terça-feira, abril 10, 2007

Martinho N'Dafa Cabi agradece apoio ao pacto de estabilidade

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 10 Abr 2007

O novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Martinho N'Dafa Cabi, agradeceu hoje o apoio da população, militantes e simpatizantes dos partidos signatários do acordo de estabilidade governativa, nas primeiras declarações aos jornalistas após a sua nomeação, na segunda-feira.

"Quero agradecer a toda a população, militantes e simpatizantes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), do Partido de Renovação Social (PRS) e do Partido Unido Social-Democrata (PUSD) que aceitaram de uma forma consciente assinar um pacto político de estabilidade política, que resultou na minha nomeação", afirmou Martinho N'Dafa Cabi.

O novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, que falava aos jornalistas no Parlamento, agradeceu também a "todos os que contribuíram directa e indirectamente para o processo" em curso, que considerou um "instrumento de salvação nacional".

Questionado sobre a acção governativa do próximo executivo, Martinho N'Dafa Cabi disse que "visa atingir as próximas eleições, de uma forma tranquila, com responsabilidade e justiça".

"Mas para atingir essa meta é necessário que todos os guineenses se reconciliem", salientou.

"Como sabem, a nossa sociedade está completamente dividida (...) e fragilizada e é necessário que o nosso trabalho esteja virado para unir todos os guineenses e que haja diálogo permanente", sublinhou o novo primeiro-ministro.

Sobre os problemas que enfrenta a sociedade guineense, nomeadamente salários em atraso, Martinho N'Dafa Cabi afirmou que há essa consciência e que "não há política com fome".

"A população tem de comer, os trabalhadores têm que comer e esse vai ser um dos assuntos que vamos resolver", concluiu.

O Presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo "Nino" Vieira, nomeou segunda-feira à noite Martinho N'Dafa Cabi primeiro-ministro do país, terminando com a crise criada com a demissão do governo pelo parlamento.

A actual crise política na Guiné-Bissau teve início no passado dia 12 de Março, quando as três principais forças políticas do país - PAIGC, PRS e PUSD - assinaram um acordo de estabilidade governativa para criar um governo de consenso nacional.

Na sequência da assinatura do também chamado pacto político, os maiores partidos da Guiné-Bissau apresentaram a 19 de Março uma moção de censura no Parlamento contra o Governo liderado por Aristides Gomes e sustentado pelo Fórum de Convergência para o Desenvolvimento.

A moção de censura foi aprovada pela maioria dos deputados da Assembleia Nacional, provocando, de acordo com o estipulado na Constituição do país, a imediata demissão do executivo, que iniciou funções depois de "Nino" Vieira ter demitido em 2005 o governo liderado por Carlos Gomes Júnior, presidente do PAIGC.

Duas semanas após a aprovação da moção de censura, Aristides Gomes apresentou a demissão do cargo do primeiro-ministro.

Ainda não está marcada a tomada de posse de Martinho N'Dafa Cabi, mas fontes partidárias afirmaram que ainda deverá ocorrer esta semana.



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