segunda-feira, março 03, 2008

Nino Vieira defende ensino nas escolas da luta de libertação nacional

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 03 Mar 2008


O presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo "Nino" Vieira, defendeu hoje o ensino da guerra de libertação do país aos mais jovens, exortando o Ministério da Educação guineense a incluir a matéria nos programas escolares.

João Bernardo "Nino" Vieira falava na abertura do Simpósio Internacional de Guiledje, a decorrer até sexta-feira em Bissau, e que pretende recolher testemunhos históricos de combatentes portugueses e guineenses que participaram na batalha de Guiledje.

"Quero aqui e na presença de todos vós exortar o Ministério da Educação no sentido de incluir na disciplina de História a luta de libertação das forças armadas do país", afirmou, entre os aplausos da audiência.

Durante o seu discurso, "Nino" Vieira agradeceu também o apoio dado por Cuba, Guiné-Conakri e Senegal aos combatentes pela independência da Guiné-Bissau.

Além de "Nino" Vieira, discursaram na cerimónia de abertura do Simpósio a ministra dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Isabel Buscardini, o representante da União Europeia na Guiné-Bissau, Franco Nulli, o embaixador de Cuba e o embaixador de Portugal, José Manuel Paes Moreira, que leu uma mensagem do ministro português da Defesa, Nuno Severiano Teixeira.

O ministro português da Defesa saudou a realização do evento e manifestou o apoio de Portugal a todas as iniciativas que visam desenvolver a memória de todos aqueles que participaram na Guerra Colonial, entre 1968 e 1974, e lembrou o protocolo assinado entre a Liga dos Combatentes e o Instituto da Defesa Nacional guineense, que visa a "Conservação de Memórias".

Durante a Guerra Colonial na Guiné-Bissau, Guiledje foi um ponto estratégico para as duas partes em conflito e fundamental para as forças armadas do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) conseguirem ganhar a guerra, através do "Corredor de Guiledje", que lhes permitia o abastecimento de armas e alimentos.

O Simpósio Internacional foi organizado pela organização não-governamental guineense Apoio ao Desenvolvimento (AD) e a Universidade Colinas de Bóe, contando com o apoio de várias instituições, nomeadamente do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD).



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