sexta-feira, março 17, 2006
Comandante de operações promete expulsar rebeldes de Casamança
Origem do documento: www.lusa.pt, 17 Mar 2006
São Domingos, Guiné-Bissau (Lusa) - O comandante das operações militares das Forças Armadas guineenses, que travam combates com os rebeldes da região senegalesa da Casamança, afirmou hoje que vai expulsá-los das suas bases nas aldeias em redor de São Domingos, "custe o que custar".
Segundo o coronel António Indjai, comandante da zona militar norte da Guiné-Bissau, que compreende, nomeadamente, todo o perímetro da fronteira guineense com o Senegal, os rebeldes da Casamança possuem bases nas aldeias limítrofes de São Domingos.
"Não pode ser. Não podem - os rebeldes - ter bases no nosso território. Custe o que custar, vamos expulsá-los do nosso território", disse.
De acordo com este oficial guineense, os rebeldes, supostamente sob o comando de Salif Sadio, um dos mais temíveis chefes do Movimento das Forças Democráticas da Casamança (MFDC), construíram bases em varias aldeias da Guiné-Bissau.
"Utilizam essas bases para operações de ataques às Forças Armadas do Senegal, mas também para acções subversivas contra as populações civis guineenses, nomeadamente mulheres e crianças", indicou ainda Indjai.
"Os bandidos - do MFDC - abusam das nossas crianças e mulheres nas lavras destas. Isso é intolerável, ainda por cima no nosso território", denunciou.
O mesmo oficial confirmou aos jornalistas que os rebeldes atacaram os seus homens hoje, entre as 05:00 e as 07:00 (mesmas horas em Lisboa), utilizando armas pesadas, nomeadamente lança-granadas, localmente designados "bazukas".
O comandante guineense escusou-se a precisar se houve nas suas fileiras.
"Atacaram-nos por volta das cinco horas da manhã, até às sete horas, mas depois fugiram para as matas. Os meus homens responderam com a força necessária", assinalou.
Segundo Indjai, os rebeldes não andam longe da vila de São Domingos, entretanto praticamente deserta de habitantes.
A zona está a ser patrulhada por militares guineenses fortemente armados.
A estrada que liga São Domingos à localidade senegalesa de Mpack está aberta ao trânsito, mas são poucas as viaturas que a utilizam.
São Domingos dista apenas 25 quilómetros da cidade de Ziguinchor, capital da província da Casamança, por cuja independência o MDFC luta há mais de 20 anos.
MB.
Lusa/fim
São Domingos, Guiné-Bissau (Lusa) - O comandante das operações militares das Forças Armadas guineenses, que travam combates com os rebeldes da região senegalesa da Casamança, afirmou hoje que vai expulsá-los das suas bases nas aldeias em redor de São Domingos, "custe o que custar".
Segundo o coronel António Indjai, comandante da zona militar norte da Guiné-Bissau, que compreende, nomeadamente, todo o perímetro da fronteira guineense com o Senegal, os rebeldes da Casamança possuem bases nas aldeias limítrofes de São Domingos.
"Não pode ser. Não podem - os rebeldes - ter bases no nosso território. Custe o que custar, vamos expulsá-los do nosso território", disse.
De acordo com este oficial guineense, os rebeldes, supostamente sob o comando de Salif Sadio, um dos mais temíveis chefes do Movimento das Forças Democráticas da Casamança (MFDC), construíram bases em varias aldeias da Guiné-Bissau.
"Utilizam essas bases para operações de ataques às Forças Armadas do Senegal, mas também para acções subversivas contra as populações civis guineenses, nomeadamente mulheres e crianças", indicou ainda Indjai.
"Os bandidos - do MFDC - abusam das nossas crianças e mulheres nas lavras destas. Isso é intolerável, ainda por cima no nosso território", denunciou.
O mesmo oficial confirmou aos jornalistas que os rebeldes atacaram os seus homens hoje, entre as 05:00 e as 07:00 (mesmas horas em Lisboa), utilizando armas pesadas, nomeadamente lança-granadas, localmente designados "bazukas".
O comandante guineense escusou-se a precisar se houve nas suas fileiras.
"Atacaram-nos por volta das cinco horas da manhã, até às sete horas, mas depois fugiram para as matas. Os meus homens responderam com a força necessária", assinalou.
Segundo Indjai, os rebeldes não andam longe da vila de São Domingos, entretanto praticamente deserta de habitantes.
A zona está a ser patrulhada por militares guineenses fortemente armados.
A estrada que liga São Domingos à localidade senegalesa de Mpack está aberta ao trânsito, mas são poucas as viaturas que a utilizam.
São Domingos dista apenas 25 quilómetros da cidade de Ziguinchor, capital da província da Casamança, por cuja independência o MDFC luta há mais de 20 anos.
MB.
Lusa/fim
