quarta-feira, maio 24, 2006

Governo promete aumentos a militares, desde o soldado até ao major

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 24 Mai 2006

O ministro da Defesa da Guiné-Bissau "jurou" hoje que o governo vai aumentar os salários nas Forças Armadas "do posto de Major até ao simples soldado" e que "tudo fará" para "reequipar" o exército guineense.

O compromisso de Hélder Proença foi assumido numa cerimónia de saudação a soldados guineense que regressaram hoje aos respectivos aquartelamentos, após participaram, entre Março e Abril últimos, nos combates na fronteira norte da Guiné-Bissau contra uma ala de independentistas do Movimento das Forças Democráticas de Casamança (MFDC).

Ladeado pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) da Guiné-Bissau, major-general Tagmé Na Waie, o ministro guineense, porém, não especificou qual o montante do "reajustamento salarial", nem quando subirão os vencimentos.

"Faço aqui um juramento: vamos reajustar os salários das Forças Armadas do posto de major até soldado e o governo vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance para reequipar as Forças Armadas", afirmou, perante as mais de duas centenas de soldados, liderados pelo comandante da Frente Norte, tenente-coronel António Indjai.

Reconhecendo implicitamente a existência de baixas entre as tropas guineenses nos combates contra a ala radical do MFDC, liderado por Salif Sadjo, o ministro da Defesa guineense considerou que a actuação dos soldados constitui "um orgulho" para o povo da Guiné- Bissau.

"Defenderam dignamente a nossa soberania, o nosso território e todos nós estamos orgulhosos da vossa actuação. Lembro também aqui os vossos companheiros mortos, que deram a vida pela Guiné-Bissau", afirmou Hélder Proença.

O número total de baixas entre os soldados que participaram nas operações militares junto à fronteira com o Senegal nunca foi divulgado, tendo o CEMGFA guineense indicado recentemente que a questão é "segredo militar".

Hélder Proença aproveitou a ocasião para acusar todos aqueles que, da oposição ao actual executivo, criticaram as operações militares, sublinhando que houve vários dirigentes políticos que os consideraram "mercenários".

"Vocês não são mercenários. Vocês defenderam a soberania e o nosso território e nós estamos orgulhosos disso. Vocês são o braço armado da população", frisou o ministro da Defesa guineense.

As autoridades de Bissau criaram um observatório para a monitorar a crise na fronteira com o Senegal, depois de as Forças Armadas terem expulso os rebeldes independentistas das bases que detinham no território guineense e de onde partiam para as acções militares no Senegal.

Fonte do Ministério da Defesa disse à Agência Lusa que não pode precisar quantos militares regressaram aos respectivos aquartelamentos, mas adiantou que permanecem na zona da fronteira três batalhões do exército guineense.



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