sexta-feira, abril 14, 2006

Exército guineense anuncia ter tomado base dos rebeldes Casamança

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 14 Abr 2006

As Forças Armadas guineenses anunciaram hoje que tomaram de assalto a base central dos rebeldes de Casamança, na localidade de Barraca Mandioca, noroeste da Guiné-Bissau.

"O Estado-Maior General das Forças Armadas (à) informa a opinião pública nacional e internacional que o bastião dos rebeldes liderados por Salif Sadio, vulgarmente conhecido por Barraca Mandioca, caiu hoje nas mãos das gloriosas Forças Armadas", lê-se num comunicado que está a ser difundido em todas as rádios de Bissau.

O comunicado, distribuído à imprensa em Bissau, é assinado pelo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) guineenses, general Tagmé Na Waié.

O comunicado informa que as operações militares no terreno prosseguem, de forma a desmantelar "por completo" e proceder à "expulsão efectiva" de todas as bolsas de resistência dos elementos da referida rebelião senegalesa.

A 17 de Março passaso, o exército guineense iniciou uma vasta operação designada de limpeza na região de São Domingos, noroeste do país, alegadamente com vista a expulsar das aldeias daquela zona, que faz fronteira com o Senegal, um grupo dos rebeldes da Casamança que ali se instalou em bases.

Fontes em São Domingos contactadas pela Agência Lusa, a partir de Bissau, indicaram que correm fortes rumores naquela vila sobre a captura do chefe guerrilheiro Salif Sadio pelas tropas guineenses.

A imprensa senegalesa noticiava a semana passada que o governo de Dacar colocou a cabeça de Salif Sadio a prémio, oferecendo 145 milhões de francos CFA (cerca de 221 mil euros) pela sua captura.

Salif Sadio auto-proclamou-se chefe supremo do Movimento das Forças Democráticas da Casamança (MFDC), que luta há mais de duas décadas contra o exército senegalês, reclamando a independência da província sul do Senegal, a Casamança.

Salif Sadio é tido pelo governo de Dacar como elemento irredutível ao diálogo com o MFDC, por advogar a violência como única via de resolução do conflito.

As mesmas fontes em São Domingos dão conta de um ambiente de festa na vila com populares e militares à mistura, saudando a queda da Barraca Mandioca e a "provável" captura de Salif Sadio.

Questionado pela Lusa, em Bissau, uma fonte militar escusou-se a admitir a captura de Sadio, limitando-se a afirmar que as operações continuam em São Domingos.

Da parte do governo guineense, ainda não são conhecidas quaisquer reacções sobre a "queda" da Barraca Mandioca.



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