quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Forças Armadas desmentem envio de soldados para a Guiné-Conacri

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 27 Fev 2008


O Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA) da Guiné-Bissau desmentiu hoje que tenha enviado ou esteja a preparar o envio de 700 soldados guineenses para a Guiné-Conacri como foi noticiado na página na Internet do AfricaTime.com.

Em comunicado de imprensa divulgado em Bissau, o EMGFA guineense nega qualquer pretensão de ingerência nos assuntos internos da vizinha Guiné-Conacri, afirmando que informações postas a circular de que teria enviado 150 homens e preparava o envio de outros 450 até ao final da semana, não passam de "calúnias e invenções de pessoas sem escrúpulos".

"Já em Janeiro de 2007 as mesmas pessoas tinham inventado coisas semelhantes, mas felizmente que a mentira tem pernas curtas", lê-se no comunicado do EMGFA, em alusão aos rumores postos a circular na Guiné-Bissau segundo os quais soldados guineenses estariam a apoiar o Presidente Lansana Conté no controlo dos protestos de rua que visavam o seu derrube do poder.

Alguma imprensa da Guiné-Conacri deu conta na altura da presença de soldados guineenses nas ruas de Conacri, a capital do país, em acções de repressão contra os manifestantes.

Segundo as mesmas fontes, Lansana Conté não terá sido derrubado em Fevereiro de 2007 devido à protecção que recebeu dos soldados do "seu amigo" João Bernardo "Nino" Vieira, presidente da Guiné-Bissau.

No comunicado, o EMGFA afirma que os soldados guineenses "estão comprometidos com a tarefa nacional" e que em nenhuma circunstância poderiam envolver-se em problemas dos outros países.

De acordo com o portal AfricaTime.com, "Nino" Vieira teria enviado a semana passada um contingente de 150 homens para a Guiné-Bissau, numa operação secreta, pela calada da noite e em camiões sem matrícula, para "proteger" qualquer tentativa de golpe de Estado contra o Presidente Lansana Conté, no poder há 24 anos.

O portal avança ainda que os soldados guineenses teriam como missão controlar a situação no caso de Lansana Conté, doente há vários anos, ter que abandonar o poder por incapacidade física, para dar lugar ao seu primogénito Ousmane Conté.

A tarefa dos soldados guineenses seria evitar que uma facção do Exército da Guiné-Conacri tomasse o poder, refere ainda a AfricaTime.com.

O portal afirma que "existe qualquer coisa em preparação em Conacri" e que há indicações em como o presidente da Guiné-Bissau tem um novo contingente de 450 homens, do batalhão de Bafatá, prontos para partir para a Guiné-Conacri.

Bafatá, cidade guineense situada a 120 quilómetros a leste de Bissau, dista cerca de 90 quilómetros da Guiné-Conacri.

O portal promete divulgar brevemente fotografias de soldados da Guiné-Bissau estacionados na Guiné-Conacri.



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