sábado, agosto 30, 2008

Capturados 72 candidatos a emigração clandestina para Espanha

Origem dodocumento: www.noticiaslusofonas.com, 30 Ago 2008


As autoridades fronteiriças da Guiné-Bissau capturaram e apresentaram hoje 72 pessoas que queriam emigrar clandestinamente para Espanha, entre quais cidadãos africanos e dois paquistaneses.

De acordo com o director-geral dos serviços de migração e fronteiras da Guiné-Bissau, Adelino Cabral, os detidos foram surpreendidos pela polícia na última quarta-feira na localidade de São Domingos “escondidos nas matas, onde passaram os últimos dois meses”.

“Passaram dois meses escondidos nas matas de São Domingos, em Bidjingui, à espera do momento certo para rumarem, de piroga, para Las Palmas”, afirmou Adelino Cabral.

Trata-se de 61 cidadãos da Gâmbia, seis do Senegal, três da Guine-Conacri e dois paquistaneses, explicou aos jornalistas o director-geral, após ter procedido hoje à entrega formal dos clandestinos aos respectivos representantes diplomáticos.

Na ocasião, Adelino Cabral instou a comunidade internacional, nomeadamente Espanha, no sentido de apoiar os esforços das autoridades guineenses para que possam fazer face ao fenómeno da emigração ilegal.

“O governo da Espanha devia reforçar os apoios prestados à Guiné-Bissau, isto tendo em conta a vulnerabilidade das fronteiras guineenses e a procura dos clandestinos pelo nosso país” defendeu o responsável fronteiriço guineense.

De acordo com Adelino Cabral, a procura da Guiné-Bissau pelos candidatos à emigração ilegal para a Europa subiu porque Espanha forneceu ao país “pouquíssimos meios” de combate ao flagelo.

“Eles sabem que temos poucos meios, as nossas fronteiras são vulneráveis, por isso procuram o nosso país para daí tentarem a sua sorte. A Espanha devia ver isso e reforçar os meios, pese embora ter feito já alguma coisa”, sublinhou Adelino Cabral.

De acordo com este responsável, a situação já começa a conhecer “novos contornos” pelo facto de candidatos de países “muito distantes da Guiné-Bissau” procurarem agora o país para tentar rumar a Espanha.

“Já começam a aparecer candidatos de países como o Paquistão, quando até aqui eram apenas pessoas oriundas da nossa sub-região africana. A situação é preocupante”, concluiu Adelino Cabral.



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