quinta-feira, setembro 22, 2005

Novo banco abre em breve para combater pobreza

Origem do documento: www.lusa.pt, 22 Set 2005

Bissau, 22 Set (Lusa) - A Guiné-Bissau vai dispor, dentro de duas a três semanas, de uma nova instituição bancária vocacionada unicamente para apoiar o executivo do país no combate à pobreza, anunciou hoje o director do novo Banco Regional de Solidariedade (BRS- GB).

Henrique Horta dos Santos, director nacional do BRS-GB, falava aos jornalistas no final da quarta reunião da Assembleia Geral do novo banco, filial do BRS-SA, com sede em Niamey, Níger, e que conta com agências em oito países da sub-região oeste-africana.

O objectivo do banco é financiar iniciativas de mulheres com projectos que levem à criação de emprego, de jovens diplomados sem emprego e populações das zonas rurais "desejosas de empreender ciclos de produção com rendimento assegurado", sublinhou Horta dos Santos.

Além da sua vocação natural de um banco universal e generalista, acrescentou o director nacional da instituição, o BRS-GB distingue-se das outras instituições similares existentes na Guiné- Bissau pela sua vertente social, "uma das razões da sua criação".

O capital inicial é de 2.000 milhões de Francos CFA (cerca de 3,05 milhões de euros) e tem como accionistas, além do Estado guineense, a UEMOA, Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD) e outras pequenas instituições e particulares.

Segundo Horta dos Santos, alto funcionário do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), a instituição dará grande atenção aos desempregados e grupos de interesses económicos com recursos financeiros limitados.

"Os grupos alvo beneficiários deste banco deverão ser portadores de ideias que convergem para projectos de investimento capazes de fornecer mais valias e outras riquezas, visando combater efectivamente a pobreza e o subdesenvolvimento", afirmou.

O BRS-GB é constituído por dois órgãos essenciais: a Assembleia-Geral (deliberativa), presidida pelo guineense Luís Cândido Ribeiro, ex-governador do BCEAO/Guiné-Bissau, e Direcção-Geral (executiva), chefiada por Horta dos Santos.

A nível comercial, a Guiné-Bissau dispõe actualmente de uma única instituição bancária, o Banco da África Ocidental (BAO), cujos principais accionistas são o Montepio Geral e o Grupo Efisa (ambos de Portugal).
JSD.
Lusa/Fim



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