sexta-feira, abril 21, 2006

Forças armadas terminam operação junto à fronteira com o Senegal

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 21 Abr 2006

As Forças Armadas guineenses anunciaram hoje a conclusão das operações militares no norte da Guiné- Bissau, que decorriam desde 16 de Março último, destinada a "expulsar" do país os rebeldes de uma facção independentista de Casamança, Senegal.

Num curto comunicado, de apenas dois parágrafos, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) guineense, major- general Baptista Tagmé Na Waie, indica que a "Operação de Limpeza" terminou precisamente hoje, "após o desmantelamento e a efectiva expulsão de bolsas de resistência" dos rebeldes.

"O EMGFA vem pelo presente informar a opinião pública nacional e internacional de que o bastião dos rebeldes, liderados por Salif Sadjo, caiu nas mãos das nossas Forças Armadas desde 14 deste mês e informa que as operações acabaram a partir de hoje", lê-se no documento.

Segundo o comunicado, o exército guineense "expulsou os rebeldes", ligados à referida ala radical do Movimento das Forças Democráticas de Casamança (MFDC), das localidades de Barraca Nhambalam, Inhaque, Babonda e Tranquil, no sector de São Domingos, junto à fronteira com o Senegal.

O comunicado do Estado-Maior não faz qualquer referência a uma eventual permanência de militares na região norte da Guiné-Bissau, nem às condições de segurança para a circulação de viaturas e de pessoas nas diferentes vias de acesso.

O documento também é omisso quanto ao número de baixas entre os soldados guineenses. Fontes militares contactadas pela Agência Lusa têm-se escusado a adiantar pormenores a esse respeito.

No entanto, fontes citadas pela imprensa senegalesa, dão conta de que terão morrido cerca de 80 militares guineenses, sem avançar as baixas registadas entre os rebeldes.

Também a 14 deste mês, o exército guineense tomou Barraca Mandioca, outro dos bastiões dos rebeldes de Salif Sadjo, próximo de São Domingos, tendo indicado que a captura do líder, cujo paradeiro é desconhecido, estaria iminente.

Hoje, uma equipa do Programa Alimentar Mundial (PAM), iniciou no norte da Guiné-Bissau uma operação de distribuição de alimentos e outros bens de consumo essenciais às populações deslocadas pelo conflito, cujo número varia entre os 300 e os 1.000, de acordo com dados fornecidos por diferentes fontes.

O PAM vai distribuir ajuda humanitária aos deslocados que se encontram em Cacheu, Canchungo e Bula.



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