quarta-feira, abril 25, 2007

Líder do PAIGC constituído arguido no caso da morte do ex-CEMA

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 25 Abr 2007

O líder do PAIGC, principal força política da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, foi hoje constituído arguido pelo Ministério Público, no caso da morte do ex-Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA).

Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República dá conta da decisão de passar Carlos Gomes Júnior da condição de testemunha para arguido, sob a acusação de crime de denúncia caluniosa.

O caso reporta-se às alegadas declarações proferidas pelo líder do PAIGC, em Janeiro passado, dias depois de o ex-CEMA, o comodoro Lamine Sanha, ter sido assassinado por desconhecidos.

Na altura, Carlos Gomes terá dito, em declarações à Agência Lusa, que os autores dos disparos que vitimaram mortalmente o militar teriam agido a mando do Presidente João Bernardo "Nino" Vieira.

Volvidos poucos dias, o líder do PAIGC fez um desmentido, por escrito, no qual disse que as suas palavras foram "mal interpretadas" pelo jornalista da Lusa que lhe fez a entrevista.

No comunicado de imprensa da Procuradoria, hoje distribuído em Bissau, o magistrado que conduz o processo voltou a sublinhar que Carlos Gomes Júnior afirmou, nos inquéritos, que as suas palavras foram "deturpadas", na medida em que, "em nenhum momento", teria associado o nome de "Nino" Vieira aos assassinos de Lamine Sanhá.

Este caso gerou uma acesa polémica em Bissau nos últimos meses, sobretudo quando o Ministério do Interior emitiu um mandado de captura contra Carlos Gomes que, por sua vez, esteve refugiado na sede das Nações Unidas, durante 19 dias.

Após vários dias de negociações com mediação internacional, o líder do PAIG C acabaria por sair dos edifícios da ONU, sendo depois constituído testemunha do caso e ouvido na Procuradoria ao abrigo do seu estatuto de deputado a Assembleia Nacional Popular (Parlamento).



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