quinta-feira, outubro 13, 2005
14 deputados abandonam o PAIGC e ficam como independentes
Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 13 Out 2005
Pelo menos 14 dos 45 deputados do PAIGC vão passar a independentes na próxima sessão legislativa, prevista para Novembro, após terem sido "marginalizados" pelo partido no poder na Guiné-Bissau, disse hoje fonte partidária.
Segundo o ex-presidente da bancada parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Cipriano Cassamá, a decisão já foi comunicada quer à Assembleia Nacional Popular (ANP) quer ao próprio partido.
"Fomos obrigados a tomar esta decisão face à marginalização a que fomos votados no PAIGC", sublinhou Cassamá, lembrando que, em Abril deste ano, o Comité Central do partido suspendeu 35 militantes, entre eles o 1º vice-presidente Aristides Gomes.
Na altura, os 35 dirigentes foram suspensos de todas as actividades partidárias até à realização de um Congresso na sequência do apoio manifestado ao então candidato independente às presidenciais João Bernardo "Nino" Vieira, que viria a vencer a votação na segunda volta do escrutínio.
Questionado pela Lusa sobre se a decisão é uma medida de antecipação face ao congresso extraordinário não electivo que o PAIGC tem programado para o final deste mês, Cassamá nada adiantou, o mesmo sucedendo quando instado sobre se estarão abertas as portas para a queda do executivo de Carlos Gomes Júnior.
O Parlamento guineense conta com 100 deputados de cinco partidos ou coligações e, no caso de ser apresentada uma moção de censura, para ser vinculativa, é necessário o voto de pelo menos dois terços dos Parlamentares, neste caso, 67.
Sem os 14 parlamentares, que vão passar a independentes, o PAIGC contará apenas com 31, uma vez que os partidos da Renovação Social (PRS) e Unido Social-Democrata (PUSD) contabilizam, entre eles 52 parlamentares, o que, tendo em conta os 14 dissidentes, serão, no total, 66.
Segundo Cipriano Cassamá, tudo se encaminha para que a União Eleitoral (UE), coligação de dois partidos e que elegeu outros tantos deputados, se junte a esta frente, uma vez que todos apoiam "Nino" Vieira.
Por seu lado, o PAIGC, através do novo líder da bancada parlamentar, Seidiba Sani, desdramatizou a situação à Lusa, sublinhando, contudo, que não aceita "chantagens" de "ex-dirigentes" e que toda a situação ficará esclarecida no próximo congresso.
"Os estatutos do partido são para cumprir e todos eles os violaram, pelo que deverão ser expulsos", afirmou Sani, que não comentou, contudo, a possibilidade de, face à lei, os 14 "dissidentes" se manterem no Parlamento como independentes.
"Nós também temos alternativas e não nos podemos esquecer que a maioria dos 351 membros do Comité Central (do PAIGC) está do nosso lado", afirmou o líder parlamentar do partido governamental, recusando qualquer possibilidade de demissão do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.
Carlos Gomes Júnior, também líder do PAIGC, é, no entender de Sani, "uma figura incontornável para a estabilidade política do país", pelo que qualquer cenário de demissão do governo "não faz sentido".
Hoje de manhã, à margem da cerimónia de abertura do ano judicial na Guiné-Bissau, e interpelado pela Lusa sobre a situação, Carlos Gomes Júnior escusou-se a fazer comentários.
Pelo menos 14 dos 45 deputados do PAIGC vão passar a independentes na próxima sessão legislativa, prevista para Novembro, após terem sido "marginalizados" pelo partido no poder na Guiné-Bissau, disse hoje fonte partidária.
Segundo o ex-presidente da bancada parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Cipriano Cassamá, a decisão já foi comunicada quer à Assembleia Nacional Popular (ANP) quer ao próprio partido.
"Fomos obrigados a tomar esta decisão face à marginalização a que fomos votados no PAIGC", sublinhou Cassamá, lembrando que, em Abril deste ano, o Comité Central do partido suspendeu 35 militantes, entre eles o 1º vice-presidente Aristides Gomes.
Na altura, os 35 dirigentes foram suspensos de todas as actividades partidárias até à realização de um Congresso na sequência do apoio manifestado ao então candidato independente às presidenciais João Bernardo "Nino" Vieira, que viria a vencer a votação na segunda volta do escrutínio.
Questionado pela Lusa sobre se a decisão é uma medida de antecipação face ao congresso extraordinário não electivo que o PAIGC tem programado para o final deste mês, Cassamá nada adiantou, o mesmo sucedendo quando instado sobre se estarão abertas as portas para a queda do executivo de Carlos Gomes Júnior.
O Parlamento guineense conta com 100 deputados de cinco partidos ou coligações e, no caso de ser apresentada uma moção de censura, para ser vinculativa, é necessário o voto de pelo menos dois terços dos Parlamentares, neste caso, 67.
Sem os 14 parlamentares, que vão passar a independentes, o PAIGC contará apenas com 31, uma vez que os partidos da Renovação Social (PRS) e Unido Social-Democrata (PUSD) contabilizam, entre eles 52 parlamentares, o que, tendo em conta os 14 dissidentes, serão, no total, 66.
Segundo Cipriano Cassamá, tudo se encaminha para que a União Eleitoral (UE), coligação de dois partidos e que elegeu outros tantos deputados, se junte a esta frente, uma vez que todos apoiam "Nino" Vieira.
Por seu lado, o PAIGC, através do novo líder da bancada parlamentar, Seidiba Sani, desdramatizou a situação à Lusa, sublinhando, contudo, que não aceita "chantagens" de "ex-dirigentes" e que toda a situação ficará esclarecida no próximo congresso.
"Os estatutos do partido são para cumprir e todos eles os violaram, pelo que deverão ser expulsos", afirmou Sani, que não comentou, contudo, a possibilidade de, face à lei, os 14 "dissidentes" se manterem no Parlamento como independentes.
"Nós também temos alternativas e não nos podemos esquecer que a maioria dos 351 membros do Comité Central (do PAIGC) está do nosso lado", afirmou o líder parlamentar do partido governamental, recusando qualquer possibilidade de demissão do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.
Carlos Gomes Júnior, também líder do PAIGC, é, no entender de Sani, "uma figura incontornável para a estabilidade política do país", pelo que qualquer cenário de demissão do governo "não faz sentido".
Hoje de manhã, à margem da cerimónia de abertura do ano judicial na Guiné-Bissau, e interpelado pela Lusa sobre a situação, Carlos Gomes Júnior escusou-se a fazer comentários.