terça-feira, janeiro 23, 2007

Estado-Maior desmente presença tropas guineenses na Guiné-Conacri

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 23 Jan 2007

O porta-voz do Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA) da Guiné-Bissau desmentiu hoje a presença de soldados guineenses na Guiné-Conacri, onde desde dia 10 decorre uma greve geral acompanhada de manifestações contra o Presidente do país, Lansana Conté.

Numa conferência de imprensa, o Tenente-Coronel Arsénio Baldé, que falava em nome do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general Tagmé Na Waié, afirmou serem "falsas" as notícias postas a circular pela agência das Nações Unidas (IRIN) sobre um comando do exército guineense que estaria a apoiar forças leais ao Presidente da Guiné-Conacri.

A par da greve geral convocada pelos sindicatos e apoiada pelos partidos da oposição, a Guiné-Conacri tem sido palco de manifestações que têm degenerado em violência com a intervenção das forças de segurança e de que resultaram já 37 mortos e elevado número de feridos.

Segundo noticiou segunda-feira a IRIN, forças especiais da Guiné-Bissau atravessaram a fronteira para a Guiné-Conacri onde o presidente Lansana Conte enfrenta uma vaga de contestação sem precedentes.

A agência acrescenta que as tropas guineenses se encontravam baseadas em Gabu, de onde partiram para Buruntuma, para apoiar as forças governamentais da vizinha Guiné-Conacri.

"Não é verdade que a Guiné-Bissau tenha enviado algum elemento seu para a Guiné-Conacri. Nenhum elemento das Forças Armadas cruzou a fronteira entre os nossos dois países", afirmou Arsénio Baldé.

Para o porta-voz do EMGFA a única garantia que se pode dar sobre a situação na Guiné-Conacri é que a fronteira com a Guiné-Bissau foi fechada pelas autoridades daquele país, não havendo nenhuma movimentação por parte das autoridades de Bissau.

Arsénio Baldé defendeu ainda que informações desta natureza "são coisas que acontecem na Guiné-Bissau", onde as pessoas gostam de "especular para criar confusão e instabilidade".

Mesmo informado pelos jornalistas de que a notícia da IRIN é datada de Conacri, o porta-voz do EMGFA referiu conhecer "bem" a forma como situações do género são criadas, acrescentando que não houve qualquer reforço de efectivos ao longo da fronteira da Guiné-Bissau com a Guiné-Conacri.

A Guiné-Bissau possui fronteiras a leste e sul com a Guiné-Conacri.

Também presente na conferência de imprensa, proferida nas instalações do EMGFA em Bissau e de pé, o tenente-coronel Celestino de Carvalho, um conselheiro do general Tagmé Na Waié, considerou "impensável" que as Forças Armadas da Guiné- Bissau pudessem intervir num "problema interno" da Guiné- Conacri.



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