sábado, novembro 15, 2008

Líder do PAIGC pede uma maioria absoluta

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 15 Nov 2008


Carlos Gomes Júnior cita “o sonho de Amílcar Cabral” e “cola” a imagem de Barack Obama às eleições de amanhã na Guiné-Bissau

O líder do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, terminou a campanha eleitoral a pedir para amanhã uma vitória com maioria absoluta, para "corresponder ao sonho de Amílcar Cabral". Perante dezenas de milhar de pessoas, no centro de Bissau, Carlos Gomes Júnior, considerou que aquela "moldura humana" é "o sonho de Amílcar Cabral".

"E para corresponder a esse sonho vamos, dia 16, com a mesma determinação, dar ao PAIGC uma vitória com maioria absoluta", acrescentou.

Num discurso em que praticamente não fez referências a outras forças partidárias, Carlos Gomes Júnior falou dos combatentes da liberdade, de todos os países de expressão portuguesa, do PS e do PC de Portugal, país ao qual agradeceu o apoio para a realização das eleições, bem como à ONU e à União Europeia.

Depois prometeu um governo a pensar nos principais problemas do país, na estabilidade, no saneamento das finanças públicas, na recuperação da energia eléctrica e da água no país, porque "sem água e sem luz não há desenvolvimento".

"Apelo a todos os militantes do PAIGC para juntarem as mãos e salvarem a Guiné", disse o líder do partido, prometendo um governo que paga salários e que irá dar melhor Educação e Saúde ao povo.

Numa campanha com cartazes em que aparece a imagem de Barack Obama, Carlos Gomes Júnior referiu-se ao recém-eleito Presidente dos Estados Unidos como um exemplo a seguir, advertindo que para isso é preciso "trabalhar dia e noite, para servir o povo".

"Brancos, pretos, asiáticos, todos votaram nele. Isso mostra que não podemos ter racismo na nossa terra, no dia em que elegermos um branco guineense para governar a Guiné-Bissau também temos de aceitar, isso é que é democracia", afirmou.

Mas agora, na Guiné, o que há é um "buraco Obama", porque o país "está num buraco", gracejou, acrescentando que há desafios sérios a vencer, "para que nunca mais as mulheres morram no hospital por falta de assistência".

Num discurso curto, teve ainda tempo de prometer subsídios de isolamento para médicos e professores que vão para o interior do país, estabilidade, paz e "uma pátria unida e forte, que atraia investidores".

Garantindo que irá descentralizar o ensino superior e que vai criar o Instituto Amílcar Cabral para ajudar os jovens carenciados que queiram estudar, desafiou os partidos a "não fazerem política por fazer" e pediu união, a partir de domingo.

O último comício do PAIGC terminou assim, perante milhares de pessoas a cantar, enquanto, mesmo o lado, continuava ainda mais um comício, do PRID, outro partido.

Um cordão policial separava os dois partidos mas não se registaram incidentes.



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