quarta-feira, janeiro 18, 2006

Terceiro banco comercial promete oferecer movimentos com cartões

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 18 Jan 2006

O Banco da União (BDU), a mais recente instituição bancária na Guiné-Bissau, iniciou a actividade em Bissau, prometendo, numa segunda fase, oferecer movimentos com cartões de crédito, um serviço inexistente no país.

Hugo Borges, presidente do Conselho de Administração do novo banco afirmou pretender "marcar a diferença em relação aos outros bancos", através da oferta de serviços mais modernos e maior rapidez nas operações.

Aquele responsável pretende ainda desenvolver parcerias com bancos portugueses e franceses, com vista à captação de remessas ou poupanças dos emigrantes guineenses nestes dois países.

De acordo com Hugo Borges, ex-director nacional do Banco Central da Guiné-Bissau e antigo embaixador guineense em Portugal, o BDU tem como capital social dois biliões de Francos CFA mobilizados inteiramente junto de accionistas oeste africanos.

Os accionistas do BDU são o Fundo de Pensões dos Agentes de Recrutamento do Banco Central dos Estados da Africa Ocidental (BCEAO), Banco de Desenvolvimento do Mali (BDM), Sociedade Oeste Africana de Gestão de Activos (SOAGA) e a Fundação para o Desenvolvimento (Fundei), instituição guineense para a concessão de financiamentos que gerem actividades produtivas.

De acordo com o presidente do novo banco na capital guineense, a ideia da criação do BDU partiu do ex-director do BCEAO, Charles Konan Bany, actual primeiro-ministro da Costa do Marfim, que viu na iniciativa uma forma de "devolver confiança" aos investidores em relação à Guiné-Bissau, após vários anos de crises políticas e militares.

Depois do Banco dos Estados da Africa Ocidental (BAO), detido maioritariamente pelo grupo português Montepio Geral e o Banco Regional de Solidariedade (BRS), em funcionamento desde Dezembro passado, o BDU é o terceiro banco comercial na Guiné-Bissau.

Nesta primeira fase o novo banco tem apenas um balcão na capital guineense, mas, se tudo correr como o previsto, terá sucursais em diversos pontos do país, prometendo igualmente a concessão de créditos aos clientes, sublinhou Hugo Borges.

"Naturalmente que vamos ter que dar créditos, mas temos que acautelar certos aspectos, tendo em conta a experiências do passado que não foram nada famosas nesse aspecto aqui no nosso país. Mas hoje beneficiamos já de vários instrumentos de controlo e acautelamento de créditos que o BCEAO criou", frisou o presidente do conselho de administração do BDU.

O novo banco já está em funcionamento na Avenida Domingos Ramos, em Bissau, mas a inauguração ocorrerá no mês de Fevereiro.



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