sexta-feira, outubro 24, 2008

Altas figuras entram na na disputa para a chefia do governo

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 24 Out 2008


Três antigos primeiros-ministros, um ex-Procurador-Geral da República e uma mulher candidata à chefia do governo constituem as principais novidades das listas dos partidos para as eleições legislativas da Guiné-Bissau, cuja campanha começa sábado.

Os antigos primeiros-ministros candidatos a liderar o governo são Carlos Gomes Júnior, do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Alamara Nhassé, do Partido da Reconciliação Nacional (PRN), e Aristides Gomes, do recém-criado Partido Republicano para a Independência e Desenvolvimento (PRID).

Para o cargo de primeiro-ministro da Guiné-Bissau também concorre um ex-Procurador-Geral da República, Amine Saad, à frente da coligação Aliança das Forças Patrióticas (AFP).

Antiga presidente da Câmara Municipal de Bissau e ex-conselheira de Kumba Ialá, Francisca Vaz Turpin é a única mulher que se posiciona como candidata a primeira-ministra.

A grande incógnita continua a ser o candidato a primeiro-ministro do Partido da Renovação Social (PRS), já que o líder Kumba Ialá não faz parte da lista a deputados e ninguém ainda foi apresentado como tal.

Fontes do partido disseram à Lusa que Kumba Ialá vai liderar a campanha do PRS para as legislativas mesmo que se saiba que não é candidato a primeiro-ministro.

Ialá, que fixou residência em Marrocos desde 2005, deverá chegar a Bissau nos próximos dias.

Outro motivo de interesse da campanha é saber de que "lado estará" o Presidente guineense, João Bernardo "Nino" Vieira, já que dois partidos reclamam o seu apoio: o PAIGC e o PRID, formado por dissidentes do antigo partido único guineense.

É que o posicionamento, mesmo que velado, de "Nino" Vieira a favor de uma força política, pode traduzir-se num apoio considerável devido à quota de popularidade que o chefe de Estado goza no país, nomeadamente junto dos veteranos de guerra.

Um assessor do Presidente guineense já veio a público pedir aos partidos para que não utilizem o nome de "Nino" Vieira nas suas acções de campanha.

Por sua vez, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general Tagmé Na Waié, já avisou: "Qualquer militar que for apanhado em acção de campanha eleitoral a favor de um partido ficará sem farda e (será) presente ao tribunal Militar".

A campanha eleitoral começa sábado e deve durar 21 dias.



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