domingo, janeiro 01, 2006

Nino Vieira quer a reconciliação de guineenses em 2006

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 01 Jan 2006

O presidente da Guiné- Bissau, "Nino" Vieira, apelou no seu discurso de fim de ano, para que 2006 seja o ano da união e da reconciliação dos guineenses.

Num discurso à Nação, João Bernardo "Nino" Vieira disse que 2006 deve ser o ano em que todos os cidadãos irão trabalhar no sentido de "curar as feridas" abertas pelas vicissitudes da luta eleitoral (presidenciais de Junho passado), esquecendo as querelas políticas que "em nada contribuem para o avanço" do país.

Reconheceu que o processo eleitoral de Junho "foi conturbado" e reafirmou o seu compromisso de ser presidente "de todos os guineenses".

O presidente guineense destacou, como tarefas imediatas dos guineenses em 2006, a elevação dos níveis do país nos domínios da cultura, da ética, da literatura, da ciência e da democracia.

Um ensino de qualidade, o combate a grandes endemias, nomeadamente a união de sinergias de todos contra o HIV/SIDA, uma melhor resposta da justiça para os que precisam dela, através da adequação de custas judiciais, o fornecimento de energia eléctrica foram objectivos apontados por "Nino" Vieira.

O Chefe de Estado guineense disse esperar o mesmo empenho do governo de Aristides Gomes, a quem desafiou a melhorar, nomeadamente, a imagem e as condições de infra- estruturas da cidade de Bissau, através de um "trabalho sério", combater a onda de criminalidade, trafico de drogas, assalto à mão armada, bem como a proliferação de armas ligeiras nas mãos da população civil.

Dirigindo-se às forças de Defesa e Segurança, o presidente guineense louvou o "comportamento irrepreensível" destes antes e depois do processo eleitoral, destacando o papel que tiveram no "êxito" do processo de transição política iniciado em 2003.

Aos funcionários públicos, o chefe de Estado pede paciência e compreensão pelas recentes medidas do governo, nomeadamente a alteração do horário laboral para dois períodos, facto que tem merecido forte polémica com os sindicatos a ameaçarem desencadear uma greve geral a partir da primeira semana de Janeiro.

No campo das relações internacionais, o presidente guineense agradeceu, mais uma vez, a participação e contribuição da comunidade internacional, nomeadamente às Nações Unidas, à União Africana, à Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental, à Comunidade de Países de Língua Portuguesa e à União Europeia, por tudo quanto fizeram pela Guiné-Bissau nos últimos anos.



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