quarta-feira, novembro 15, 2006

Koumba Yalá eleito presidente do PRS e exige eleições antecipadas

Origem do documento: www.guine-bissau.com, 15 Nov 2006
Por: SABINO SANTOS LOPES

Koumba Yalá foi o grande vencedor do III Congresso do Partido da Renovacao Social ao ser eleito com 66% dos votos, contra 21% de Alberto Nambeia e 11% de Sola N’Quilin. No seu discurso, o eleito presidente do PRS disse ter voltado às lides partidárias não só para dar liderança ao PRS, como também conduzi-lo a novas vitórias eleitorais. Tendo exigido a demissao do Governo de Aristides Gomes e a convocação das eleições antecipadas.

Sobre essas exigencias que demonstram o fim do acordo com Nino Vieira, Koumba Yalá disse que não há acordos permanentes pelo que, aquele que assinara com Nino Vieira, apoiado pelo Fórum de Convergência para o Desenvolvimento, deixou de ter enquadramento político, pelo que é definitivamente ilegal.

O Congresso do PRS teve apenas disputa no cargo de secretário-geral, porque no de Presidente, Koumba Yalá limitou-se a fazer um passeio. E foi divertido. No universo de 718 votos válidos (96,80%), o rei das massas conseguiu arrecadar 479 correspondentes a 66,71%. Alberto Nambeia, presidente interino do partido até a data do início do III Congresso, conseguiu 155 votos correspondentes a (21%), enquanto que o terceiro Candidato, Sola N’Quilin só arrecadou 84 votos equivalentes a 11% de votos válidos.

Olhando para estes números, Koumba Yalá que começou o seu discurso em crioulo, disse que com este congresso, o PRS demonstrou que é um partido democrático. Um partido rodeado de pessoas com mesma camada, com novas armas de luta para o desenvolvimento. “As pessoas sabem que a democracia é convivência de opiniões na busca do bem comum. Por isso, peço a todos para esquecermos o passado”, disse para ser fortemente aplaudido pelos congressistas.

Yalá numa linguagem directa afirmou que haviam pessoas que queriam bloquear o PRS, mas a verdade do partido conseguiu romper esta barreira.

Numa pequena retrospectiva sobre aquilo que foi o PRS, o presidente eleito lembrou que, em 1994 nas primeiras eleições democráticas, mesmo sem concorrer em todos os círculos, o PRS elegeu 12 deputados. Em 1999 fechou a década com chave d’ouro quando conseguiu a vitória com 38 deputados vendo o seu presidente a ser eleito Chefe de Estado. Em 2004, segundo as suas palavras, o golpe de Estado à boca das urnas fez com que o partido elegesse 35 deputados. E já em 2005, disse, ajudaram o actual presidente da República a ganhar eleições.

“Estes dados demonstram que somos factor da estabilidade política no país”, disse.



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