quinta-feira, março 16, 2006

Confrontos entre militares e rebeldes em Casamança

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 16 Mar 2006

O ministro da Defesa guineense confirmou hoje a ocorrência de confrontos entre militares da Guiné-Bissau e rebeldes de Casamança, sem adiantar se houve baixas entre os militares. Ontem, O primeiro-ministro negou que haja movimentações de militares da Guiné-Bissau na fronteira com a região senegalesa de Casamança, como denunciou um deputado do PAIGC, garantindo tratar-se de operações de prevenção. Quem fala verdade?

Hélder Proença, afirmou que os confrontos ocorreram quarta-feira na localidade guineense de Cabo Roxo, na região de São-Domingos (norte), quando elementos das Forças Armadas do país tentaram repelir um grupo de rebeldes de Casamança que se encontrava no local.

O ministro da Defesa justificou os confrontos, indicando que os soldados, perante disparos dos rebeldes, viram-se obrigados a responder aos ataques.

Hélder Proença indicou que morreram "alguns civis", aparentemente atingidos na viatura onde seguiam por disparos dos rebeldes, mas escusou-se a confirmar se houve ou não baixas entre os militares guineenses, conforme indicou um deputado do PAIGC da região.

Segundo o deputado Henrique Djatchunpun, circulam informações na região de São-Domingos que dão conta da existência de baixas militares entre as Forças Armadas guineenses, incluindo um sobrinho seu.

Perante a interpelação de vários deputados, sobretudo da bancada do PAIGC, o primeiro-ministro voltou hoje a afirmar que as Forças Armadas guineenses tiveram que se deslocar para a fronteira com o Senegal devido ao recrudescimento dos confrontos entre os rebeldes do Movimento das Forças Democráticas da Casamança (MFDC) e o exército senegalês.

"Não há movimentações de militares guineenses, há sim, operações de prevenção das nossas Forças Armadas na linha da fronteira norte da Guiné-Bissau por causa da evolução do conflito em Casamança", dissera na véspera Aristides Gomes.

Também o ministro da Defesa considerou hoje a actuação dos militares guineenses um exercício de mera vigilância e defesa do território nacional, contra as incursões dos rebeldes de Casamança.

O presidente do Parlamento, Francisco Benante, pediu, no entanto, ao Governo mais informações, admitindo a deslocação ao terreno, caso seja necessário, de elementos da Comissão Especializada para os Assuntos da Defesa e Segurança.



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