domingo, julho 06, 2008

Regresso a casa de três páras mortos em combate na Guiné

Origem do documento: Diário de Notícias, Lisboa, 06 Jul 2008
por MANUEL CARLOS FREIRE


Os restos mortais de três pára-quedistas portugueses mortos em combate na Guiné, durante a guerra colonial, chegaram a Lisboa na noite de sexta- -feira, onde foram recebidos por antigos camaradas de armas.

"Pode dizer-se que assim se encerra, para os pára-quedistas, a guerra em África", disse ao DN um dos oficiais que acompanharam a transferência das urnas - envolvidas na bandeira portuguesa - para a capela do aeródromo militar de Lisboa.

As cerimónias fúnebres realizam- -se no próximo dia 26, no Mosteiro dos Jerónimos, seguindo as urnas depois para a Escola dos Páras, em Tancos, e daqui para os locais de origem. Até lá, os caixões ficam na Igreja da Força Aérea (a que os páras pertenciam naquela época), em Benfica.

Os soldados José de Jesus Lourenço (nascido a 20 de Julho de 1953 na freguesia de Cadima, concelho de Cantanhede), Manuel da Silva Peixoto (24 de Janeiro de 1951, na freguesia de Gião, concelho de Vila do Conde) e António Neves Vitoriano (14 de Fevereiro de 1952, freguesia e concelho de Castro Verde), morreram a 23 de Maio de 1973 - o Dia da Casa-Mãe das Tropas Pára-Quedistas, em Tancos -, durante uma emboscada junto a Guidaje, norte da Guiné-Bissau.

A trasladação dos restos mortais realizou-se no âmbito de um projecto da Liga dos Combatentes (LC), apoiado pela União Portuguesa de Pára- -Quedistas (UPP). A par de familiares de um dos soldados mortos, entre as cerca de 30 pessoas presentes estavam os generais Chito Rodrigues (presidente da LC), Heitor Almendra e Avelar de Sousa (ambos páras).



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