terça-feira, fevereiro 28, 2006
Pequim anuncia redução da dívida aos países de língua portuguesa
Origem do documento: www.lusa.pt, 27 Fev 2006
Pequim, 27 Fev (Lusa) - O vice-ministro do Comércio chinês, Wei Jianguo, anunciou hoje em Pequim que a China vai reduzir a dívida dos países africanos de expressão portuguesa, mas sem adiantar pormenores.
"Segundo o compromisso assumido pelo Presidente Hu Jintao no discurso comemorativo do 60º aniversário da Fundação das Nações Unidas, a China vai reduzir a dívida dos países africanos de língua portuguesa, uma redução das dívidas aplicável aos países menos desenvolvidos ou com alto endividamento", declarou.
Wei Jianguo falava na conferência de imprensa de apresentação do segundo encontro ministerial do Fórum Macau, que decorrerá em Setembro na Região Administrativa Especial de Macau.
Em Setembro, num discurso na ONU por ocasião do 60º aniversário da instituição, o Presidente chinês Hu Jintao anunciou a redução de dívidas e a atribuição de 8,4 mil milhões de euros em empréstimos de baixos juros aos países menos desenvolvidos e em vias de desenvolvimento, bem como a isenção de tarifas aduaneiras para as exportações dos 39 países mais pobres.
Wei Jiaguo não especificou quais os países lusófonos que vão beneficiar da redução da dívida, qual o valor total da redução ou que percentagem será perdoada.
O Departamento de Ajuda Internacional do Ministério do Comércio da China, contactado pela Agência Lusa, escusou- se a revelar os números da dívida dos países africanos de expressão portuguesa à China, referindo no entanto que "esses dados poderão eventualmente ser divulgados durante a segunda reunião ministerial do fórum".
Nenhuma das embaixadas dos países africanos de expressão portuguesa em Pequim, contactadas pela Lusa, revelou o valor da dívida do respectivo país, mas sabe-se que, em finais de 2004, a China atribuiu a Angola um empréstimo de juros baixos no valor de 2,3 mil milhões de dólares (1,9 mil milhões de euros), para a reconstrução de vias férreas e edifícios administrativos.
Em Janeiro, a China aprovou um empréstimo de 2,4 milhões de dólares (cerca de dois milhões de euros) a Cabo Verde e outro de cerca de três milhões de dólares (2,5 milhões de euros) à Guiné-Bissau, para obras de reabilitação de casernas, residências de militares e do hospital regional de Canchungo, no norte do país.
Em 1999, a China perdoou 22 milhões de dólares (18,5 milhões de euros) da dívida de Moçambique ou 69 por cento do total da dívida moçambicana à China na altura.
O Fórum Macau, que nasceu em 2003 e tem como designação oficial Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa é uma iniciativa do governo central da República Popular da China, com organização do executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM).
O segundo encontro ministerial do fórum, que vai decorrer em Setembro em Macau, durará dois dias, mas as datas finais ainda não estão definidas.
O Fórum Macau, que realizou primeira reunião a ministerial em Abril de 2003, engloba a China e todos os países de língua portuguesa à excepção de S. Tomé e Príncipe, que não tem relações diplomáticas com Pequim.
RBV.
Lusa/Fim
Pequim, 27 Fev (Lusa) - O vice-ministro do Comércio chinês, Wei Jianguo, anunciou hoje em Pequim que a China vai reduzir a dívida dos países africanos de expressão portuguesa, mas sem adiantar pormenores.
"Segundo o compromisso assumido pelo Presidente Hu Jintao no discurso comemorativo do 60º aniversário da Fundação das Nações Unidas, a China vai reduzir a dívida dos países africanos de língua portuguesa, uma redução das dívidas aplicável aos países menos desenvolvidos ou com alto endividamento", declarou.
Wei Jianguo falava na conferência de imprensa de apresentação do segundo encontro ministerial do Fórum Macau, que decorrerá em Setembro na Região Administrativa Especial de Macau.
Em Setembro, num discurso na ONU por ocasião do 60º aniversário da instituição, o Presidente chinês Hu Jintao anunciou a redução de dívidas e a atribuição de 8,4 mil milhões de euros em empréstimos de baixos juros aos países menos desenvolvidos e em vias de desenvolvimento, bem como a isenção de tarifas aduaneiras para as exportações dos 39 países mais pobres.
Wei Jiaguo não especificou quais os países lusófonos que vão beneficiar da redução da dívida, qual o valor total da redução ou que percentagem será perdoada.
O Departamento de Ajuda Internacional do Ministério do Comércio da China, contactado pela Agência Lusa, escusou- se a revelar os números da dívida dos países africanos de expressão portuguesa à China, referindo no entanto que "esses dados poderão eventualmente ser divulgados durante a segunda reunião ministerial do fórum".
Nenhuma das embaixadas dos países africanos de expressão portuguesa em Pequim, contactadas pela Lusa, revelou o valor da dívida do respectivo país, mas sabe-se que, em finais de 2004, a China atribuiu a Angola um empréstimo de juros baixos no valor de 2,3 mil milhões de dólares (1,9 mil milhões de euros), para a reconstrução de vias férreas e edifícios administrativos.
Em Janeiro, a China aprovou um empréstimo de 2,4 milhões de dólares (cerca de dois milhões de euros) a Cabo Verde e outro de cerca de três milhões de dólares (2,5 milhões de euros) à Guiné-Bissau, para obras de reabilitação de casernas, residências de militares e do hospital regional de Canchungo, no norte do país.
Em 1999, a China perdoou 22 milhões de dólares (18,5 milhões de euros) da dívida de Moçambique ou 69 por cento do total da dívida moçambicana à China na altura.
O Fórum Macau, que nasceu em 2003 e tem como designação oficial Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa é uma iniciativa do governo central da República Popular da China, com organização do executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM).
O segundo encontro ministerial do fórum, que vai decorrer em Setembro em Macau, durará dois dias, mas as datas finais ainda não estão definidas.
O Fórum Macau, que realizou primeira reunião a ministerial em Abril de 2003, engloba a China e todos os países de língua portuguesa à excepção de S. Tomé e Príncipe, que não tem relações diplomáticas com Pequim.
RBV.
Lusa/Fim
