar serviço de guarda presidencial na residência de "Nino" Vieira, se encontra a monte.

Entretanto, o comandante da zona militar norte, António Injai, disse aos jornalistas que três militares foram detidos por suspeita de envolvimento no ataque.

Os militares foram conduzidos para o Estado-Maior General das Forças Armadas para serem interrogados.

Um grupo de militares atacou hoje de madrugada a casa do presidente “Nino” Vieira, provocando um morto e um ferido.

Segundo o ministro da Administração Interna da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, disse hoje que o seu ministério descobriu que ia haver um ataque contra o presidente, considerando-o "uma tentativa de golpe de Estado".

“O Ministério da Administração Interna descobriu e se não tivéssemos tomado as medidas necessárias ninguém falaria hoje do senhor presidente”, afirmou Cipriano Cassamá aos jornalistas em frente da residência do chefe de Estado guineense, considerando "inaceitável" a "tentativa de golpe de Estado".

O ministro guineense referiu igualmente que o “Ministério da Administração Interna e o Estado-Maior das Forças Armadas têm a situação controlada”.

Durante o ataque, uma pessoa morreu e outra ficou ferida ainda segundo o ministro da Administração Interna.

Cipriano Cassamá falava aos jornalistas em frente da residência de "Nino" Vieira, onde o presidente esteve reunido com o chefe da missão da ONU em Bissau, o nigeriano Shola Omerege, e o ministro da Defesa guineense, Marciano Barbeiro.

No início do encontro desta manhã, quando os jornalistas se encontravam na sala, Shola Omerege disse a "Nino" Vieira que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o Conselho de Segurança já foram "informados e estão atentos" sobre os acontecimentos da madrugada de hoje em Bissau.

"Nino" Vieira ainda não prestou quaisquer declarações sobre o ataque de que foi alvo, mas deverá falar aos jornalistas esta tarde.

Efectivos das Forças Armadas guineenses montaram uma operação para tentar encontrar os atacantes e estavam hoje de manhã a inspeccionar as viaturas que saíam de Bissau pela estrada do aeroporto.


6. Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 23 Nov 2008

Situação «sob controlo» e Forças Armadas «subordinadas ao presidente»


O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) da Guiné-Bissau garantiu hoje que a situação no país “está sob controlo” e que as Forças Armadas “estão subordinadas ao Presidente”, “Nino” Vieira, alvo de um ataque durante a madrugada.


“Numa sociedade não faltam bandidos. Mas podemos dizer ao mundo que as Forças Armadas da Guiné-Bissau estão solidários e subordinadas ao Presidente, que é o comandante em chefe das Forças Armadas”, disse o general Tagmé Na Waié a saída da residência de “Nino” Vieira, que foi atacada esta madrugada.

O Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas guineenses afirmou que cinco militares foram detidos “para os interrogatórios”, escusando-se, contudo, a citar os seus nomes.

“Alguns militares estão detidos. São cinco por enquanto, mas continuam os inquéritos para saber quem está metido nisto”, sublinhou o general Na Waié.

Um grupo de militares atacou hoje de madrugada a casa do presidente “Nino” Vieira, provocando um morto e um ferido, num ataque que o ministro da Administração Interna guineense considerou "uma tentativa de golpe de Estado".

Questionado sobre as unidades dos soldados envolvidos nos incidentes desta madrugada, o CEMGFA guineense disse que por enquanto esse pormenor está a ser investigado.

“Ainda não sabemos de que unidades é que são, mas podemos informar-vos que a situação está sob controlo do Estado-Maior General”, referiu Tagmé Na Waié, remetendo para mais tarde mais informações.

Sobre a situação em que se encontra João Bernardo “Nino” Vieira, o CEMGFA disse que “o Presidente está calmo e na sua residência”.

Fontes militares adiantaram à Agência Lusa que o ataque desta madrugada à residência de “Nino” Vieira terá sido dirigido pelo sargento N’Tcham Ialá, um fuzileiro da Marinha de Guerra Nacional, mas agora colocado no batalhão de Canchungo, no norte da Guiné-Bissau.

Entretanto, o comandante da zona militar norte, António Injai, informou que mais três militares foram detidos.



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