sexta-feira, outubro 19, 2007

Hospital central de Bissau está sem água potável há três dias

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 19 Out 2007


O Hospital Simão Mendes, a principal unidade sanitária da Guiné-Bissau, está há três dias sem água potável e com casas de banho encerradas, admitiu hoje Agostinho Pedro Semedo, director do estabelecimento de saúde.

Segundo o responsável, o hospital, em Bissau, tem sido afectado pela crise de água e de energia que atinge a capital guineense desde há três meses mas que se acentuou nos últimos dias.

A central eléctrica de Bissau funciona "a meio gás" devido às avarias nas bombas, situação que tem motivado escassez de água e de energia, sendo a zona do Hospital Simão Mendes um dos pontos da cidade em que a crise é mais grave.

Para "minimizar a situação", Agostinho Semedo recorreu aos Bombeiros Humanitários de Bissau (BHB) que disponibilizam diariamente nove mil litros de água, insuficientes para as necessidades do hospital.

"É claro que a falta de água afecta o normal funcionamento do hospital, por exemplo esta crise afecta os serviços do bloco operatório, o laboratório de análises clínicas, a maternidade e outros serviços", lamentou o director do Simão Mendes.

"A água é a fonte da vida e num hospital sem água não se pode fazer nada", frisou Agostinho Semedo, explicando que por isso "algumas casas de banho tiveram de ser fechadas".

Em algumas casas de banho do hospital os doentes utilizarem alguidares para se lavarem ou para lavar a roupa.

Alguns doentes confirmaram que recorrem às residências nas imediações do hospital, cujas casas de banho utilizam para as necessidades fisiológicas.

"Há dificuldades em termos do uso de casa de banho aqui no hospital com esta falta de água. É um facto", reconheceu Agostinho Semedo, enaltecendo, contudo, os esforços que têm sido feitos pela direcção do hospital junto dos bombeiros no sentido de minimizar o problema.

Para agravar ainda mais a situação, o grupo de geradores do hospital, fornecido pela União Europeia (UE), avariou-se há dois dias, estando os técnicos a tentar repará-lo, explicou Agostinho Semedo.

"Um azar não vem só. Mas, penso que os técnicos vão reparar o gerador hoje mesmo", afirmou o director-geral do Simão Mendes.



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