quarta-feira, janeiro 10, 2007

Líder do PP admite existência de mãos ocultas na vandalização das suas propriedades

Origem do documento: www.guine-bissau.com, 10 Jan 2007
Por: SABINO SANTOS LOPES

A sede do Partido Popular (PP) liderada por Ibrahima Sow e a sua residência, foram as localidades mais vandalizada pelos jovens do Bairro Militar no dia em que foi anunciada a morte de Lamine Sanhá. As cenas de vandalização à sede e pilhagem a sua residência pessoal, fizeram com que o Conselheiro do Presidente da República não conseguisse dormir no seu lar.

Um dia depois do sucedido, e depois dos ânimos da juventude do Bairro Militar estar mais acalmado, Ibraima Sow com um ar abatido de quem perdeu tudo, visitou a sua residência, para confirmar apenas que tudo ficou de rastos. Não havia nada possível de recuperar. Tudo foi levado. Aquilo que dificultava as pessoas a levar, era simplesmente incendiado. Até o arquivo pessoal do psicólogo foi destruído.

Ibrahima Sow não compreendeu as razões de ser ele a pagar esta culpa. O político lamentou essas cenas perpetradas pela juventude, mas rapidamente apontou dedo acusador a pessoas que não citou nomes, em como eles é que estão atrás do sucedido.
Não tem dúvidas de que existem mãos ocultas de políticos atrás destes jovens.

No entanto, prometeu accionar mecanismos necessários para apurar as responsabilidades dos autores tanto morais, como materiais deste acontecimento. “Primeiro, quero que os guineenses tirem ilações disso. Depois quero que os próprios jovens façam o juízo desse comportamento. Se é isso que queremos para a nossa sociedade ou não”, foram estas as primeiras palavras, do actualmente triste, Ibrahima Sow.

Aquilo que aconteceu, ao Conselheiro, dá motivos para alguém se desencorajar. O que mais irritou ao político foi o facto de ser atacado sem fundamento. “Não consigo encontrar motivos para este comportamento”, sintetizou.

A destruição verificada na casa de Ibrahima é praticamente idêntica a aquele que se verificou na sede do seu partido. Ali, tudo foi abaixo. Os jovens indiscriminadamente atacavam localidades que pertenciam a figuras do Estado.

Mesmo sem referir os nomes, Sow disse que “estão atentos”, a movimentação das pessoas que empurraram os jovens, para lhe causarem danos tanto na residência como na sede do partido. Se na residência não há nada possível de recuperar, o mesmo se pode dizer com a sede.

E neste último, a primeira vítima foi o muro que dá acesso ao interior da mesma. Depois as portas foram todas arrancadas. As cadeiras e mesas existentes para efeitos da reunião foram simplesmente levadas. Por quem? Ainda não se sabe. O que se sabe é que estes actos de pilhagens não só a sede do PP, residência do seu Presidente serão objectos de investigação.



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