segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Brasil disposto a ajudar na Saúde, Educação e Agricultura

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 05 Fev 2007

A Guiné-Bissau poderá receber ajudas do Brasil nos domínios da Saúde, Educação e Agricultura através de programas de formação técnico profissional para quadros guineenses, anunciou hoje Paulo Miranda do Ministério das Relações Exteriores brasileiro.

Em conferência de imprensa promovida na Embaixada do Brasil em Bissau, Paulo Miranda, que chefia uma delegação de oito técnicos de diferentes ministérios, disse que o governo brasileiro está disposto a "oferecer" à Guiné-Bissau conhecimentos e experiências em vários domínios.

A missão técnica chefiada por Paulo Miranda se chegou na sexta- feira a Bissau iniciou hoje contactos com as diferentes estruturas do governo guineense para apresentar e discutir possibilidades de cooperação.

Das conversações já mantidas, as duas partes chegaram a acordo sobre a possibilidade de se avançar, por exemplo, com projectos de formação de profissionais guineenses no domínio de processamento do caju.

Sendo um dos principais produtos de exportação da Guiné- Bissau, o Brasil quer ensinar aos guineenses técnicas de transformação em produto agro-industrial, dando-lhe o valor acrescentado em todos os seus derivados.

O Brasil está também disponível a incrementar a cooperação com a Universidade Amílcar Cabral (UAC) através de trocas de experiências entre os docentes dos dois países.

Este programa terá a duração de cinco anos, tempo necessário para concretizar as acções de formação para técnicos guineenses em variadas valências, segundo Magda Coelho responsável pela pasta da cooperação com a Guiné-Bissau no Ministério da Educação brasileiro.

A formação técnica à distância de professores já em actividade mas com fracos conhecimentos na matéria é também outro dos vectores propostos pelo Brasil aos responsáveis pela Educação guineenses.

Oito técnicos do Instituto Nacional de Desenvolvimento do Ensino (INDE) encontram-se no Brasil a receber formação para melhorar o ensino público guineense.

No sector da Saúde, além dos programas já em curso, nomeadamente nos domínios do combate ao HIV/SIDA e fornecimento de anti-retrovirais, o Brasil disponibilizou a sua experiência no tratamento da malária e anemia falciforme.

De acordo com Ciúma Melo, do Ministério da Saúde Pública do Brasil, a intenção desta iniciativa é ajudar a Guiné-Bissau sobretudo no combate à anemia falciforme, doença hereditária e endémica em África, mas para a qual ainda não existe cura, necessitando, contudo, de cuidados permanentes.

A nível da agricultura, o governo brasileiro quer ajudar a Guiné-Bissau em vários domínios, com destaque para o desenvolvimento de técnicas de combate e prevenção de pragas e doenças que afectam as culturas e produção de adubos e sementes.

Para melhor execução de todos os projectos no domínio da agricultura, o governo brasileiro abriu um escritório da Embrapa (Empresa Brasileiro de Pesquisa Agrária) no Gana, o qual dará cobertura a todos os programas de cooperação em África.

Questionado pela agência Lusa sobre o que o Brasil espera receber da Guiné-Bissau, o chefe da missão afirmou que o seu país apenas quer transmitir conhecimentos e experiências com "aqueles que mais necessitam de apoios".

No caso especifico da Guiné-Bissau, Paulo Miranda explicou que o Brasil se sente movido pela solidariedade, amizade e a partilha de um "património comum, isto é, a língua portuguesa".



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