sábado, novembro 22, 2008

Kumba Ialá impedido de sair do país

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 22 Nov 2008


O líder do Partido de Renovação Social, Kumba Ialá, está impedido de sair do país na sequência de uma ordem emitida pela Procuradoria-geral da República após uma queixa apresentada pelo presidente "Nino" Vieira.

A informação foi prestada à Agência Lusa pelo próprio Kumba Ialá, que se encontra em Bissorã, 80 quilómetros a Norte de Bissau, e confirmada pela Polícia de Ordem Pública (POP).

Segundo o delegado dos serviços de informação do Estado em Bissorã, Guedes Mendes, foi emitida uma ordem do comissário-geral adjunto da POP, Armando N'nhaga, para "interditar a saída de Kumba Ialá da Guiné-Bissau".

A mesma fonte afirmou que, quando tentou entregar a nota ao líder do PRS, foi "surpreendido" e alegadamente impedido de abandonar o local pelo próprio Kumba Ialá até à chegada dos jornalistas a Bissorã.

A Polícia de Ordem Pública confirmou também, em conferência de imprensa em Bissau, a ordem para Kumba Ialá não abandonar o país.

Kumba Ialá já foi notificado oficialmente desta decisão.

A decisão da PGR surge no dia em que foram anunciados os resultados das eleições legislativas na Guiné-Bissau, em que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) conquistou mais de dois terços dos cem lugares no parlamento.

Kumba Ialá, antigo Presidente guineense, disse que a direcção do PRS vai reagir sobre os resultados, que considerou "caricatos".

Em declarações à agência Lusa em Bissorã, a 80 quilómetros a norte de Bissau, Kumba Ialá disse que está a "ser incomodado por causa de um alegado acto de inquérito do Ministério Público sobre as declarações que fez durante a campanha".

Kumba Ialá não especificou as declarações em causa, proferidas durante a campanha.

"As declarações da campanha são declarações da campanha", disse Kumba Ialá, acrescentando que "o Presidente "Nino" Vieira é o queixoso".

Kumba Ialá garantiu ainda que, se for convocado, vai responder e que ele também pode apresentar queixas.

"É falso que pretendo abandonar o país", garantiu Kumba Ialá, questionado sobre a natureza do crime de que é suspeito.

"Vou ficar na Guiné para reorganizar o partido para as presidenciais de 2010", sublinhou.



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