sexta-feira, dezembro 29, 2006

Ex-combatentes mantêm pressão sobre o Governo para exigir o pagamento das suas pensões

Origem do documento: www.agencia-bissau.com, 29 Dez 2006
Por: SABINO SANTOS LOPES

Não é desta que acabou os protestos dos ex-combatentes junto ao Governo de Aristides Gomes para exigir o pagamento de salários. Depois de na semana passada terem feito o secretário de Estados dos Combatentes refém, para um passeio de mais de 2 quilômetros, hoje é a vez de deslocarem sozinhos a Primatura. Em causa está exigência por parte dos mesmos para que o Governo lhe pague as suas pensões.

Nas suas reivindicações, os ex-combatentes acusam aos ministros do actual Governo de não respeitarem o papel por eles exercido durante a Luta Armada de libertação nacional que durou onze anos. “Combatemos, decidimos sacrificar a nossa juventude para que estes jovens esteja feliz. Não compreendemos, o porquê de continuarem a tratar-nos assim”, protestava junto da Primatura um ex-combatente.

Se na semana passada ainda houve simpatia por parte dos membros do Governo para os receber, apesar da desordem que se instalou, hoje a situação parece ser mais diferente. Guiné-bissau.com sabe que um membro do Governo decidiu não presenciar essas cenas com o medo de vir a ser pancalhado.

No primeiro dia de protesto, estava em dívida dois meses. Nesse dia, os ex-combatentes acusaram o Governo de estar a tratar-lhes com dois pesos e duas medidas. Tudo porque, segundo as suas denúncias, os militares e os agentes da polícia foram pagos toda a dívida, porque o Governo teme vir a ser derrubado. “Não não temos armas, por isso, estão a tratar-nos dessa maneira. Mas queremos avisar-lhes que se querem que o passado se repita, que continuem com este comportamento”, ameaçou.

Aliás, estes combatentes falavam frontalmente para os membros do Governo, chamando-lhes de corruptos e mentirosos. Estas declarações, foram ainda difundidas por alguns órgãos de comunicação nacional, por mais de três vezes.

No entanto, já no dia 28 de Dezembro os protestos dos combatentes rumaram em direcção ao Presidente da República. Entendem que este esqueceu-se deles, razão pela qual vão responsabiliza-lo de tudo a situação que vivem.

À margem desses protestos, a verdade é que nessa dupla quadra festiva, a situação econômica do país está agitada. Todos clamam a inexistência de dinheiro.



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