segunda-feira, maio 19, 2008

Líbia investe 24 milhões euros em caju, água mineral e habitação

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 19 Mai 2008


A Líbia irá investir na Guiné-Bissau 24 milhões de euros em projectos nos sectores do processamento do caju, produção de água mineral e construção de habitação social, anunciaram os responsáveis dos governos de Bissau e Tripoli.

O anuncio do investimento líbio na Guiné-Bissau foi feito este fim-de-semana por Sauk Al Mabruk, director-geral da Laico/Bissau (Agência de Investimentos do Governo de Tripoli) e pelo ministro do Comércio, Turismo e Artesanato guineense, Henry Mané, durante as cerimónias de lançamento das obras para a construção de três unidades de processamento da castanha de caju que a Líbia pretende construir nos próximos meses.

A Laico/Bissau lançou as pedras do projecto de construção de três unidades de transformação do caju, principal produto de exportação da Guiné-Bissau, nas localidades de Nhacra, Quinhamel e Bula, todas no centro norte da Guiné-Bissau.

As três unidades deverão estar em funcionamento dentro de "poucos meses" e deverão dar emprego a cerca de 600 pessoas, explicou o director-geral da Laico/Bissau.

De acordo com Sauk Al Mabruk, as três unidades irão também produzir energia, a partir da casca da castanha do caju, para fornecer às populações das zonas onde se encontram instaladas.

O ministro do Comércio guineense considerou, por seu lado, que o projecto agora lançado pelo Laico/Bissau é "um contributo" para ajudar a Guiné-Bissau a reduzir a pobreza, sobretudo junto da população rural, mas também uma forma de apoiar o aumento da balança de pagamentos do Governo que passará a contar com "o valor acrescentado" proveniente das receitas com a amêndoa do caju.

Actualmente, Bissau exporta na totalidade as cerca de 120 mil toneladas da castanha de caju que produz. O Governo pretende alterar essa realidade, passando a transformar localmente o produto e exportando a amêndoa.

O projecto de construção das três unidades fabris de processamento e transformação da castanha do caju está orçado em quatro milhões de euros.

Por outro lado, a Laico/Bissau pretende começar a produzir, antes do final do ano, água mineral para exportação, bem como construir habitações sociais de baixo custo, um projecto que Sauk Al Mabruk intitulou de "Casas Sociais Muammar Kadhafi (Presidente líbio)".

Além dos projectos anunciados, o director-geral da Laico/Bissau lembrou que o seu país já tem outros investimentos na Guiné-Bissau, nomeadamente o Bissau Hotel adquirido por cinco milhões de dólares (3,2 milhões de euros, ao câmbio actual), há dois anos, pela sua agência, passando a chamar-se Bissau Líbia Hotel.



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