sábado, novembro 29, 2008

País aberto ao investimento de empresários de língua portuguesa

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 29 Nov 2008


O líder do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, e futuro primeiro-ministro guineense, manifestou, em entrevista à Agência Lusa, a abertura do país aos empresários de língua portuguesa que queiram investir no país.

"Havendo recursos, a Guiné-Bissau está aberta a todos os empresários da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa que queiram investir no país", afirmou o líder do Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo verde (PAIGC).

"Para isso vamos tentar rever o código de investimento, para que haja um código atraente e com condições de segurança para que os investidores que querem trabalhar no nosso país sejam bem-vindos", disse o futuro primeiro-ministro guineense.

Carlos Gomes Júnior salientou a indústria, pescas e turismo como as áreas preferenciais para o investimento estrangeiro.

"A Guiné-Bissau produz 167 mil toneladas de castanha de caju e o nosso destino era a Índia, mas no quadro da Organização Mundial do Comércio, temos que rever a nossa política", referiu.

Segundo o futuro primeiro-ministro, é preciso começar a fazer a transformação da castanha de caju localmente para valorizar o produto.

"Há países como a Líbia que já instalaram três fábricas, mas três fábricas não chegam. Porque significa qualquer coisa como transformar 10 mil toneladas", explicou, sublinhando que "há um mercado aberto.

Carlos Gomes Júnior disse também que a Guiné-Bissau está disponível para receber investimentos nas áreas da pesca e da mineração, sector em que Angola já tem acordos com o país para a exploração de bauxite.

"Vai haver a construção do porto de águas profundas em Buba, que também significa mais emprego e mais vias de acesso e mais oportunidades de negócio", salientou.

"No quadro do turismo, queremos um turismo de qualidade e respeito pelas questões ambientais", referiu.

"Pensamos que Portugal tem experiência. Mas queremos fazer um ordenamento turístico nas zonas que têm essa potencialidade", explicou.

Segundo Carlos Gomes Júnior, o "Estado vai investir fortemente e arranjar parceiros para explorar o turismo, mas um turismo de qualidade que possa servir os nossos interesses".

O futuro primeiro-ministro guineense lembrou também uma vantagem da Guiné-Bissau, que considerou pouco divulgada: uma "moeda estável".

"O país tem uma moeda estável, convertível, somos membros da União Económica Monetária da África Ocidental e qualquer empresa que se instale aqui pode instalar-se no Senegal e em todos os países da união" lembrou.

"Há toda uma oportunidade que a Guiné-Bissau tem de ser capaz de divulgar e arranjar parcerias estratégicas", disse ainda, sublinhando que no país "há tudo por fazer".



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