segunda-feira, setembro 12, 2005

Apoiantes de Nino fazem ultimato ao governo

Origem do documento: www.lusa.pt, 12 Set 2005

Bissau, 12 Set (Lusa) - Os apoiantes de João Bernardo "Nino" Vieira deram hoje um ultimato ao governo de Carlos Gomes Júnior, avisando que não vão tolerar mais um adiamento da data de investidura do presidente eleito da Guiné-Bissau.

"Se +Nino+ Vieira não for investido no cargo no dia 01 de Outubro, como o Parlamento determinou, vamos pôr o governo no seu lugar", afirmou Victor Mandinga, um dos assessores do presidente eleito guineense.

Em conferência de imprensa, hoje, na sede do Partido da Renovação Social (PRS, líder da oposição), os apoiantes de "Nino" Vieira denunciaram o que qualificam de "manobras" do governo para adiar mais uma vez a data de posse do presidente eleito.

"Já chega de manobras dilatórias por parte do governo e do próprio PAIGC. Se não houver posse no dia 01 de Outubro vamos ajustar contas", avisou Victor Mandinga, presidente do Partido da Convergência Democrática (PCD).

Segundo Mandinga, as alegadas manobras por parte do poder consubstanciam-se na ausência do país dos principais elementos a quem compete organizar e dirigir as cerimónias de investidura.

O líder do PCD apontou a deslocação de Carlos Gomes Júnior à cimeira das Nações Unidas, em Nova Iorque, e a do presidente do Parlamento, Francisco Benante, à Líbia como "provas" desta "manobra" dos elementos do poder.

"Querem depois vir dizer que não há tempo, ou que não há meios, para que se possa fazer a investidura no dia 01 de Outubro, o que não lhe vamos admitir", disse.

Anunciou, neste passo, que os partidos e líderes políticos que apoiaram a candidatura de "Nino" Vieira vão organizar quarta-feira, em Bissau, uma "grande manifestação" para demonstrarem o seu desagrado pela demora na investidura.

Por outro lado, os apoiantes de "Nino" Vieira instaram o governo a tomar medidas para pôr cobro às manifestações dos simpatizantes do candidato derrotado na segunda volta das presidenciais, Malam Bacai Sanhá.

"Os apoiantes de Bacai Sanhá e o próprio fazem comícios todos os dias, até parece que ainda estamos em campanha eleitoral. Isso tem de acabar, porque o país já tem um presidente eleito nas urnas", defendeu Mandinga.

Além de Mandinga, assistiram à conferência de imprensa Alamara Nhassé, presidente do Partido da Reconciliação Nacional (PRN), Ibraima Sow, do Partido Popular (PP), Alberto Nambeia, do PRS, Jorge Mandinga, da Frente Democrática Social (FDS) e o empresário e pai do primeiro- ministro, Carlos Domingos Gomes.
MB.
Lusa/Fim



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