domingo, setembro 18, 2005
Substituído o líder parlamentar
Origem do documento: www.lusa.pt, 18 Set 2005
PAIGC susbstitui líder parlamentar envolvido em polémica
Bissau, 18 Set (Lusa) - O deputado João Seidibá Sany, é desde hoje presidente da bancada do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), no poder na Guiné-Bissau, substituindo Cipriano Cassamá, afastado acusado de indisciplina partidária.
A substituição de Cipriano Cassamá por João Seidibá Sany - até agora vice-presidente do grupo parlamentar - foi decidida sábado a noite no final de uma reunião da Comissão Permanente do "bureau" político do PAIGC na qual tomaram parte também elementos da bancada parlamentar do partido governamental.
A decisão teve o voto favorável de 21 membros do "bureau", quatro votaram contra e outros tantos abstiveram- se.
Cipriano Cassamá faz parte de um grupo de destacados dirigentes do PAIGC que se posicionaram, durante a última campanha eleitoral para as presidenciais de Julho, a favor da candidatura independente do general João Bernardo "Nino" Vieira.
Entretanto, este antigo líder do histórico partido da Guiné-Bissau e ex-presidente guineense acabaria por vencer o escrutínio batendo na segunda volta, Malam Bacai Sanhá, candidato oficial do PAIGC.
No entanto, à luz dos estatutos do PAIGC, qualquer militante que tenha se posicionado contra um candidato ou lista apoiado pelo partido, incorre numa pena sancionatória por "violação da disciplina partidária", acusação de que foram alvos sete destacados dirigentes.
Os dirigentes em causa são Aristides Gomes, ex-vice- presidente, Hélder Proença, Cipriano Cassamá, Aristides Ocante da Silva, Luís Oliveira Sanca, Ansumane Mané e Fatima Faty, todos membros da comissão permanente do "buereau" político do PAIGC.
Os visados estavam suspensos desde Junho, quando do início da campanha eleitoral para as presidenciais.
Na altura, 11 dos 45 deputados que compõem a bancada parlamentar do PAIGC foram suspensos sob acusação de "afronta aos estatutos e violação da disciplina partidária".
Confrontado com esta decisão pelos jornalistas, Cipriano Cassamá admitiu que o PAIGC "está profundamente dividido" com esta medida, facto que sublinhou poder trazer "consequências graves" para o partido.
Por seu lado, João Seidibá Sany, já na qualidade de novo líder da bancada parlamentar, adiantou que a tarefa da sua equipa é trabalhar para "unir os deputados" à volta do governo.
O PAIGC tem marcado para finais de Outubro a realização de um congresso extraordinário para o esclarecimento de posicionamento de dirigentes e militantes hoje claramente divididos entre apoiantes de João Bernardo "Nino" Vieira e Malam Bacai Sanhá.
MB.
Lusa/Fim
PAIGC susbstitui líder parlamentar envolvido em polémica
Bissau, 18 Set (Lusa) - O deputado João Seidibá Sany, é desde hoje presidente da bancada do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), no poder na Guiné-Bissau, substituindo Cipriano Cassamá, afastado acusado de indisciplina partidária.
A substituição de Cipriano Cassamá por João Seidibá Sany - até agora vice-presidente do grupo parlamentar - foi decidida sábado a noite no final de uma reunião da Comissão Permanente do "bureau" político do PAIGC na qual tomaram parte também elementos da bancada parlamentar do partido governamental.
A decisão teve o voto favorável de 21 membros do "bureau", quatro votaram contra e outros tantos abstiveram- se.
Cipriano Cassamá faz parte de um grupo de destacados dirigentes do PAIGC que se posicionaram, durante a última campanha eleitoral para as presidenciais de Julho, a favor da candidatura independente do general João Bernardo "Nino" Vieira.
Entretanto, este antigo líder do histórico partido da Guiné-Bissau e ex-presidente guineense acabaria por vencer o escrutínio batendo na segunda volta, Malam Bacai Sanhá, candidato oficial do PAIGC.
No entanto, à luz dos estatutos do PAIGC, qualquer militante que tenha se posicionado contra um candidato ou lista apoiado pelo partido, incorre numa pena sancionatória por "violação da disciplina partidária", acusação de que foram alvos sete destacados dirigentes.
Os dirigentes em causa são Aristides Gomes, ex-vice- presidente, Hélder Proença, Cipriano Cassamá, Aristides Ocante da Silva, Luís Oliveira Sanca, Ansumane Mané e Fatima Faty, todos membros da comissão permanente do "buereau" político do PAIGC.
Os visados estavam suspensos desde Junho, quando do início da campanha eleitoral para as presidenciais.
Na altura, 11 dos 45 deputados que compõem a bancada parlamentar do PAIGC foram suspensos sob acusação de "afronta aos estatutos e violação da disciplina partidária".
Confrontado com esta decisão pelos jornalistas, Cipriano Cassamá admitiu que o PAIGC "está profundamente dividido" com esta medida, facto que sublinhou poder trazer "consequências graves" para o partido.
Por seu lado, João Seidibá Sany, já na qualidade de novo líder da bancada parlamentar, adiantou que a tarefa da sua equipa é trabalhar para "unir os deputados" à volta do governo.
O PAIGC tem marcado para finais de Outubro a realização de um congresso extraordinário para o esclarecimento de posicionamento de dirigentes e militantes hoje claramente divididos entre apoiantes de João Bernardo "Nino" Vieira e Malam Bacai Sanhá.
MB.
Lusa/Fim
