terça-feira, novembro 13, 2007

Economia e instituições "extremamente frágeis" e dependentes de ajuda

Origem do documento: MacauHub, 12 Nov 2007


Washington, Estados Unidos da América, 12 Nov - A economia e as instituições governamentais da Guiné-Bissau permanecem "extremamente frágeis", as receitas públicas insuficientes e o governo dependente de ajuda externa para responder aos compromissos financeiros, afirmou sexta-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).

No relatório divulgado, enquanto uma missão do FMI se encontra de visita à Guiné-Bissau, a administração executiva do Fundo aconselha as autoridades guineenses a aderir a uma Assistência de Emergência Pós-Conflito, "a ser implementada num contexto de forte e credível compromisso com a disciplina fiscal e restauração da estabilidade macro-económica".

"A Guiné-Bissau vai continuar dependente do apoio dos doadores a médio prazo, para reduzir o montante de dívidas domésticas pendentes e alcançar os objectivos sociais e económicos", apoio esse que "vai depender do compromisso das autoridades em melhorar a governação, fortalecer a capacidade institucional e aplicar reformas-chave estruturais", afirma o FMI.

O Fundo diz ainda que nova assistência financeira ao país deve ser em termos "altamente concessionais, preferencialmente doações", para não sobrecarregar de dívidas o país, que mesmo se vier a beneficiar no futuro do programa do FMI para apoio a países pobres altamente endividados (HIPC, na sigla inglesa), deverá manter-se numa situação difícil.

O FMI avalia a dívida pública externa guineense em 402,9 por cento do PIB, ainda assim abaixo dos 487,7 por cento registados em 2004.

O défice da balança de pagamentos tem vindo a agravar-se, de menos 7,7 por cento em 2005 para previstos menos 17,4 por cento este ano.

A economia deverá crescer este ano 3,7 por cento, o ritmo mais elevado dos últimos anos, mas o PIB per capita deverá recuar pelo segundo ano consecutivo, significando que o crescimento populacional supera o económico.

A tornar ainda mais difícil as condições de vida da generalidade da população, a inflação deverá acelerar para três por cento, mantendo uma tendência de pelo menos seis anos a crescer acima do PIB per capita.

A administração do FMI avalia positivamente os "progressos" registados na "superação de um longo período de instabilidade política" e elogia o programa fiscal de emergência lançado pelo governo.

O programa fiscal "é um começo prometedor para restaurar a credibilidade e transparência fiscal e apoiar a necessária melhoria no desempenho fiscal" e deve ser rapidamente aplicado, "especialmente a introdução de medidas para prevenir os gastos extra-orçamentais", recomenda o FMI. (macauhub)



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