sexta-feira, outubro 12, 2007

Angola vai apoiar orçamento de Estado da Guiné-Bissau e lançar linha crédito 10 milhões de dólares

Origem do documento: Macauhub, 11 Out 2007


Lisboa, Portugal, 11 Out - Angola vai apoiar o orçamento da Guiné-Bissau e financiar uma linha de crédito, em cerca de 10 milhões de dólares, para negócios e investimentos entre os dois países, afirmou quarta-feira em Bissau o ministro das Finanças guineense.

Em declarações pelo telefone à agência noticiosa portuguesa Lusa, Issufo Sanhá adiantou que, juntamente com a promoção de grandes investimentos angolanos na Guiné-Bissau, o apoio orçamental indirecto e a linha de crédito são os “três pilares” de um acordo de cooperação económica, no âmbito do acordo geral de cooperação, a assinar na quinta-feira entre os dois governos, durante a visita do primeiro-ministro de Angola, Fernando Piedade dos Santos “Nandó” a Bissau.

Ao abrigo do acordo, Angola vai fornecer à Guiné combustíveis a “preço preferencial”, à semelhança do que acontece internamente, tornando o país da África Ocidental “um prolongamento do mercado angolano”, adiantou o ministro guineense.

Os combustíveis adquiridos serão depois vendidos às empresas de distribuição de combustível, e a margem cobrada pelas autoridades será “um ganho para o orçamento”, constituindo um apoio de forma indirecta, referiu.

Numa outra vertente, Angola vai pôr à disposição de pequenas e médias empresas dos dois países uma linha de crédito, cujo valor poderá ascender a 10 milhões de dólares, mas ainda não está definido ao certo, na véspera da assinatura do acordo.

A linha, referiu, vai privilegiar projectos de valorização dos produtos tradicionais guineenses, como o caju ou o óleo de palma, e em particular que contemplem a transformação local.

Finalmente, está prevista no acordo a promoção de “grandes investimentos”, particularmente nas áreas de recursos minerais e infra-estruturas.

Tendo em vista facilitar os investimentos, será assinado em breve um acordo de dupla tributação, e o executivo guineense está em vias de aprovar uma lei que vai introduzir no país as parcerias público-privadas de infra-estruturas.

Com tudo isto, o executivo guineense pretende “fazer de Angola um dos principais investidores” no país, juntamente com Portugal, África do Sul ou Brasil.

O acordo de cooperação começou a ser preparado em Julho, com a assinatura de um memorando de entendimento entre os ministérios das Finanças dos dois países, em Luanda. (macauhub)



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