quinta-feira, janeiro 18, 2007

Nino Vieira nega ter algum envolvimento na morte de Lamine Sanhá

Origem do documento: www.guine-bissau.com, 18 Jan 2007
Por: SABINO SANTOS LOPES

Pela primeira vez, duas semanas depois da morte do ex-chefe de estado-maior da Armada, Nino Vieira, disse publicamente não ter nada a ver com a morte deste. Em declarações públicas, no encontro havido com a comunidade islâmica guineense, Nino Vieira afastou qualquer hipótese do seu envolvimento na morte de Lamine Sanhá.

Nas suas afirmações, Vieira demonstrou, em parte ter tido no passado, um bom relacionamento com os familiares deste. Quanto ao presente, disse não ver nada que o movesse contra a pessoa de Lamine Sanha. “Disseram que a morte de Lamine Sanha, é o meu ajuste de Contas com os militares de 7 de junho. Será que quando Ansumane Mane morreu estava cá? E quando Veríssimo morreu, também estava cá?”, questionou o PR para mais adiante advertirem aos guineenses para falarem apenas do que sabem.

Perante a gravidade da situação e das acusações que foi alvo por parte do Presidente do PAIGC, o PR pediu para que a justiça encaminhe este processo até ao fim.

O chefe de estado aproveitou para falar da situação do país, em todos os aspectos. Reconhece existência de dificuldades econômicas; reconhece a existência de alguma insatisfação a nível da sociedade, e reconhece ainda que, a criminalidade tem crescido nos últimos tempos. Porém, Nino Vieira adverte que, só a união entre os guineenses se pode combater aos males existentes.

Vieira lembrou ainda que a violência, ou intrígas, não levam o país ao lado nenhum. A título de exemplo lembrou que, em 1998, o país estava avançado em termos de reformas infra-estruturais. Mas, a guerra fez tudo voltar a estaca zero. “O que é que ganhamos com a guerra”, perguntou o Chefe de estado.

A insatisfação de Nino Vieira, atingiu à mídia. Numa das passagens da sua intervenção, o Chefe de Estado assegurou mesmo existir órgãos que empurram a população a desobediência. Por isso, mesmo sem fazer ameaças, faz referência a alguns países onde qualquer falsidade na imprensa, custa prisão ao autor. “Aqui, nunca alguém foi detido por escrever alguma asneira, mas aquilo que está a acontecer, já é demais”, criticou.



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