domingo, novembro 05, 2006

Koumba Yalá insiste em chamar o Governo de ilegal e ilegítimo

Origem do documento: www.guine-bissau.com, 04 Nov 2006
Por: SABINO SANTOS LOPES

KOUMBA YALÀ INSISTE EM CHAMAR O GOVERNO DE ILEGAL E ILEGÍTIMO

O ex-presidente da República voltou a considerar de ilegal o actual Governo liderado por Aristides Gomes. Três depois da sua chegada ao país, Koumba Yalà reafirmou que, os acordos que assinara com Nino Vieira, não foram cumpridos, pelo que renunciou os mesmos. Foi nesta ordem de ideias que negou alguma vez ter acordado com o actual Chefe de Estado a queda do Governo de Carlos Gomes Jr.

Por isso, chama o actual Executivo de ilegal e ilegítimo, mas paradoxalmente reclama duas pastas ministeriais, que supostamente terão sido acordados aquando do acordo.

Na sequência das suas declarações, Yalà falou mesmo na necessidade de eleições antecipadas. Ele que foi o principal aliado de Nino Vieira na segunda volta das eleições presidenciais de 2005, mostrou-se bastante decepcionado com aquilo que aconteceu depois, chegando ao ponto de afirmar que tudo foi feito sem prévia consulta.

As declarações que proferiu na cerimonia da abertura da II Conferência dos Quadros do PRS, no âmbito da preparação do III Congresso ordinário, mexeram com todas as sensibilidades do países. Sempre ao seu estilo, Koumba Yala, proferiu graves declarações em varias direcções, começando pelo PAIGC que chamou de criminosos e corruptos passando pelo Governo que considerou de ilegal e ilegítimo, terminando na União Africana, que segundo ele, lhe pediu para apoiar Nino Vieira.

Mas os pontos altos das suas acusações foram sem duvidas as farpas que lançou contra o PAIGC e o Governo de Carlos Gomes Jr. Segundo disse, depois da primeira volta, os dirigentes desse partido tentaram alicia-lo com cerca de um bilião e meio de Dólares. “A única coisa que lhes disse è que ninguém podia comprar a minha consciência”, revelou.

Relativamente ao Chefe do Estado Maior das Forcas Armadas, Koumba Yalà referiu a este quando falava das ciladas que foi alvo. Assegurou que ciclicamente falavam-lhe de golpe de Estado. No dia em que estes concretizaram a intenção, lembra Yala, pediu a Veríssimo Seabra para falar e este recusou. “Na altura avisei-lhe que no dia em que eu iria falar, ele não estaria presente. Agora pergunto, onde está”, questionou.

No que concerne ao futuro do PRS, Yalà deixou uma alerta. Disse que, se os quadros do PRS aceitarem trabalhar, este partido vai ganhar três eleições legislativas consecutivas, por forma a poder arrancar o país para o desenvolvimento.



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