segunda-feira, janeiro 29, 2007

Carlos Gomes Jr. exigiu "suporte" antes de sair da sede das Nações Unidas

1 - Origem do documento: www.guine-bissau.com, 29 Jan 2007
Por: SABINO SANTOS LOPES

O presidente do PAIGC saiu finalmente do refugio. O Governo anunciou na quinta-feira passada ter levantado o mandato de captura contra o Presidente do PAIGC e que era livre para abandonar a sede das Nações unidas onde se encontra refugiado há praticamente três semanas. A decisão do Governo foi tornada pública, pelo representante de Ban Ki-Mon na apresenta do ministro de Justiça e o do Interior que assinou o mandato.

Apesar dessas garantias, o líder do PAIGC decidiu jogar pelo seguro. Carlos Gomes Jr. condicionou a sua saída na sede das Nações Unidas com um documento que comprova de facto que, o Governo já desistiu de lhe deter, em consequência das supostas declarações que terá proferido contra o Presidente da República.

Fontes ligadas ao ex-chefe do Governo que admitiram nesse dia a possibilidade do presidente do PAIGC voltar a sua casa, tendo garantido a guine-bissau.com que, este não aceitaria sair do refúgio mediante promessas verbais. “É preciso ser cauteloso, porque estes são capazes de tudo”, disse. Essa promessa foi cumprida no dia 29, e neste momento, Carlos Gomes Jr já está em casa.

Segundo as declarações de Shola Omeirige, representante de Ban Ki-Mon em Bissau, alguém que sempre foi intermediário nas negociações, as documentações do Governo que provam de que o mandato de captura já foi levantado, foram assinados hoje entre aquela instituição e o Governo de Aristides Gomes. Omeirege não revelou qual é o estado do espírito do líder do PAIGC neste momento, mas garantiu que tudo está garantido em termos da protecção.

Mas o governo não levantou o mandato de borla. Conforme o representante, o Governo exigiu a colaboração do ex-primeiro-ministro nas acções de investigação da morte de lamine Sanha que estão em curso. “Tudo já está assegurado e não tarda, ele deverá voltar para a sua residência”, dizia, Shola Omeirege, na conferência de imprensa realizada no passado dia 26 de Janeiro.

Importa sublinhar que Carlos Gomes Jr. refugiou em consequência da entrevista que deu a Lusa, na qual terá supostamente dito que, Nino Vieira é um dos responsáveis pela morte de Lamine Sanha. Depois do caso vir a ribalta, Carlos gomes Jr. endereçou uma carta ao jornalista da Lusa que redigiu a notícia, na qual disse que este terá interpretado mal as suas palavras.


2 - Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 29 Jan 2007

Carlos Gomes Júnior deixa sede da ONU em Bissau

O antigo primeiro-ministro da Guiné- Bissau, que se encontrava refugiado nas instalações das Nações Unidas na capital guineense, desde o passado dia 10, já abandonou o local e regressou a casa, no centro de Bissau.

Já passava das 17:00 locais (mesma hora em Lisboa) quando Carlos Gomes Júnior, acompanhado pela filha, deixou as instalações da ONU e seguiu, numa viatura conduzida por motorista, para sua casa, onde chegou, poucos minutos depois.

Carlos Júnior entrou em casa sem prestar quaisquer declarações aos jornalistas que seguiram de perto toda a movimentação, desde que abandonou a sede da ONU.

Assistiram à saída do antigo primeiro-ministro guineense da sede das Nações Unidas os representantes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocicental (CEDEAO), Ahmed Sididé, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Michel Balima, e o decano dos embaixadores africanos em Bissau, o senegalês Mamadou Niang.



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