quinta-feira, janeiro 31, 2008

Forças Armadas querem produzir etanol «dentro de poucos anos»

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 31 Jan 2008


As Forças Armadas da Guiné-Bissau vão produzir etanol "dentro de poucos anos" ao abrigo de um programa militar, disse hoje o director-geral de produção, modernização e acção social do Ministério da Defesa, Abel da Silva.

A produção deste combustível faz parte de um conjunto de acções programadas no âmbito dos projectos de produção agro-pecuária das Forças Armadas guineenses, indicou Abel da Silva, num balanço sobre a visita a três campos agrícolas efectuada pelo ministro da Defesa, Marciano Barbeiro, acompanhado pelo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.

A produção do etanol é um projecto orçado em cerca de 300 milhões de dólares (202 milhões de euros) e no qual o governo da Guiné-Bissau espera empregar três mil excedentários das Forças Armadas, ao abrigo do programa de reforma, reestruturação e modernização do sector de Defesa e Segurança.

O arranque do projecto apenas está dependente do financiamento da comunidade internacional e do próprio governo guineense, disse Abel da Silva, indicando que até chegar o dinheiro, as Forças Armadas deverão iniciar a produção de arroz, açúcar e aguardente, além da criação de animais.

Para o projecto, o Ministério da Defesa guineense pretende obter um financiamento de cerca de 70 milhões de dólares (47 milhões de euros), disse Abel da Silva.

Segundo este quadro da função pública, a intenção do governo é aproveitar os militares na reserva e os que serão desmobilizados ao abrigo do programa de reforma em actividade produtiva, sobretudo no cultivo do arroz, base da dieta alimentar dos guineenses.

De acordo com o responsável, as Forças Armadas da Guiné-Bissau consomem anualmente 900 toneladas do arroz importado de países do sudoeste asiático, significando um "grande encargo para o erário público".

"Só o campo agrícola de Salató pode produzir entre 500 a 600 toneladas do arroz por ano, sem contar com os outros campos", afirmou Abel da Silva, que vê na iniciativa uma forma de "aliviar o Estado" nas despesas com os militares.

Para a materialização deste projecto de produção agro-pecuária, o Ministério da Defesa guineense tem já elaborado um programa contando com as experiências das Forças Armadas de Cuba e do Brasil.



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