sábado, novembro 15, 2008
Presidente acusa partidos de falta de debate sobre ideias concretas
Origem do documento: jornal "Diário de Notícias", Lisboa, 15 Nov 2008
Para Nino Vieira, a campanha para as legislativas de amanhã "ficou marcada por declarações bombásticas, ao invés de um debate sério sobre ideias concretas". O Presidente guineense lamentou que este facto "não abone em nada para a imagem do país, deixando-se de lado a apresentação de programas concretos para o combate à cólera, fornecimento de água potável e coisas do género".
Nino falou aos jornalistas em Bissau após receber o chefe da missão de observadores da União Europeia, o belga Johan Van Hecke.
A campanha ficou marcada pela troca de acusações entre dirigentes sobre a alegada utilização do dinheiro do narcotráfico no financiamento das acções de campanha. O líder do Partido da Renovação Social (PRS), o ex-presidente Kumba Ialá, acusou mesmo Nino Vieira de ser o principal responsável pelo narcotráfico na Guiné-Bissau, exortando a ONU a instaurar um processo-crime contra o chefe do Estado.
Sem responder em concreto às declarações de Kumba, o Presidente afirmou que a questão do narcotráfico "não é um problema exclusivo" da Guiné-Bissau, na medida em que "toca toda a sub-região africana". Nino lembrou que recentemente, o assunto foi objecto de uma "grande reunião em Cabo Verde, depois de uma conferência internacional, em Dezembro passado, em Lisboa".
Sobre a alegada impunidade dos narcotraficantes, o chefe de Estado frisou que, "por enquanto, a justiça não conseguiu arranjar provas incriminatórias suficientes". Pessoalmente, disse estar empenhado em alertar a comunidade internacional, nomeadamente Portugal, França e a ONU, para que apoiem as autoridades guineenses a fazer face ao problema. Para Nino "há muito exagero quando se diz que a Guiné-Bissau é um narco-Estado".
Estas declarações coincidiram com a entrada em Bissau dos líderes dos dois principais partidos que vão amanhã a votos. Carlos Gomes Júnior, do Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC) e Kumba Ialá, do PRS, foram recebidos pelos apoiantes em festa no encerramento da campanha para as legislativas. Depois da euforia da chegada dos líderes, foi de forma ordeira que os militantes participaram nos comícios de Gomes Júnior e Kumba, encerrando desta forma uma campanha que decorreu com alguma serenidade. LUSA
Para Nino Vieira, a campanha para as legislativas de amanhã "ficou marcada por declarações bombásticas, ao invés de um debate sério sobre ideias concretas". O Presidente guineense lamentou que este facto "não abone em nada para a imagem do país, deixando-se de lado a apresentação de programas concretos para o combate à cólera, fornecimento de água potável e coisas do género".
Nino falou aos jornalistas em Bissau após receber o chefe da missão de observadores da União Europeia, o belga Johan Van Hecke.
A campanha ficou marcada pela troca de acusações entre dirigentes sobre a alegada utilização do dinheiro do narcotráfico no financiamento das acções de campanha. O líder do Partido da Renovação Social (PRS), o ex-presidente Kumba Ialá, acusou mesmo Nino Vieira de ser o principal responsável pelo narcotráfico na Guiné-Bissau, exortando a ONU a instaurar um processo-crime contra o chefe do Estado.
Sem responder em concreto às declarações de Kumba, o Presidente afirmou que a questão do narcotráfico "não é um problema exclusivo" da Guiné-Bissau, na medida em que "toca toda a sub-região africana". Nino lembrou que recentemente, o assunto foi objecto de uma "grande reunião em Cabo Verde, depois de uma conferência internacional, em Dezembro passado, em Lisboa".
Sobre a alegada impunidade dos narcotraficantes, o chefe de Estado frisou que, "por enquanto, a justiça não conseguiu arranjar provas incriminatórias suficientes". Pessoalmente, disse estar empenhado em alertar a comunidade internacional, nomeadamente Portugal, França e a ONU, para que apoiem as autoridades guineenses a fazer face ao problema. Para Nino "há muito exagero quando se diz que a Guiné-Bissau é um narco-Estado".
Estas declarações coincidiram com a entrada em Bissau dos líderes dos dois principais partidos que vão amanhã a votos. Carlos Gomes Júnior, do Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC) e Kumba Ialá, do PRS, foram recebidos pelos apoiantes em festa no encerramento da campanha para as legislativas. Depois da euforia da chegada dos líderes, foi de forma ordeira que os militantes participaram nos comícios de Gomes Júnior e Kumba, encerrando desta forma uma campanha que decorreu com alguma serenidade. LUSA