terça-feira, abril 24, 2007

Governo admite boas perspectivas na existência de petróleo

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 24 Abr 2007

O governo da Guiné-Bissau admitiu hoje que há boas perspectivas de existência de petróleo com valor comercial no "offshore" do país, mas reclamou o aumento dos investimentos nos trabalhos de prospecção.

"As operações de pesquisa de hidrocarbonetos - petróleo e gás - que vinham sendo realizadas na Guiné-Bissau ao abrigo de licenças concedidas pelo governo começaram a dar resultados", lê-se num comunicado de imprensa do director- geral da Petroguin, Empresa Nacional de Pesquisa e Exploração Petrolífera da Guiné-Bissau.

Leonardo Cardoso e a sua equipa técnica comunicaram aos jornalistas os resultados dos trabalhos de prospecção em curso no "offshore" guineense desde Fevereiro deste ano, os quais, disse, "são encorajadores".

"O primeiro furo foi realizado entre os meses de Fevereiro e Março, mas não foi concluído por razões de ordem técnica, tendo sido selado e abandonado, apesar das probabilidades existentes", declarou o director-geral da Petroguin.

De acordo com Leonardo Cardoso o governo da Guiné-Bissau concedeu quatro licenças de prospecção a dois grupos estrangeiros, a Premier Oil, que detém os blocos Esperança e Sinapa, e a Ocidental Sterling, que explora os blocos Caúdo e Golfinho.

Os trabalhos de prospecção nos blocos Esperança e Sinapa já estão em curso sendo que todos os dados em avaliação provêm dos 16 furos até aqui realizados, explicou Leonardo Cardoso.

O director-geral da Petroguin, sublinhou, no entanto, que os resultados são "encorajadores" na medida em que os índices encontrados e o grau de porosidade das rochas deixam entender que há petróleo com valor comercial na Guiné-Bissau.

Contudo, Leonardo Cardoso frisou que é preciso que haja persistência das empresas que efectuam a prospecção enquanto que ao governo guineense recomendou "maiores investimentos em novos furos".

Até aqui foram feitos trabalhos de prospecção num total de 18 furos, 16 nos últimos anos mais dois durante a época colonial, porém, tirando as boas perspectivas, nenhum se revelou com valor comercial desejado, destacou o director-geral da Petroguin.

Por seu turno, o director técnico da Petroguin, Suncar Dabó, adiantou que os guineenses devem ter paciência para aguardar pelos "melhores resultados" de prospecção.

"Nós apenas fizemos ainda 18 furos, o Senegal já vai em mais de 140 furos. Nos países árabes a probabilidade de se encontrar petróleo está em 10 furos por uma descoberta com valor comercial", defendeu Suncar Dabó.



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