segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Nino Vieira ajuda na busca de solução para crise interna da Guiné-Conacri

Origem do documento: www.guine-bissau.com, 05 Fev 2007
Por: SABINO SANTOS LOPES

O Presidente da República regressou ao país no passado dia 5 de Fevereiro, depois de dois dias passados na Guinée-Conacri. A sua chegada no Aeroporto Osvaldo Vieira, Nino Vieira considerou que a sua deslocação ao país das montanhas tinha por objectivo dar a contribuição da Guiné-Bissau na busca de soluções para o problema que hoje afecta aquele país.

O Chefe de estado considerou que depois de algumas mediações, a situação já pode ser considerada de normal, tendo admitido que o presidente Lanssana Conte deverá nomear um novo Primeiro-ministro, com poderes alargado, conforme o acordado com os sindicatos durante as negociações.

O PR considerou de fundamental a necessidade de acabar com a crise na Guinée-Conacri, porque as suas consequências podem ser desastrosas para o país. Quanto as denúncias por parte de algumas organizações, Nino Vieira considerou esta atitude de “especulações negativas”.

“Nunca, mas nunca aceitaremos mandar homens armados para Guinée-Conacri. Para mim, é uma especulação negativa que nunca poderíamos admitir. O povo da Guiné-Bissau e o de Conacri têm laços profundos que os obrigam a uma convivência sã”, disse o Chefe de estado. Para ilustrar a gravidade dessas denúncias que considerou de especulações, Vieira recordou que em 1970 Guinée-Conacro foi alvo de agressão por tropa colonial por estarem a albergar os nacionalistas guineenses.

“Sempre na nossa luta fomos apoiados tanto pelo presidente Seco Turé, como Lanssana Conte depois. Por estas e outras razões, nunca estaríamos a envolver em situações capazes de provocar mais problemas”, esclareceu.

Ultrapassado a fase do desmentido, o PR abordou a questão que está na ordem do dia em Conacri. Disse que tudo já está acertado e nos próximos dias, Conte deverá nomear o novo Governo.

“Sempre fomos da opinião que toda a crise existente tem que ser resolvido mediante o diálogo. Da nossa parte, como país, temos muito interesse para que esta crise não se agudize. Porquê? Porque não estamos preparados para resolver um elevado número de refugiados que esta crise pode causar”.

Acalmia total é adjectivo que o PR encontrou para caracterizar a actual situação do país vizinho. Outra informação que dispõe é que o Governo será nomeado, conforme o acordo alcançado com os sindicatos. Sem entrar em grandes pormenores sobre esta questão, sobretudo na parte em que os sindicatos exigem mesmo a demissão de Lanssana Conte, Vieira, não cansava de referir que “única solução para resolver os problemas é o diálogo e consensos”.

Fonte: guine-bissau.com



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?